Jornada ao Céu.

Capítulo 91 - Uma Serviçal.

ㅤㅤ- Como ele pôde fazer algo assim? - Sunny fala baixo conforme anda com o grupo, seguindo aquela demônio.

ㅤㅤ- Fazer o que, Sunny? Ele estava apenas tirando informações dela. Sei que pareceu meio brutal, mas ela é um demônio, não deve sentir nada mesmo! - Maria diz, lembrando de afirmações do seu próprio demônio invocado, de dias atrás.

ㅤㅤ- Eu até não queria aceitar que demônios sentem, mas talvez eu estivesse errado. Mas os chifres. . . Nem todos tem, apenas os demônios considerados fortes podem os ter. É o maior orgulho para minha espécie, só ver como ela ficou depois de ter os dela arrancados fora.

ㅤㅤEla estava realmente cabisbaixa, arrastando sua clava pelo chão como se estivesse querendo apenas se jogar. Realmente o macaco destruiu não apenas sua postura de provocadora, mas seu tamanho não serve mais de nada, o tanto de esforço que demandou para ter seus chifres. . . Jogados fora! Apenas podia caminhar e terminar sua missão e voltar mostrando sua vergonha para sua mestra e possivelmente, sendo rebaixada por os perder.

ㅤㅤ- Son, você não acha que seria legal da sua parte se desculpar? - A elfa questiona, vendo como ela parece realmente destruída moralmente.

ㅤㅤ- Nunca vou me desculpar com um demônio. Você sabe o quanto os desprezo, para mim não passam de lixo. . .

ㅤㅤ- É mesmo? Nunca vai ser legal com algum deles?

ㅤㅤ- Óbvio que não!

ㅤㅤEla nem respondeu, apenas direcionou o indicador para trás dele. Ao olhar para o que ela estava apontando, viu Sunny o encarando, logo virando o olhar para outro lado. Devia ter ficado com medo que Wukong estivesse irritado com ele também. Mesmo que seus ensinamentos estivessem conflitando com a ocasião, ter acolhido Sunny foi realmente uma forma de ver que talvez. . . Estivesse sendo idiota, até porque. . . Ela nem os atacou para início de conversa.
ㅤㅤ- Ah. . . Eu odeio você, orelhuda. - Ele acelera o passo e fica ao lado daquela mulher enorme. Ela ao sentir que ele se aproximou, até que tremeu um pouco, realmente demônios podem até mesmo ficar traumatizados. - Então. . . Qual seu nome?

ㅤㅤ- A-ahn? Quer saber meu nome? - A clava desaparece de sua mão, ela se funde com seu braço, como se tivesse virado uma tatuagem. - Meu nome. . . - Ela não responde.

ㅤㅤ- Você não tem nome? - Ela balançou a cabeça em sinal de negação. - Entendo, muitos demônios não tem nome mesmo.

ㅤㅤ- Estou sendo um incômodo, senhor?

ㅤㅤA postura dela realmente mudou. Alguém que parecia ser um oponente forte, apenas agia como se fosse uma serviçal completa. O macaco ficou realmente confuso com isso agora, o que ela estava pensando realmente, fazendo ele de bobo, queria fazer os outros o verem diferente por acabar maltratando ela?

ㅤㅤ- Não. . . O que aconteceu com você?! Chegou toda marrenta e me provocou, agora está aí com essa cara de cachorro abandonado!

ㅤㅤ- Eu só queria parecer descolada! - Ela balança os próprios cabelos, como se estivesse se punindo por fazer pose. - Meu rei me disse que eu ia encontrar pessoas importantes e que era para eu ser confiante, desculpa. . .

ㅤㅤEle percebeu agora. Não era um demônio guerreiro, era apenas um demônio serviçal. Ainda assim, um dos mais fortes que já teve a sorte de encontrar. O macaco olhou novamente para trás, vendo Fernanda de braços cruzados, afinal ainda não fez o que era certo, então ele suspirou e resolveu o fazer.
ㅤㅤ- Desculpa, eu realmente não devia ter exagerado com você. - O macaco pega algo dentro do bolso de sua calça, era um doce que lhe deram antes de irem viajar novamente. Com certeza ela ficou confusa com as desculpas, mas aceitou o doce, comendo em seguida, parecia até uma criança.