Capítulo 5 - Destino.

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ㅤㅤJá houvera escurecido no reino de Saxa Caeli”, uma bela e deslumbrante noite. Espécies de criaturas aladas começaram a sobrevoar as rochas que ficavam ao redor do novo reino, não eram dragões, eram coisas diferentes e esquisitas. Pareciam meio humanas mas tinham asas, suas pernas eram de pássaros com as garras afiadas prontas para rasgar um bom pedaço de carne. Mais importante, qual o motivo de estarem ali? Simplesmente surgiram? Não, estavam fitando aquele enorme homem logo abaixo, ele estava ainda observando o antigo príncipe se recuperar de seus ferimentos, falando sozinho consigo mesmo.

ㅤㅤ– Pelo jeito pegaram pesado com ele, será que o velho tinha razão em relação a ele? Não parece o grande guerreiro que havia mencionado. – O homem parecia extremamente curioso, seu diálogo misterioso não seria entendido por quem o visse falando.

ㅤㅤ– A-argh. . . – O príncipe finalmente começou a abrir seus olhos, ele parecia um pouco melhor após os cuidados das enfermeiras.

ㅤㅤMesmo com seus machucados severos de antes sendo parcialmente curados com algumas poções e talismãs médicos, ele não se sentia bem, estava tonto. Mas, a sua vertigem sumiu no momento que sentiu a presença de alguém o olhando pela janela, mas ao olhar; não havia ninguém. Foi impressão? Acreditou que sim. – " Aonde eu tô? Tem remédios, Maria deve ter conseguido me trazer aqui. . . Espera, Maria!"

ㅤㅤGabriel não demorou para se levantar, ainda com dores, começou a mancar até para fora do quarto e abriu a porta de forma desesperada, preocupado com sua amiga.
ㅤㅤ– Maria! – Sua preocupação sumiu por um momento quando abriu a porta, isso por estar confuso. Tinha um anão com roupa de médico e umas enfermeiras juntos numa mesa. Além deles, um cara grande que deixou Gabriel meio nervoso. – Ah. . . Q-quem diabos são vocês?

ㅤㅤ– Ainda pergunta seu imbecil? Somos as pessoas que salvaram essas suas escamas inúteis! – No momento que o anão se distraiu uma das enfermeiras bateu uma carta com força na mesa, já tinha acabado o expediente, então estavam jogando.

ㅤㅤ– Eu ganhei, eu ganhei! – Ela gritava animada, mas o anão pulou em cima da mesa dizendo que ela tinha roubado, ela dizia que não, ele dizia que sim, originou em uma discussão bem infantil.

ㅤㅤGabriel só pode rir enquanto os observava, mas percebia que o grandão estava olhando para ele. Tal esse que se levantou e foi até o garoto, começando a. . . Farejar ele? Estava cheirando ao redor dele como se fosse um cão de guarda ou algo do tipo, não entendeu muito bem.
ㅤㅤ– Ei, esse cara tá bem?  – Gabriel perguntava curioso pelo seu comportamento.

ㅤㅤ– Hm? Oh, esse é o Brutus! Meu guarda-costas. – O anão fez uma pose vergonhosa que fez as três enfermeiras cobrirem os próprios rostos de vergonha. – Ei, não me tratem assim! – A interação deles era muito engraçada, pareciam que se conheciam a bastante tempo, isso fez o garoto lembrar do porquê de ter ido até eles.

ㅤㅤ– Minha amiga, Maria! Vocês sabem até onde ela foi?! – Seu rosto estava feroz, de um jeito fofo.
ㅤㅤ– Aquela sua amiga curiosa? Ela quase roubou o livro de uma criança e saiu, você pode ir procurar por ela, mas vista aquilo! – O médico apontou até uma capa que Maria tinha deixado para Gabriel vestir.
ㅤㅤ– Eu não tenho tempo para ficar usando capas! – Ele dizia querendo sair pela porta e ir logo atrás dela.

ㅤㅤBrutus não deixou o garoto avançar, ficou na frente dele no momento que tentou abrir a porta, que inclusive era menor que o grandão, como ele entrava no consultório? Isso não importava, o que importava era o olhar furioso que ele deu para Gabriel, dizendo logo em seguida.

ㅤㅤ– V-vista. . . A-a-agora! – Sua voz era muito grossa, bastante rouca. Parecia que era um velho doente, Gabriel não queria arrumar briga com as pessoas que o salvou então foi se vestir.

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