TK: Vou colar lá na mina, quero desenrolar um papo com ela. - me lavantei.
Korina: Pode pá, vou ficar mais uma cota aqui. - me olhou soltando a fumaça pelo nariz. - Vê o que tu vai fazer em, Tiago! - alertou, e eu só balancei a cabeça concordando.
Dei um salve nele, e sai dali vazado. Cheguei na casa rapidão, pois a casa era perto do pico. Nem bati, entrei com tudo mermo. A mina tava sentada no sofá assistindo TV. Ela me olhou assustada, mais nem disse nada.
TK: Ae, quero levar um papo com tu ai. - me sentei ao lado dela.
Alice: Pode falar. - falou baixo.
TK: Já disse que vou te ajudar nos bagulhos tudo, todo mês os menor vai trazer as compras pá tu, e toda semana venho trazer uma meta maneira ai pá tu também, se ligou? - assentiu. - Mas porra, já disse que não vou assumir essa cria ai, então não explana pá ninguém que ela é minha, e nem o que aconteceu aquele dia aqui nessa casa, pode pá?
Alice: Tudo bem, eu não vou fazer a fofoqueira e sair contando tudo da minha vida por ai, e outra, eu nem saiu de casa. - deu de ombros.
TK: Pode pá, mais se tu sair com a barrigona já, e se chegarem perguntando de quem é o filho, tu não diz que é meu, não, se ligou?!. - apontei o dedo pro rosto dela.
Alice: Eu já entendi que você não quer que ninguém saiba dessa criança, porra. - se alterou.
TK: Iih, pode parar de se escaldar ai, filhona. - encarei ela serinho.
Ela não respondeu e continuou olhando pra TV. Me levantei e sai dali sem dizer mais nada. Minha cabeça já tava explodindo de novo.
Desci pra casa, e assim que entrei dei de cara com a Bruna comendo no sofá.
Bruna: Amoor. - se levantou e veio pulando no meu colo. - Comprei um negócio pra gente. - sorriu.
Ela pegou uma caixinha na mesinha dali e abriu. Tinha duas alianças de ouro ali dentro, uma mais grossa, e a outra fininha.
TK: Que porra é essa ai?
Bruna: Nossa aliança, amor. - sorriu de lado. - Eu quero usar com você.
Ela colocou a fina no dedo anelar da mão esquerda dela, e colocou a mais grossa no meu dedo também.
Bruna: Te amo muito, amor. - me deu um selinho, e eu apenas sorri fraco.
Eu nem falava que amava ela, pra não iludir ela, pois eu não amava, apenas gostava, então sempre que ela dizia que me amava, eu apenas dava um sorrisinho, e já era.
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Mente de um Favelado
Teen Fiction"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...