Capítulo 24 - Labirinto dos Males; Força.

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ㅤㅤDireção; Presente.

ㅤㅤIsso foi demais para Maria, ter que destruir seu amigo ainda que falso, tão real. . . E ver o verdadeiro supostamente matando Dean com tanta frieza, fez o cérebro dela desligar, deixando seu lado corajoso agir. Mesmo com um braço faltando, o príncipe não fraquejou, agarrou sua amiga com o que ainda tinha e a lançou contra o chão! E para evitar ataques futuros, começou a metralhar ela com inúmeros socos.

ㅤㅤOs socos mais difíceis que já deu em sua vida, os mais frustrantes. . . Não pelo fato de ser fraco, não pelo motivo de estar sem um braço e não ter toda a eficácia, mas sim por estar tendo que usar eles contra sua própria amiga.
ㅤㅤO ritmo diminuiu, ele dava socos lentos, mas com muita força. O chão por baixo da cabeça da garota ia se quebrando, conforme despejava o tanto de coragem que ainda tinha de bater nela, e antes de dar mais um, sentiu uma mão agarrando seu pulso.

ㅤㅤ– Idiota, espero que pare de bater nela! – Depois de fitar a pessoa, o príncipe começou um agradecimento choroso e abraçando forte sua amiga Fernanda.

ㅤㅤ– Obrigado. . . Por me parar~ – Ele desmoronava em lágrimas e cansaço, o príncipe e a garota estavam ambos desmaiados. E cabia a elfa cuidar deles, como pelo jeito, já era de costume.

ㅤㅤDepois do que se pareciam algumas horas, ambos acordaram ao mesmo tempo, e logo se olharam assustados, mas logo Gabriel colocou a única mão disponível na própria testa.
ㅤㅤ– O que estamos fazendo, Maria? Nada foi real! Não tem motivo para esse susto! – Ele abriu o único braço possível agora, chamando ela para um abraço.

ㅤㅤ– M-me. . Snif. . . Desculpa! – Ela abraçou ele com força, chorando ainda mais que ele pois tinha arrancado seu braço! – Eu preciso pagar por isso, adeus bracinho querido! – Ela tirou uma faca da bolsa e tentou arrancar o próprio braço, mas ele deu um cascudo nela.

ㅤㅤ– Ficou idiota?! Nem está doendo, e eu já sei o porquê, né Fernanda? – Após chamar a elfa, finalmente Maria notou sua presença, e ficou alegre por finalmente eles estarem juntos de novo, e curiosa como sempre, ela levantou e foi até ela!

ㅤㅤ– Orelhuda! Que tipo de teste horrível você teve que passar?! Deve ter sido tão difícil, né?

ㅤㅤ– Hm? Eu já disse para não me chamar disso! – Mais um cascudo, já é o segundo no dia! Droga, ela tem que parar de chamar a elfa de orelhuda. – Eu não passei por nenhum teste, nós elfos somos imunes ao controle mental, não sabia imbecil?! Eu só segui os barulhos de explosões de Gabriel, e então achei vocês.

ㅤㅤ– Espera, então você não encontrou os monstros e nem aquela entidade? – Perguntou o príncipe.

ㅤㅤ– Aquele ser escuro? Eu encontrei ele sim, mas ele disse que não podia me testar, então só me mostrou o caminho. . .

ㅤㅤ– Caminho? – A maga e o dragão perguntaram, simultaneamente.

ㅤㅤ– O caminho, até o Wukong! – A revelação fez os dois ficarem de queixo caído, literalmente.

ㅤㅤNão demorou muito para eles levantarem e irem seguindo sua amiga elfa, mas estavam confusos. Ela não encontrou nenhum monstro e nem teve alucinações? Claro, elfos eram mesmo imunes ao controle mental. Mas, do jeito que aquela entidade era perversa, não ia deixar ela só encontrar o Wukong assim.
ㅤㅤOs sentidos de Gabriel estavam confusos, seu instinto dizia não haver perigo, mas ele não estava convencido! E então parou de andar, deixando as garotas confusas, e segurando seu ombro, de onde tinham lhe arrancado o braço, perguntou:

ㅤㅤ– Você é mesmo Fernanda? – Ao redor da elfa que estava de costas para eles, uma aura sombria se formava, uma pressão esquisita. E quando ela olhou de volta, estava incrédula!

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