Epílogo.

2.6K 243 115
                                    

Meu coração estremecia, quase no mesmo ritmo das minhas pernas ainda trêmulas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu coração estremecia, quase no mesmo ritmo das minhas pernas ainda trêmulas. Meu ventre pulsava, e estrelas dançavam na minha visão. Eu estava em êxtase — puro, cru e genuíno. Respirar era difícil, e me mover, impossível. Damon tinha me deixado aqui com uma ordem clara: que eu não me movesse. Como se eu pudesse. Loucura.

— Que diabinha obediente. — Sua voz grave cortou o silêncio no exato instante em que as portas rangeram ao se abrirem.

Virei o rosto, ainda deitada sobre a mesa, e um sorriso preguiçoso e satisfeito tomou meus lábios. Fraca. Suada. Apaixonada pelo meu monstro. Meu.

Damon entrou na sala sem pressa. Sem camisa, apenas a calça jeans preta e os coturnos que pareciam ecoar seu domínio com cada passo. Ele carregava duas toalhas — uma dobrada em sua mão e a outra pendurada no ombro. Segui seus movimentos com o olhar, cada músculo de seu torso tenso e marcado, até que ele parou entre minhas pernas.

Seus olhos escuros brilhavam com uma malícia descarada. O sorriso safado que curvava seus lábios não escondia nada. Ele estava orgulhoso, e com razão.

— Desculpa. Amanhã eu vou comprar a pílula. Tá bom? — Ele murmurou, e antes que eu pudesse responder, senti a toalha molhada deslizar por entre minhas pernas.

Gemi baixinho, sensível ao toque dele. Damon levantou os olhos para me observar, um lampejo de satisfação cruzando seu rosto enquanto limpava com cuidado nossos líquidos que escorriam pelas minhas coxas. Nossos. Não me preocupei. Eu não conseguia pensar direito.

— Está bem? — Ele perguntou, sua voz suavizando enquanto passava a toalha seca para me limpar completamente antes de ajeitar a lingerie de volta no lugar.

Assenti em silêncio, ainda tentando recuperar os sentidos.

— Vem cá, vem. — Ele murmurou, segurando meus braços e me ajudando a sentar na mesa.

Grunhi baixinho em protesto. Queria fechar os olhos, me enroscar em seu corpo quente e dormir ali mesmo. Mas estávamos no colégio, e ainda havia uma festa para enfrentar. Damon parecia entender. Ele passou os dedos pelos meus cabelos, ajeitando-os com uma paciência surpreendente enquanto tentava domar os fios desgrenhados.

Meu olhar caiu sobre sua clavícula, onde uma cicatriz marcava sua pele entre o peito e o ombro. Sem pensar, toquei o local delicadamente.

— Te machuquei? Eu não pensei antes... — murmurei, minha voz cheia de culpa.

Ele deu uma risada curta, balançando a cabeça enquanto ajeitava o sutiã no meu corpo.

— Se machucou, nem percebi.

— Você conseguiu me carregar. Não doeu? — Questionei, inclinando a cabeça.

Damon parou por um instante, os olhos escuros fixos nos meus como se só agora tivesse pensado nisso.

MIDNIGHT CLUB - #1 Onde histórias criam vida. Descubra agora