100 votos e 90 comentários para o próximo.
1 mês depois...
• Alice •
Eu olhava meu celular tocar, e ficava pensando se atendia aquela mulher ou não.
Minha mãe estava já a alguns minutos me ligando, mas na real, eu nem estava afim de atender, mas acabei atendendo por impulso.
Ligação.
Alice: Fala...
Giovana: Alice, minha filha, eu...eu preciso que você venha aqui pra casa agora por fa...- falou tudo muito rápido, e outra voz no fundo, xingou ela mandando desligar, e assim ela fez.
Ligação.
Fiquei parada tentando entender o que aconteceu, e o que estava acontecendo.
Uma sensação horrível se apossou em meu peito, e eu suspirei alto, me levantando daquela cama.
Me vesti rápido, e enquanto eu saia de casa eu tentava ligar para o Tiago, e nada dele atender.
Eu pedi um Uber, e marcava que em cinco minutos ele estaria aqui na entrada do morro, então fui descendo na pressa.
Assim que entrei no Uber, dei o endereço da minha casa, e pedi para ele ir o mais rápido possível pra lá.
Fui o caminho inteiro nervosa, e só pensando no pior. Minha mãe era orgulhosa demais, e eu sabia que ela nunca iria me ligar, e ela me liga, desesperada, pedindo para eu ir pra casa o mais rápido possível, assim, do nada!
Alguma coisa estava acontecendo, e só de tentar imaginar o que é, me dava um aperto no peito tão grande.
Quando ele parou na frente do condomínio, paguei o motorista e sai dali, já indo para a portaria.
O porteiro assim que me viu, abriu o portão menor, e eu fui em direção a minha casa, andando o mais rápido que eu conseguia.
Meus pés estavam inchados, e minhas costas doendo, então tava foda andar rápido, mas mesmo assim eu não parei.
Assim que consegui ver a minha casa, vi que tinha algumas pessoas ali na frente, e algumas até entrando dentro da minha casa.
Não entendi nada daquilo, mas assim que entrei na sala da minha casa, e vi aquilo tudo, meu mundo parou, ali, bem naquele lugar, e naquele momento.
Parecia que meu mundo estava desabando sobre minha cabeça, e que tudo acabaria de vez pra mim.
Meu coração batia forte, e minhas pernas tremiam. Cai de joelhos ali naquele chão, sem força alguma. As lágrimas já saiam dos meus olhos, e eu nem tentava segura-las, pois a minha única opção era chorar.
Me aproximei do corpo da minha mãe que estava estirado no chao, e ainda saia bastante sangue do peito e da cabeça dela, aonde tinha os buracos de tiro.
Alice: Mãe...por...por que? - me perguntei, enquanto passava a mão por seu rosto gélido.
Olhei para o meu pai, que estava no canto da sala, com três buracos de tiros bem na cabeça, e chorei, chorei demais, vendo aquilo e sentindo uma dor tão grande, como se tivesse abrindo um buraco enorme em meu peito, que eu sentia que ele nunca mais se catrizaria.
Meus pais, os dois mortos estirados ali naquele chão, da casa que fui feliz com eles por bastante tempo, e agora, ali só se sentia a dor e o sofrimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mente de um Favelado
Подростковая литература"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...