Capítulo 44 - Andares; Pt 1.

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ㅤㅤUm reino repleto por magia e mistério, esse era o lugar onde Fernanda morou por toda a sua longa vida. Suas atitudes maduras e jovens podem acabar contracenando, então não se dá para saber se é muito velha. Mas na verdade, ela possui seus 1.700 anos de vida.

ㅤㅤPara os padrões de um elfo, era como se ela tivesse apenas dezessete anos de vida. E isso abre um questionamento, em que ano todos estão? A humanidade já passou por muita coisa e continua tentando prosperar, mas do que adianta sempre usar tecnologia com um mundo mágico desses? Algo como uma zona de conforto se criou, e todos gostam assim, se sentem confortáveis com o mundo que estão.
ㅤㅤPodem até pensar, não existe a divisão de tempo? Como d.C ou a.C? Na verdade, não. Aquele homem que devem estar pensando existiu sim, mas os deuses fizeram sua fé ficar escondida. A coroa de espinhos? Está na posse do Imperador de Jade agora, como um símbolo, já se passaram milhares de anos, desde que aquela cruz virou apenas pó.

ㅤㅤ- Que lugar inusitado, achei que teriam mais. . . Raízes? - Quem questionou onde estava? Ah, era Fernanda. Acabou passando de mãos dadas com sua irmã, para que acabassem juntas, não ia deixar a garotinha sozinha.

ㅤㅤ- Mana! O que vai acontecer se a árvore desabrochar? - A garotinha perguntava com uma espécie de brilho? Nos seus olhos estilo Tim Tim da vida.

ㅤㅤ- Eu não sei Elanor, mas tenho quase certeza que é algo bom. Algo me diz. . . - Fernanda colocou ela em suas costas como um cavalinho e foi levando ela, por aquela caverna incrivelmente iluminada de laranja e vermelho, o estranho é que a luz vinha das paredes, mas nem elas pareciam ter fonte luminosa.

ㅤㅤ- Você está com pressa? - Elanor perguntou brincando com seus cabelos enquanto era carregada.

ㅤㅤ- O meu novo amigo, o Son. . . Tem algo o atormentando, algo sombrio e com capa vermelha, ele não quer falar nada. Mas eu ainda sim consigo o ver, afinal estou conectada de certa forma com ele. - Pelo jeito, a coroa não servia apenas como repreensão para com o Rei, mas também os deixava conectados.

ㅤㅤ- Então vamos logo, e depois vamos ajudar o senhor cabeludo! - O entusiasmo deixava a mais velha animada, claro que um sorriso iria surgir.

ㅤㅤElas andaram bastante, isso já estava virando praticamente um hábito agora, a vida de Fernanda estava sendo andar bastante atrás de algum objetivo. Esse era a enorme pedra mágica que mantinha o núcleo da árvore protegido, ela ainda não o achou, mas não sairá até o fazer.
ㅤㅤUma freada brusca que a elfa deu no seu andar, apenas parou no lugar onde era bem "aberto", e deixou sua irmã no chão. As orelhas dela se remexiam para todos os lados, ela ouvia como se alguém estivesse se movendo bem rápido, pegando uma adaga comum e jogando onde achou que aquela "coisa", fosse estar.

ㅤㅤ- Bela mira, deve ter treinado bastante. - A adaga foi agarrada com apenas dois dedos, era Anna, a elfa de cabelos brancos. Sua serpente dourada estava repousando sobre seu pescoço, como se fosse apenas um colar.

ㅤㅤ- Sim, tive um bom professor. - Fernanda logo começou a tirar suas adagas da cintura, ia brincar com elas um pouco. - Elanor, apenas me dê assistência caso eu precise, não faça besteira.

ㅤㅤ- Sim, mana! - Com as bochechas infladas ela disse encarando Anna, talvez quisesse ser ameaçadora, mas só conseguia ser fofa.

ㅤㅤ- Imagino o professor que teve. . . Eu imaginei que seu pai estava mentindo quando fui encontrar ele, você lembra. - Ela estava mesmo desapontada, colocando os dedos entre os olhos. - Por que você está ajudando aquele lunático do Macaco de Pedra?

ㅤㅤ- Esqueci que chamamos ele assim, e isso não importa! Ele não é um lunático, eu fiquei com tanto remorso por minha mãe ter morrido indo atrás de um monstro, mas ele não é isso!

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