[...] Eu tentei encontrar amor em
outra pessoa vezes demais
Mas eu espero que você saiba
que eu falo sério quando eu digo que
você é a única que estava em minha mente..
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- Na verdade eu nunca fui de ter muitos namorados. - Falei enquanto conversávamos andando pelas ruas.
- Ah Jade, para de caô. - Disse desacreditado.
- Eu estou falando sério, o João foi o único namorado que eu tive.
- Mas ficar então, nem imagino.
- Não é pra tanto também. E você ?
- Eu nunca nem namorei.
- Como que foi com a mãe do Peazinho ? - Perguntei.
- Aconteceu, não chegou a ser um namoro porque ela não faz o meu tipo mas não "terminou" em confusão. Temos um filho juntos e essa responsabilidade vai ser para a vida toda.
- Entendi.. Qual que é o seu tipo então ?
- Eu gosto de morena, marrenta, com personalidade forte e tal. - Falou e inevitavelmente eu fiz uma auto análise.
Acabamos chegando em mais um ponto e dessa vez foi na La Défense Arena que só por fora dá pra ver o quão grande que ela é.
- Coloca a mão aqui. - PA pediu levando a minha mão até o seu peito sentindo seu coração acelerado.
- O que foi ? - Perguntei com uma expressão confusa.
- Esse lugar vai ser um dos mais importantes para a minha carreira de atleta. As olimpíadas de 2024 vão ser aqui e eu quero muito competir e levar essa vitória para casa. - Sorri quando percebi que seus olhos brilhavam.
- Então em 2024 a gente vai voltar aqui só que eu vou estar assistindo você ser campeão da arquibancada. - Falei e ele me olhou sorrindo.
- Olha lá que você falou e agora vai ter que vir mesmo.
- Eu sempre cumpro o que eu prometo. - Respondi e ele levantou as mãos em rendição.
- Promete aí que vai me dar um beijo. - Ele me olhou sínico e eu acabei dando risada. - Brincadeira, vamos ali comprar sorvete.
Caminhamos até um lugar que tinha ali e ele comprou dois sorvetes e trouxe para mim. Nos sentamos em um banco de frente para uma praça quase movimentada, com um céu rosado sinalizando estar entardecendo.
- As vezes a Nina me fala que com você eu consigo ser eu mesma e que raramente me coloco em uma caixinha. - Falei sem o encarar.
- Como assim em uma caixinha ?
- Quando você cresce nesse meio artístico em que seu nome e a sua família é conhecida muitas pessoas se aproximam por interesse ou por maldade mesmo, e você vai crescendo aprendendo a não confiar. Só que depois de tanto tempo acho que criei um certo bloqueio porém me sinto muito bem com você e com os seus amigos.
- Eu não sabia disso... Acho que comigo é ao contrário, eu confio até demais e quase sempre nas pessoas erradas.
- Todo mundo tem um defeito. - Falei rindo e ele me encarou.
