Capítulo 25

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Pov: Jade Picon

Paulo André pediu para gente esperar até que o Pedro e o DG fossem embora mas eles estavam tão bêbados que foi uma demora só para entrarem no carro, tanto que o Patrick acabou indo junto com eles para amenizar a situação já que ele era o mais sóbrio entre os três.

E quando eles foram eu e a Duda entramos no carro do PA para irmos também. Talvez por ter acordado cedo e ter tido um dia muito agitado seguido de uma festa, tenha contribuído para a dor de cabeça absurda que eu comecei a sentir e por isso vim o caminho inteiro calada.

- É nesse daqui! - Duda falou para o PA que parou em frente a um prédio na Barra em que ela mora.

- Estão entregues! - Ele falou parando o carro.

- Obrigada Paulo André, foi bom te conhecer.

- Que isso, tamo junto ae! - Se despediu e a Duda desceu do carro quase que correndo e pelo que eu bem a conheço, queria nos deixar a sós.

Encostei a minha cabeça no banco e encarei os olhos dele que já me olhavam, a minha cabeça latejava e a única coisa que passava na mente era a minha vontade de deitar e dormir.

- Por que está quieta assim ? - Perguntou e suspendeu uma mão até o meu rosto fazendo carinho.

- Minha dor de cabeça piorou muito.

- Você tem que descansar, não parou um minuto hoje. - Falou e eu concordei. - Volto pra São Paulo amanhã de tarde.

- Mas já?

- Tenho trabalho e se eu não for a Yasmin me mata, já desmarquei algumas coisas essa semana por causa dos dias em Saquarema.

- Não sei que dia eu volto, tenho algumas coisas para resolver aqui.

- Isso significa que eu vou ficar sem comer tapioquinha mó tempão? - Perguntou indignado e eu dei risada.

- É só você aprender a fazer. E você está pensando só na tapioca ? interesseiro.

- Você que tem que me ensinar os bagulhos. - Falou rindo e eu coloquei a mão na testa quando senti uma pontada.

- Acho que é melhor eu subir, vou procurar algum remédio e deitar. - Falei e ele se aproximou beijando a minha testa.

- Vai, tenta descansar e qualquer coisa você me liga. - Falou e eu dei um abraço nele sentindo o cheiro do seu perfume.

Eu gosto de estar com ele mesmo que eu não soubesse explicar exatamente o porquê, e mesmo que a minha cabeça doesse eu poderia facilmente ficar ali escutando ele falar coisas aleatórias do jeito dele.

- São cinco horas da manhã, é perigoso a gente aqui fora. - Falei baixinho e ele segurou o meu queixo trazendo meu rosto pra perto dele.

- Tenho que aproveitar já que não sei quando eu vou te ver de novo e se você vai querer me ver de novo. - Paulo André falou me olhando e deu vários selinhos seguidos na minha boca.

- Dorme comigo hoje ? - Perguntei já que só se vive uma vez e eu prefiro acordar arrependida do que não ter feito.

- Aqui ? mas e a Duda ?

- Ela não vai ligar, a gente só vai dormir e tudo certo. - Ele me analisou como se pensasse se aquilo era uma boa ideia.

- Então tá. - Ele tirou o cinto e desceu do carro e veio abrir a minha porta.

Sorri em agradecimento e ele segurou a minha mão no momento em que entramos juntos no prédio. Eu ficaria receosa pela possibilidade de alguém ver nós dois juntos e vazar a informação mas eu estava tacando o foda-se hoje.

Quando o elevador parou no andar da Duda a gente foi até a porta dela que estava encostada e eu abri. Eu ia dormir no quarto da Duda mas como o PA vai ficar aqui vamos para o de hóspedes.

- Não esquece de avisar ao Patrick pra ele não ficar preocupado. - Susurrei e ele pegou o celular.

- Ele já estava me ligando. - Susurrou de volta.

- Por que a gente tá falando assim ? - Perguntei baixo.

- Eu não sei. - Ele respondeu no mesmo tom.

Mostrei o quarto para o PA e ele me pediu pra ir tomar banho, enquanto ele fazia isso eu fui até o quarto da Duda pegar as minhas coisas e algum remédio pra tomar.

Fui na cozinha pegar um pouco de água e tomei o comprimido, olhei meu celular com algumas mensagens dos meus amigos e principalmente da Nina perguntando o que eu estava fazendo na festa do Ret.

Quando eu voltei o PA já estava sentado na ponta da cama mexendo no celular. Passei por ele segurando uma toalha e a minha roupa e entrei no banheiro, tirei a maquiagem com demaquilante e prendi o meu cabelo no alto.

Tomei banho, vesti a roupa e voltei para o quarto, coloquei meu celular em cima da cômoda e aproveitei pra apagar a luz. PA se acomodou e eu deitei no peito dele sentindo ele abraçar a minha cintura.

- Melhorou a dor ? - Ele me perguntou.

- Um pouco, tomei remédio já.

Assim que respondi ele começou a fazer carinho em mim e se um dia eu disse que odeio ficar de grude, esse discurso foi para puta que pariu, porém ninguém precisa saber disso.

Segurei a sua mão e também fiz carinho nele quando observei a tatuagem que ele tinha por ali.

- Quem é Tito ? Seu filho? - Perguntei e ele afirmou que sim.

- ei, tu torce pra que time ?

- Ah, eu não torço pra nenhum time.

- Tu é flamenguista então.

- Não, eu torcia para o São Paulo por conta do meu pai.

- Não, flamengo!

- Tá, que flamengo ?! Eu nem conheço nada, não conheço um jogador.

- Então tá mas agora você é flamenguista pô.

- Não, para com isso! Claro que não, eu sou são Paulina.

- Não ?! Papo reto cê falou que não torce pra nenhum time então agora você é flamenguista. - Ele respondeu insistente.

- Eu só torço para o Brasil, único jogo que eu assisto.

- Tu é a cara do flamengo amor. - Falou e a gente se encarou por alguns segundos.

- É sim, nos seus sonhos. - Respondi rindo e me virei de costas pra ele.

Ele me abraçou e eu me aconcheguei no seu abraço, sentindo meus olhos pesarem e eu só relaxei.

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Gente,
Desculpa não ter postado ontem mas eu dormi e não acordei depois para postar, relevem porque a vida do proletariado brasileiro não é fácil!

🤍

In Your Eyes - Jadré Onde histórias criam vida. Descubra agora