Capítulo 62

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Pov; Jade Picon

Assim que terminamos de arrumar todas as nossas coisas fomos almoçar em um restaurante próximo antes de pegar o vôo.

- Já estão especulando que vocês estão namorando. - Nina falou olhando o celular.

- Vão contar ou não vão ? - Patrick perguntou.

- Não sei se a gente consegue esconder por muito tempo. Os fã clubes são tudo rato. - Falei bebendo um pouco do meu suco de morango.

- Só queria chegar em casa primeiro. Sem saberem que estamos namorando já é um caos, imagina quando souberem disso. - PA disse colocou a mão em cima da minha coxa.

- Hanninha postando edit de vocês a cada três minutos já é realidade. - Patrick falou se referindo a uma Jadré.

- A Choquei garantindo os likes nas custas de vocês também. - Nina disse.

- O dia que você resolver processar essa página por postagens tendenciosas, com calúnias e por  todo o incentivo de hate ficará bilionária.- Paulo André falou olhando para mim.

- Eu nem perco meu tempo mais..

- Aleluia, a comida chegou. - Patrick comemorou quando o garçom trouxe os nossos pratos.

Comemos fofocando da vida alheia e eu só não mexi no prato do André porque ele pediu carne e eu não como.

Ficamos mais uns 45 minutos ali para ser exata, e não sei por onde anda meu discurso de que não suporto grude porque eu e o Paulo André passamos a ter uma necessidade do toque um do outro de uma forma difícil de se explicar.

- Bora. Temos vôo daqui a pouco. - Nina falou pegando sua bolsa depois de pagarmos a conta.

- Na moral, vou dormir o vôo inteiro. - PA falou segurando a minha mão.

Assim como toda a viagem,  um motorista ficou a nossa disposição para nos levar a todos os compromissos. Então as nossas malas já estavam todas no carro para não precisarmos retornar para o hotel. Então fomos direto para o aeroporto.

E se não for para chegar nas carreiras, não é a gente. Conseguimos chegar um pouco antes de quase perder o vôo e dessa vez a poltrona do Patrick e da Nina ficaram distante da minha e do PA.

- Aconteceu alguma coisa ? - Ele me perguntou fazendo com que eu me desligasse dos meus próprios pensamentos.

- Não. Por que ?

- Tá quietinha!

- Só muito sono, não dormi o suficiente para carregar a bateria do meu humor. - Respondi e ele deu um sorriso fraco.

- Gostou da viagem ?

- Muito. Melhor do que eu esperava que fosse, até voltei namorando com um certo atleta. - Levantei minha mão mostrando meu anel.

- Agora eu só volto aqui contigo se for para te pedir em casamento. - Falou tirando onda e me fez rir.

- Nada disso. Se esqueceu que você vem ganhar as olimpíadas ?

- Tem isso também.

- Agora vou ter oportunidades de acompanhar suas corridas de pertinho e torcer feito uma louca.

- Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei você da arquibancada torcendo por mim. - Sorri com a sua sinceridade.

- Estou ansiosa para o que ainda vamos viver juntos. - Falei e me assustei quando o avião decolou fazendo ele rir e segurar a minha mão.

- Sabe uma coisa que me deixava pensativo quando eu lia do pessoal do twitter ?

- O que ?

- Diziam que não íamos dar certo pelo jeito de viver diferente.

- Até hoje nós nunca tivemos problemas com as diferenças porque elas nunca foram um problema. Acho que só aconteceria por conta da distância, eu sou de São Paulo e você...

- Mas é algo que a gente pode resolver. Sei que vai ter momentos que por conta do trabalho precise ficar um tempo mais longe, mas vamos dar o nosso jeito.

O que eu mais tenho aprendido a amar no Paulo André é o seu olhar de compaixão e compreensão com todas as coisas. Com certeza ele é o mais cuidadoso e tem o maior coração do mundo.

- Vem cá. - Chamou para que eu me aproximasse mais. - Obrigado por deixar eu entrar na sua vida, vou honrar em ter tido a senha do seu coração.

Sorrimos juntos ao me lembrar da bendita senha que ele tanto falou. E para ser mais exata Paulo André nunca precisou de senha alguma para ter acesso a mim, mas ele não precisa saber disso.

- Eu que agradeço por tudo, preto. - Abaixei a máscara que eu usava e dei alguns selinhos demorados em seus lábios.

Me aconcheguei em seu peito recebendo um carinho bom no cabelo e só aguardei o sono chegar.

[...]

04:30

- Ei! - Escutei alguém me cutucar e abri os olhos assustada. - Já chegamos em São Paulo.

Paulo André falou e eu me levantei ainda mais sonolenta. Coloquei meu óculos escuro e desci do avião.

Fizemos todos os protocolos de início, pegamos as malas e eu juntei as minhas coisas com as da Nina já que vamos para a mesma casa.

- Não dormiu ? - Perguntei vendo o PA bocejar.

- Muito pouco.

- Eu tô morto na moral, só de pensar que vamos pegar mais um avião. - Patrick falou sentando em cima da sua mala.

- Vai para casa com a Nina porque já está bem tarde. Quando chegar me avisa ? - PA perguntou.

- Tem certeza ? Posso esperar você pegar o vôo.

- Eu tenho. Vai descansar e mais tarde a gente se fala.

Fui até ele e deu um abraço apertado sentindo o cheiro do seu perfume. Ele beijou a minha testa logo em seguida.

- Fica bem, tá ? - perguntou e eu concordei.

- A personificação de grude sendo atualizada. - Nina falou zoando.

Apesar de não estar dando importância para as outras pessoas, não o beijei para não gerar os famosos clicks indesejados por paparazzi.

- Tchau Tick! - Falei indo abraçar o Patrick enquanto o PA estava abraçado e bagunçando o cabelo da Nina.

Terminamos de nos despedir e fomos para a área externa atrás de algum táxi, não queria ligar para o Marc em plena madrugada para ele vir nos buscar.

Então assim que encontramos, entramos e dei meu endereço para poder finalmente chegar em casa.

Meu corpo está inteiro cansado e a minha mente não consegue descansar, está a um turbilhão desde que saí de Paris. E isso não é por eu estar insatisfeita com todas as coisas que me ocorreram nos últimos dias e sim porque quando muitas coisas boas começam a acontecer e tudo começa a dar certo, eu passo a ter um certo medo.

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora