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• Alice •
Tiago estava no quarto, e daqui da sala dava pra sentir o cheiro de maconha.
Eu não fazia a mínima ideia o por que dele estar assim, tão...perturbado! Desde que chegou, não saiu do quarto, e o cheiro de maconha cada vez mais forte.
Já estava com uma dor de cabeça so caralho, e enjoada só de sentir esse cheiro nojento.
Cansada disso, me levantei e subi pro quarto, que estava repleto de fumaça. Tiago estava na janela, e mesmo fumando ali, a fumaça e o cheiro entrava dentro do quarto, por causa do vento que batia.
Alice: Tiago? - chamei, e ele nem se quer me olhou. - Tiago!
TK: Fala. - ouvi ele murmurar, e me aproximei mais.
Alice:Não tô querendo ser chata, nem nada, mas tem como você parar de fumar isso, pelo menos aqui dentro? Já tô passando mal com esse cheiro, na real.
Ele balançou a cabeça, e apagou o cigarro, jogando a bituca pra fora. Suspirei, sorrindo fraco, mas logo a ânsia veio, e eu corri para o banheiro
Vomitei tudo o que eu tinha comido hoje. Lavei minha boca, e sai do banheiro, voltando para o quarto. TK tava agora deitado na cama, sem camiseta, olhando para o teto.
Me deitei ao lado dele, e passei minha mão bem devagar pela barriga dele.
Alice: Por que você está assim? - perguntei baixo, subindo e descendo minha mão por sua barriga.
TK: Troquei ideia com o GL hoje, o cuzão do meu pai. - suspirou, e me olhou por um instante. - Toda vez que falo com ele, eu fico desse jeito, pô.
Alice: Ele te faz muito mal, né?
TK: Demais, pô. Não suporto ver a cara dele. - murmurou.
Alice: Se afasta.
TK: Eu tento, mas nem dá. Toda hora eu tenho que estar trocando ideia com ele sobre a porra desse complexo. - bufou, se virando de lado, de frente para mim.
Alice: Por que não tenta conversar com ele? Por tudo pra fora? - quando eu disse isso, ele deu uma risada irônica na hora, enquanto negava com a cabeça. - Tá rindo do que, maluco?
TK: Pô, se eu for falar com ele sobre esses bagulhos que aconteceu a corona atrás, é bem capaz de eu acabar matando aquele velho.
Arregalei os olhos na hora. Ele teria mesmo coragem de matar o próprio pai? Bom, se ele fizesse isso, eu não o julgaria, pois o que o pai dele fez, foi horrível demais.
Mas, eu não teria coragem de matar meus pais, mesmo depois deles terem me humilhado daquele jeito. Foi horrível, mas eu segui em frente, tentando esquecer daquela porra, na boa.
Alice: Você teria coragem de matar seu pai? - questionei, encarando ele.
TK: Na moral? Teria sim, pô? Matava sem dó, e ainda faria pior.
Alice: Então por que não já fez isso?
Fiz careta quando eu disse isso, mas nem disse mais nada, só fiquei esperando a resposta dele.
TK: Se eu matar aquele vacilão, eu morro! - suspirou. - Grego e os aliados tudo vem atrás de mim, e me mata, e se depender te mata também.
Engoli em seco, e pedi a Deus que o Tiago nem decidisse fazer isso. Não aguentaria perder ele não, na moral.
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Mente de um Favelado
Ficção Adolescente"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...