MIDNIGHT CLUB - #1

Capítulo 93.

— Não vou te deixar ir embora dessa casa nunca mais. — Damon sussurrou, sua voz rouca e firme, enquanto seus lábios pairavam sobre os meus, quentes e tão próximos que eu mal conseguia respirar. Seus dedos estavam emaranhados nos meus cabelos, segurando minha nuca com firmeza, como se me ancorasse no momento.

Eu não tive tempo de responder, de formular qualquer coisa que fizesse sentido. A única coisa que consegui foi soltar um riso suave antes que ele tomasse minha boca novamente. Seu beijo era faminto, possessivo, como se quisesse me consumir inteira, e eu me entreguei sem pensar.

Meus lábios já estavam ardendo, sensíveis pelas mordidas e sugadas incessantes que ele tinha distribuído como punições deliciosas momentos atrás. Meu corpo estava mole, como se cada pedaço de mim fosse feito de cera, moldado por ele, depois de quase ser partida ao meio.

Antes de Damon — ou do Cara Misterioso — eu não sabia nada sobre mim mesma. Não sabia o que eu gostava, o que eu queria, nem o que me fazia vibrar. Agora, tudo o que sei é que gosto de tudo o que ele faz comigo. Tudo. Gosto quando ele me embala em seus braços e me cobre de carinho, me fazendo sentir segura como nunca antes.

Mas também gosto quando ele me acerta um tapa firme, quando me puxa para mais perto e me fode tão fundo que o mundo inteiro parece desaparecer, deixando apenas nós dois, e eu preciso me agarrar a ele para não me desmanchar. Gosto da intensidade dele, do jeito que me consome. Gosto de tudo que vem dele.

— Você é o amor da minha vida. — Ele murmurou, enquanto segurava meu rosto com as duas mãos e cobria minha pele com beijinhos suaves, contrastando completamente com a força e a urgência de antes.

Meu peito apertou, e meu coração parecia dar cambalhotas dentro do meu peito. Como ele consegue dizer isso assim, tão fácil, tão direto? Como se fosse uma verdade absoluta, algo que ele sabia desde sempre e nunca duvidou.

— Eu sou apaixonado por tudo em você desde que contou meus trinta e sete passos pra chegar até você.

Bum.

Foi como se o mundo tivesse explodido dentro de mim. Fogos de artifício dispararam no meu sangue, levando calor, fogo e eletricidade direto para o meu coração. Ele... ele se lembra disso? Ai meu Deus...

— Você se lembra... — murmurei, a voz embargada, mal reconhecendo o som das minhas próprias palavras.

Damon sorriu lentamente, seu polegar deslizou pelo meu lábio como se quisesse segurar minhas palavras. Eu não acredito... Minha nossa... Se ele soubesse... Ele mudou tudo. E agora, mesmo que eu quisesse — e eu não queria —, não havia como voltar atrás. Damon era meu furacão, minha calma, meu começo e meu fim.