Acordei com alguém batendo em minha porta com agressividade. Me levantei toda leiga, e fui até a porta. Assim que abri, meus país entraram em meu quarto feito loucos.
Alice:O que aconteceu? - encarei eles coçando meus olhos.
Giovana: Como você pôde? - minha mãe gritou, e eu fiquei sem entender nada. - Eu sempre te avisei pra se cuidar, e agora você me aparesse assim.
Alice: O que...?
Ela começou a falar vários negócios, e eu não estava entendendo nada, só ficava olhando pra cara dela, que gritava passando as mãos pelos cabelos.
Alice: Mãe, eu não tô te entendendo...
Ela jogou algo em mim, e eu logo entendi quando vi aquele papel. Olhei pra eles já com lágrimas nos olhos e tentei me aproximar deles, mas meu pai me empurrou.
Alice: Mãe, pai...
Kalel: Você é uma vagabunda! - meu pai gritou, e eu senti meu peito doer com ele falando isso. - De quem é essa peste que está em sua barriga? - fiquei em silêncio. - Responde, sua piranha! - gritou.
Alice: É de um cara ai, ele...ele mora na Pedreira. - falei baixo, e logo senti a ardência em meu rosto. Ele tinha me dado um tapa!
Eu não aguentei e comecei a chorar, meu pai me deu outro tapa e me empurrou na cama.
Giovana: Eu não acredito que você engravidou de um favelado, Alice. Você virou uma puta desde quando? - gritou apertando meu braço com força.
Alice: Tá me machucando mãe...
Ela não me respondeu, só começou a me dar um monte de tapa no rosto, e nos braços.
Giovana: Você vai sair dessa casa ainda hoje, não quero vagabunda grávida de favelado dentro da minha casa. Sua nojenta.
Alice: Não mãe, por favor, não. - neguei enquanto eu chorava.
Giovana: Você é um desgosto pra todos nós, sua imunda. Sai da minha casa. - gritou apontando para a porta. - Vai embora logo!
Alice: Mãe...
Giovana: Não me chame de mãe, sua vagabunda!
Arrumei minhas coisas tudo em uma uma mala, e quando terminei eles me empurraram pra fora do quarto, como se eu fosse uma cachorra. Sai daquela casa derrotada, sem saber o que fazer.
Fui direto pra casa da Lavínia, toquei a campanhia, e ela logo abriu. Seu olhar era de puro nojo sobre mim.
Alice: Amiga...
Lavínia: Amiga nada! Seus pais acabaram de ligar aqui pra casa contando tudo. - negou. - Você é uma piranha, Alice! Como pôde transar com um traficante? Você é nojenta, e agora tá grávida ai, espero mesmo que você se foda por ai com essa criança.
Ela fechou a porta na minha cara, e eu chorei mais ainda. Sai daquele condomínio sem a mínima ideia para onde iria.
Não consigo acreditar que meus pais fizeram isso comigo, eles sempre me ajudaram em tudo, e agora isso!
E a Lavínia nem se fala, sempre ajudei ela, quando o namorado dela bateu nela eu defendi ela com unhas e dentes, pra ela agora me tratar como se eu fosse uma qualquer?
Eu estava sozinha, sem saber para onde ir. Até que lembrei do culpado disso tudo, o tal de Tiago, o cara que acabou com a minha vida.
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Mente de um Favelado
Teen Fiction"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...