Capítulo 25 - Labirinto dos Males; Coração.

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ㅤㅤO trajeto estava parecendo infinito, nossos heróis estavam se perguntando o quanto eles já andaram. Fernanda andou tudo aquilo para encontrar os dois? Coitada da elfa, ainda bem que a sensação de cansaço era retirada pelo labirinto, pelo menos uma coisa boa proveniente daquele local amaldiçoado.

ㅤㅤ- E então Gabriel, já descobriu o que esse olho esquisito faz? - Maria de forma invasiva, cutucava o olho azulado. - Sente isso?

ㅤㅤ- Pode parar?! - Ele sentia sim, cobrindo o dorso da mão, onde era localizado o olho.

ㅤㅤ- Tá, desculpa! Só tava curiosa. . . Mas consegue enxergar por ele? - Perguntava de forma idiota enquanto colocava seu rosto perto do olho e botava a língua para fora.

ㅤㅤ- Na verdade não, e para de fazer essa cara pro olho, ele nem se mexe. Mas por algum motivo, isso é familiar. . . - Um déjà vu atingiu os pensamentos do príncipe, de forma abrupta. A certeza de já ter visto algo semelhante com aquele olho o assustava, de onde? Não importa! Ele tem um objetivo alto e claro, depois de tanto sofrimento para achar esse tão famoso guerreiro lendário! Estava tão curioso que mal podia se conter, e Maria percebeu, mas ela não sabia esconder, estava saltitando de alegria por finalmente poderem conhecer Sun Wukong!
ㅤㅤMas, de forma adversa estava Fernanda, depois de simplesmente ver tantas vezes aquela entidade do labirinto lhe incomodando, dizendo que mesmo que não acreditasse na existência do macaco, deveria pagar de negar pelo motivo errado, motivo errado? Interessante, não?

ㅤㅤDireção; Fernanda. Horas antes.

ㅤㅤ- Interessante, um ser que não sucumbiu para minhas alucinações. . . - A entidade já tinha surgido para a elfa no momento que acordou, Fernanda andara perdida durante um período de tempo curioso e desconhecido antes da criatura surgir abruptamente.

ㅤㅤ- Claro, elas são uma bosta! - De quem é essa grosseria? Claro, da elfa. - Meu pai já fez melhores para enganar um bebê deficiente.

ㅤㅤ- Tanta raiva reprimida, tanto desgosto. . . Você é corajosa falando assim comigo, isso é por estar procurando alguém em que nega acreditar que existe de verdade? - Um fechar de punhos da elfa fez a entidade sorrir, de forma apavorante como sempre. - Isso tem algo haver com sua. . . Querida mamãe?!~

ㅤㅤUma adaga atravessou a cabeça daquela coisa no mesmo instante que disse aquilo, mas claro que não lhe causou dano algum. E isso frustou a elfa que só continuou tentando o ignorar, sem sucesso.
ㅤㅤ- Ela era da Lótus Divina, não é? Quem imaginaria que ir atrás de uma lenda faria ela ser eliminada, não é? E agora, sua filha nega a existência do grande guerreiro, para não suportar a dor de que a mãe estava trás de um monstro. . . Não é? - A maldita entidade, gargalhava da garota, em um tom sarcástico a acompanhando.

ㅤㅤ- Está certo. . . Não queria acreditar que ela estava atrás de um monstro. Feliz? Agora para com esses "não é?". Já está me dando nos nervos, seu merda! Agora me diga onde estão meus amigos!

ㅤㅤ- Já está os chamando de amigos? Que avanço. . . Bom, eles estão mortos. - Fernanda, parou no mesmo instante. - Chocada, em?

ㅤㅤ- Você. . . - Ela começou a rir do que ele disse, chegou até mesmo a lacrimejar, secando com o pulso em seguida. - Você mente mal mesmo seu merda, por isso que suas ilusões são um lixo~

ㅤㅤEla queria humilhar a entidade com muito gosto, o problema é que a única coisa que protegia ela do controle mental da criatura era sua raça. Os elfos são imunes ao controle mental, de qualquer tipo. Isso os faz imbatíveis contra inimigos que só tem isso como vantagem, mas ser imune ao controle mental, não é a mesma coisa que ser imune com as manifestações físicas do labirinto.
ㅤㅤ- É mesmo? Bom. . . Então que tal se eu der o que você quer, em? - A entidade ficou sólida, agarrando o ombro da elfa e em seguida, agarrou o outro também. O caminho por onde iam, estava ficando escuro, mas algo surgia entre uma das curvas do labirinto. - Ali. . . O ser que levou a sua mãe, a culpa é dele. - Ela olhou, atentamente e se surpreendeu.

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