ㅤㅤUm livro maligno, detentor da própria vida e da morte. Esse era o artefato que continha todas as escolhas e vontades do mundo, pois. . . Com ele, nenhuma escolha era tomada sem o mínimo de controle. As profecias nele se escreviam sempre que uma nova alma chega e quando outra partia.
ㅤㅤOs manipuladores desse artefato eram aqueles escolhidos pelo próprio. Um livro com consciência, que manipulava o mundo, de onde esse maldito artefato sombrio surgiu? Pelo que dizem as lendas entre os próprios deuses, é algo que foi criado por algo maior. Um ser maior do que todos eles.
ㅤㅤNão estavam tão errados, o livro surgiu nos aposentos do antigo imperador enquanto o mesmo apenas tirava sua soneca, mas diferente da reação que deveria ter, ele deu apenas um sorriso quando o viu, como se já soubesse que aquilo iria chegar.ㅤㅤUm dia, um evento que nunca aconteceu com o livro, ocorreu. Um chamado, pela primeira vez, o artefato requisitou que um ser fosse levado para ser queimado na fornalha dos oito trigramas. Um recipiente gigantesco que leva para uma dimensão de chamas tão ardentes quanto o próprio sol, dizem até que a luz é tão abstrata que torna-se escuridão, gerando um vazio.
ㅤㅤMas quem o livro chamou? Bem, um pequeno macaco, que vagava pelas terras áridas de um deserto. Parecia estar lembrando de alguém, dando um sorriso bobo.
ㅤㅤCom uma leve brisa que carregava bastante areia que passou perto dele, um ser surgiu naquele pequeno tufão arenoso. Um ser com um manto, tão escuro quanto a própria noite, a única fonte de iluminação por baixo de seu capuz, eram seus olhos roxeados. Brilhosos como a escuridão nunca deveria ser. Mas de uma coisa o macaco tinha certeza, era um demônio, pois seus chifres saíram para fora do capuz na mesma hora.ㅤㅤ- Sabia que tinha um cheiro de merda no ar, demônio. - O macaco faz um sinal com a mão, como se estivesse abanando o péssimo odor.
ㅤㅤ- Tente tomar um banho na próxima vez, macaco de pedra. - Contudo, o demônio também era esperto com réplicas.
ㅤㅤ- Veio aqui me insultar antes de ser exorcizado? Que últimos momentos infelizes, mas tudo bem. . . - Wukong ia retirar seu bastão das suas vestimentas, até que viu o demônio estender a mão.
ㅤㅤ- Apenas quero levá-lo para um chamado, nada demais. Recorrer à sua violência não vai resultar em nada além de mais mortes em suas mãos, estou certo? - Essa foi uma época triste, foi após os eventos de Arzur e a morte de sua querida Medusa.
ㅤㅤ- Não faço pactos com demônios, meu mestre sairia da sua casa e viria me espancar até a morte por isso.
ㅤㅤ- Subhūti, ahn? É um bom homem, mas não se preocupe. Vim como mensageiro, vamos. . . - Estendendo sua palma com unhas afiadas como navalhas e mãos negras como carvão, abriu um portal até o submundo ali mesmo, no Egito.
ㅤㅤ- . . . - O macaco ficou relutante em ir com ele, afinal, nunca foi até lá naquele ambiente tão sombrio e maligno.
ㅤㅤ- O grande rei macaco está com medo de descer até o submundo? Não é tão corajoso como me disseram. - Depois que o disse, o demônio jogou-se no portal esperando que a provocação tivesse funcionado.
ㅤㅤRealmente o ego de um rei é algo complicado, sem pensar duas vezes saltou para dentro do maldito portal. Que fechou-se em seguida, ao surgir lá, percebeu que estava dentro de algum santuário do local. Ele até achou aquilo familiar, até que viu o demônio ali parado ao lado do altar onde estava, o livro.
ㅤㅤ- Estou aqui, então se quiser armar uma armadilha, deveria ter feito com mais gente. - Ele não conseguia sentir nenhuma energia de nenhum outro demônio.
ㅤㅤ- Armadilha? Pftt. . Me disseram que sua mente era meio limitada, só não achei que fosse tanto. Não importa, sabe o que é isso? - Fez questão de apontar várias vezes para o livro, de forma vergonhosa, estava tirando onda com o rei.
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Jornada ao Céu.
General FictionUm mundo repleto de lendas inimagináveis, das mais incompreensíveis até às mais simples e que de certa forma, parecem até idiotas. Todas vivendo em um mundo mágico e estagnado no fascínio dos deuses. Mas um ser coloca medo nos que dizem ser os... Di...