Capítulo 51 - Homens, Monstros.

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ㅤㅤAquele rei roliço sorria como se nem ao menos se importasse com o que Arzur disse. Ligava mesmo se perdesse o seu melhor cavaleiro? Ele apenas balançou sua mão na direção do cavaleiro, agora. . . Ex-cavaleiro, como se estivesse pedindo para o mesmo simplesmente sair dali logo.

ㅤㅤ– Claro, era só ter pedido antes! Eu e os outros iremos garantir que você tenha uma boa saída.

ㅤㅤ– Sério? Muito obrigado, mesmo! Eu e minha esposa estávamos querendo mudar para uma nova cidade aqui perto, lá parece ser muito acolhedor!

ㅤㅤ– . . . Claro, iremos cuidar disso também. Vamos garantir que você e sua família saiam daqui permanentemente. – Arzur saiu alegre com o que o rei dizia, mas não percebeu a malícia em suas falas, estava feliz afinal. – Guarda real, venham aqui!

ㅤㅤSete cavaleiros se colocaram de joelhos rapidamente na frente do rei, Arzur não estava mais lá para ver isso. Dois eram magos, o resto eram bárbaros que lutavam com espadas, do jeito que seus olhos não carregavam o mínimo de sentimentalismo, eram tão doentes quanto o próprio rei, talvez mais. . .
ㅤㅤEles não falaram nada, apenas esperaram o rei terminar o seu ataque de criança. Ele derrubava as coisas dentro da sala do trono e logo depois jogava neles, garrafas de vidro. Elas quebraram em pedaços, não iriam lhe causar nadinha. Aquele homem era tão desprezível que nem ao menos aprendeu a amadurecer, agia como se fosse um rapaz mimado pelos pais.

ㅤㅤ– ELE ACHA QUE PODE DECIDIR POR CONTA PRÓPRIA?!! AH, AQUELE— Seu ataque foi interrompido pois um dos cavaleiros levantou sua mão. – O QUE FOI?!

ㅤㅤ– Eu apenas quero saber, como deveríamos lidar com ele? Meu rei, deve saber como ele se importa com a família, não é?

ㅤㅤ– Hm. . . Sim! A família dele, ótimo. Eu quero que vocês destruam aquele barraco nojento que ele chama de casa.

ㅤㅤ– E o que deveríamos fazer com a sua mulher e as crianças, senhor? – Outro questiona.

ㅤㅤ– . . . O que bem entender. – O rei gargalha imaginando muita coisa, coisas exclusivamente asquerosas. E não só ele ria, os outros também! E logo então saíram de lá, iriam atacar apenas de noite. Ainda era bem de manhã, para a sorte da família.

ㅤㅤEnquanto isso, lá estava Wukong brincando de levar as crianças para cima. Não da forma normal, ele as segurava nos braços e saltava bem alto no céu, o cabelo delas balançava bastante com a pressão do ar, mas ele deixava tudo divertido fazendo manobras com eles no ar. Até mesmo simulou uma batalha de espadas no ar.
ㅤㅤO mais velho era bastante imperativo, que nem ele! Então se davam bastante bem, infelizmente as visitas não eram para toda hora, ele tinha que cuidar de seu povo ainda. Mesmo que estivessem armados com as armas que pegou de Smaug, ainda estavam aprendendo a lutar como ele já fazia tão bem, assim, já está na hora de voltar para sua família na ilha isolada, novamente.

ㅤㅤ– Senhor macaco! Pegue isso! – A garotinha mais nova leva um colar feito com várias flores que achou.

ㅤㅤ– Oh, que bonito! – Ele vestiu com todo o prazer e fez um carinho na sua cabeça.

ㅤㅤ– Toma essa! – O mais velho pulou nele e deu um soco no seu rosto, nem ao menos o fez sentir algo tocando na pele.

ㅤㅤ– Continue assim, talvez um dia me faça sentir algo, viu? E você, algo para mim? – Perguntou para o filho do meio.

ㅤㅤEle era diferente dos seus outros irmãos, era mais calado e seu jeito era bem mais. . . Esquisito, se comportava parecido com sua irmã em alguns quesitos, ele mesmo levantou uma sacola com bolinhos caseiros, ele mesmo que fez, era um bom cozinheiro.
ㅤㅤ– Fui eu quem fiz, espero que seu povo goste, senhor Wukong! – Todas as crianças sorriram e acenaram, conforme ele saltava para longe, muito longe! Como alguém conseguia saltar em uma distância tão grande? De toda forma, ele sumiu perante o horizonte.

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