Jornada ao Céu.

Capítulo 94 - Algo Errado.

ㅤㅤOs eventos da noite passada foram realmente algo de fazer o grupo estremecer de uma maneira ruim. As relações estavam ficando cada vez mais tensas e destrutivas entre os grandes heróis. . . Era passível de destruir a grande união que demoraram para formarem. O fato é que, Gabriel ainda estava em um relativo estado de choque após a revelação brusca que recebeu. Frente à frente com um espelho presente em seus novos aposentos, estava encarando a si mesmo, refletindo sobre o que deveria fazer.
ㅤㅤ- "Como você caiu nessa, imbecil?! Devia ter percebido antes. . . Uma maga virando sua amiga do nada e dias depois, seu povo é massacrado, idiota, idiota!" - Gabriel sem conseguir mais se controlar, desfere um soco contra seu próprio rosto no espelho, o destruindo por completo. O ruim, é que seu soco também atravessou a parede.

ㅤㅤIndo diretamente para a direção do macaco, que estava meditando no quarto ao lado do seu. Mas é óbvio que o golpe não lhe atingiu, apenas mexeu seu crânio para outra direção. Isso não muda o fato de que seu treino estava sendo interrompido pelo príncipe, então o rei levantou-se para sair dali.

ㅤㅤO olhar do príncipe para ele, causava incômodo obviamente. Afinal, ele quem impediu que machucasse Maria, a tal traidora. . . O macaco percebe seu olhar de desprezo e retribui com um olhar inerte como sua movimentação, sem o mínimo de emoção visível. Devia estar querendo mostrar que sua "aprovação" não era nada.
ㅤㅤ- "É bom que controle seus olhos, príncipe. Eu não estou de bom humor!" - Mentalmente o dragão recebe a mensagem, mas ele nem estava transformado! Como o macaco conseguiu penetrar em sua mente?

ㅤㅤMesmo que estivesse com raiva, não é como se o príncipe pudesse o repreender. Wukong somente fez o que lhe deu vontade, o que achou certo. . . Esse mesmo homem, estava se retirando dos seus aposentos. Indo para o superior do castelo, não a pessoa. Se tratava da localidade em si, ficou por cima do telhado, averiguando o reino com seus próprios olhos, se sentou e então voltaria à meditar.

ㅤㅤSó que. . . Sentiu alguém o observando. Era uma aura familiar, então nem ao menos ficou preocupado. É aquela aura doce que sempre permanece junto de si, então apenas mexeu nos bolsos e tirou um tipo de chocolate que deve ter arranjado do banquete. Que inclusive. . . Nem conseguiram comer! Ficaram tão desesperados com a situação de Fernanda que foram direto para os quartos.
ㅤㅤOs empregados ficaram tão tristes os esperando por horas. Até que Safira viesse e lhes dissesse que seu trabalho praticamente foi jogado fora. Suas reações foram impagáveis na verdade, de qualquer forma! Lá estava ele, estendendo aquele chocolate para o alto.

ㅤㅤ- . . . - Silêncio.

ㅤㅤ- Sério, vai fingir que não sei que você tá aí? Orelhuda, vem logo. - Começou a chacoalhar a própria mão.

ㅤㅤ- Não tem como te surpreender, que droga! - Mesmo que Fernanda não tivesse conseguido lhe enganar, foi uma boa "surpresa". Ela pega aquele chocolate e o come com todo gosto, ama coisas doces!

ㅤㅤ- Se veio me incomodar por sentir cheiro de chocolate, já pode ir, orelhuda. - Ele estava realmente desesperado para conseguir meditar apropriadamente, mas ela se sentou ao seu lado. Ela nunca meditou, então apenas ficava inquieta mesmo sentada.

ㅤㅤ- . . . Quando vai começar a me chamar pelo nome? - Ela pergunta, totalmente disforme do assunto em questão.

ㅤㅤ- Como é?!

ㅤㅤ- Você só me chama de orelhuda. . . Parece até que é meu nome. - A mesma cutuca as próprias orelhas.

ㅤㅤ- Do que importa? A senhorita aí também não me chama pelo nome. Pelo que eu saiba, Son é o nome falso que você criou. - O rei também parecia estar incomodado com ela, talvez fosse pela forma que ela o encarou após a visão da guerra celestial?