Capítulo 28

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Pov: Paulo André

O final do dia de ontem depois que a Duda chegou foi ficar assistindo filme e comendo pizza. A Jade estava muito sonolenta por conta dos remédios mas a febre não voltou mais.

Ficamos conversando com a Duda até tarde e nesse momento eu comprei a minha passagem para hoje a tarde e dessa vez, a Jade vai junto.

De manhã bem cedo a gente deixou tudo pronto, arrumou as malas, se despediu da Duda e eu levei a Jade para o trabalho que ela ficou de fazer hoje. Quando ela terminar vamos direto para o aeroporto para ir embora.

Enquanto isso passei a manhã no shopping comprando algumas coisas, presentes para o Peazinho e algumas roupas para ele. E quando a Jade me mandou mensagem eu fui buscá-la.

Parei o carro em frente ao local em que ela estava e esperei uns cinco minutos até ela realmente aparecer.

— Finalmente acabou. — Falou entrando no carro.

— O que era ?

— Campanha da Avon. — Respondeu e eu liguei o carro indo para o aeroporto.

Fui o caminho inteiro escutando ela explicar sobre as coisas do trabalho e eu gosto de ouvir ela falar detalhe por detalhe, ela é braba.

— Espero que a gente não perca o vôo de agora. — Ela falou olhando as horas e a gente estava um pouco atrasado mas o trânsito não colaborava.

Acelerei um pouco e cortei caminho para tentar chegar mais rápido, e quando chegamos ela pegou a mala dela e eu a minha e fomos correndo para dentro.

Depois de acertar tudo ainda faltam vinte e cinco minutos para o vôo sair então a gente ficou andando por ali até dar a hora.

Procuramos algum lugar para comprar água para Jade poder tomar o remédio e entramos na primeira lanchonete que tinha.

— Boa tarde, você pode me trazer uma água por favor ? — Ela perguntou para a moça que veio nos atender.

— Claro, só um instante. — A garçonete saiu.

— Eu tô quebrado de sono. — Falei me sentindo cansaço.

— Não deixei você dormir né ? — Perguntou e foi quase isso, ela não estava conseguindo dormir bem. Era braço no meu rosto, perna em cima de mim, cabelo na minha cara, ela virando a cada cinco minutos.

— Nem foi, eu que não estava conseguindo.

— Aqui sua água, mais alguma coisa ? — A garçonete apareceu entregando uma garrafa a ela.

— Quanto que deu ? — Jade perguntou abrindo a carteira.

— 15 reais. — A moça falou e eu arregalei os olhos.

— 15 reais ? tem ouro aí dentro é? Roubo da porra. — Resmunguei e a Jade deu risada pagando.

Esperei ela tomar o comprimido e quando acabou a gente foi logo antes que o vôo saísse.

— Tem paparazzi e uns dois estão seguindo a gente. — Ela falou e eu olhei para todos os lados não vendo nada.

— Não tô vendo ninguém.

— Fica tranquilo que quando você chegar às fotos já vão estar publicadas.

Entramos no avião e sentamos do lado um do outro, coloquei o cinto e ficamos escutando todas aquelas instruções de sempre.

Nem sei o que aconteceu depois, eu simplesmente apaguei e dormi o vôo inteiro. Tanto que quando acordei a Jade já estava brava porque ela passou um tempão me chamando.

— Amém, quer ficar aqui é ? — Perguntou quando eu abri os olhos.

— Foi mal, não escutei.

A gente saiu do avião para buscar as malas e eu mandei mensagem para o Patrick avisando que a gente já tinha chegado, e ele respondeu que em instantes chegava aqui.

Pegamos tudo e fomos para o lado de fora esperar o Patrick que demorou um pouco mas chegou dirigindo.

— O conselho tutelar não tá vendo essa criança dirigindo não ? — Jade entrou no carro implicando com ele.

— Vou te largar aí trombadinha. — Ele respondeu brincando com ela. — Pensei que a lua de mel de vocês não ia acabar nunca.

— Muito engraçado você. — Respondi enquanto ele dirigia.

— Se os meninos não vierem bora colar em Vila Velha? — Patrick me perguntou.

— Quero ver meu filho, acho que minha mãe não vai poder vir então queria ir lá mesmo.

Falei e a gente foi conversando até chegar na casa da Jade para deixar ela, sai do carro e fui abrir a mala do carro para pegar as coisas dela.

— Obrigada. — Agradeceu pegando da minha mão. — Por tudo na verdade, principalmente por ter cuidado de mim.

— Precisa agradecer não. — Puxei ela pela cintura colando o corpo dela no meu. — Se cuida aí hein ?

— Pode deixar. — Respondeu abrindo um sorriso.

Beijei a boca dela devagar como se eu não quisesse que ela saísse dali e não tivesse pressa, queria aproveitar cada segundinho todas as vezes que tenho a boca dela na minha.

Enquanto eu a beijava o Patrick começou a buzinar fazendo ela dar risada e parar o beijo.

— Já vai filho da puta. — Gritei e ele parou de buzinar. — Vou indo, qualquer coisa me manda mensagem.

Dei dois selinhos na boca dela e ela entrou no prédio, e eu fiz o mesmo entrando no carro.

— Tô chegando quase a ter certeza que a Jade vai ser a sua primeira namora.

— Fonte: tirou do cu.

— Que agressividade é essa ? Está vendo? O humor até muda quando não está com ela. — Acabei rindo das conversas dele.

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bom domingo vidas

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora