Capítulo 66 - Mulheres sem Medo.

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ㅤㅤFernanda e Júlia lutaram por bastante tempo com as mãos nuas, mas isso serviu apenas para ficarem com hematomas horríveis pelos seus lindos rostos. A elfa cuspia um pouco de sangue assim como o macaco fez anteriormente na própria luta.

ㅤㅤ– Você é durona, orelha de abanar elefante.

ㅤㅤ– Tu também, cabelo de brasa! – Ela estrala o próprio pescoço, isso não era perigoso? Não para a durona Fernanda. Que logo pega suas adagas do chão, ao ver a ruiva pegar sua espada também.

ㅤㅤ– Que tal parar de seguir esses criminosos? Pode trabalhar conosco. – Júlia aponta a espada na direção da elfa, a oferta era de curto prazo, literalmente.

ㅤㅤ– Não vejo o porquê faria isso.

ㅤㅤFernanda não iria abandonar aqueles malucos por nada. Ainda mais depois da promessa que fez, o anel estava ali para provar. . . Mas ficar com aquele grupo não era a melhor opção? Se acabasse sendo descoberta, os deuses ou alguém pior poderia ir atrás de sua família. É. . . Tem isso, mas ela tem noção de que está fazendo o certo, seu pai iria bater nela até desmaiar se soubesse que abandonou tudo por medo de o perder.

ㅤㅤ– Ótimo, eu tentei. – A ruiva logo desferiu um ataque contra o solo, esse que emanou uma luz da própria espada. Foi fatiando até a direção da elfa que desviou com dificuldade, aquilo foi rápido!

ㅤㅤ– "Essa é a excalibur, que espada assustadora!" – Até mesmo o machado de Max não deixou ela nervosa dessa maneira.

ㅤㅤSem nenhum surpresa, além de ter sido usado material divino, recebeu diversas bençãos por inúmeras gerações de vários magos. Inclusive do supremo, ao menos os das gerações anteriores.

ㅤㅤEles não são imortais?

ㅤㅤMagos preservam a alegria da vida, a que eles consideram a mais importante. Mortalidade, por isso nunca buscaram viver tanto quanto outras raças.
ㅤㅤEssa espada foi feita com esforço de muitas almas, Júlia não carrega uma arma. Carrega a história de muitos reis e rainhas que tiveram a benção de poder empunhar essa espada antes dela, apenas alguém digno poderia. Ela era mais que digna, sempre disposta a fazer o certo, sem ao menos pestanejar.

ㅤㅤContudo, hoje. . .
ㅤㅤSua espada está pesada.

ㅤㅤ– Estranho, perdi força no meu braço? – As almas estavam em conflito dentro da arma, sem dúvida elas discutiam sobre a elfa. Questionando e debatendo se ela merecia ser morta ou não.

ㅤㅤ– Talvez! – Fernanda também consegue imitar aquele corte, claro que fez em uma escala menor por possuir adagas. Mas ainda assim, a ruiva teve que desviar.

ㅤㅤ– Maldita! – Mesmo sem os espíritos lhe darem um veredito, Júlia empunha a lâmina! Mandando mais cortes velozes e luminosos, a pressão dos cortes distorce o ar para que a elfa fosse fatiada. – Távola Redonda - Primeiro Estilo; Lancelot!

ㅤㅤFernanda tinha dificuldades para enxergar os ataques por conta de tanta luz, a consistência pura daquelas almas cria aquela luz! Ela foi acertada algumas vezes, a pressão dos golpes fez com que sua visão ficasse turva, logo se ajoelhou segurando o sangue que queria sair de sua boca.
ㅤㅤ– "Parece que tem milhões de formigas demônio me picando de uma vez só! Que merda!" – Ela fala de formigas que seu pai ordenou que ela pegasse uma vez, aquilo doeu bastante. Eram formigas com a mordida mais dolorosa deste mundo, milhões delas te picando. . . Era algo doloroso demais.

ㅤㅤ– Você ainda está de pé? Apenas desista logo sua idiota, não v— Júlia se apoia de joelhos na espada, era como se também estivesse sentindo as pernas fracas. – Ahn?

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