Me sentei no sofá e vi a bagunça que eu tinha feito ali. Bruna vai encher muito a porra do meu saco.
Quebrei tudo que vi na frente, tava putão, nem liguei na hora. Raiva me consumiu maneiro de novo, e eu não controlei essa porra.
Quando fui subir pro quarto, a porta se abriu e eu já ouvi o grito da Bruna.
Bruna: O que você fez aqui? - gritou me olhando.
TK: Na boa, Bruna...- encarei ela. - Não enche a porra do meu saco agora não, não quero acabar descontando em tu.
Subi pro quarto, e tomei um banho geladão pra ver se eu relaxava um pouco, mas nem adiantou.
Deitei na cama e fui tentar dormir por que daqui a pouco já ia colar nas rimas e depois ia direto pro baile.
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Vesti uma bermuda jeans escura, e uma camisetona branca da Lacoste. Calcei meu tênis preto da Oakley, e me perfumei todo. Meu cabelo já tava na régua, e tudo pá.
Só peguei meu fuzil atravessando nas costas e desci vendo a Bruna fazendo a unha no sofá. Caralho, essa mina não cansa de fazer a porra da unha, é incrível isso, pô.
A sala já tava toda arrumada de novo, sem as coisas quebradas no chão. Ela me olhou de cima a baixo com aquele sorrisinho de malícia.
Bruna: Vai aonde todo gostoso assim?
TK: Vou colar nas rimas com os moleques e depois já vou direto pro baile. - olhei no meu relógio no meu pulso, vendo que já era 19h02. - Tu vai pro baile que horas?
Bruna: Nem sei se eu vou hoje, tô cansadona, morrendo de cólica. - fez careta.
Encarei ela serinho, mas nem disse nada. Sai dali, e fui de moto pra praça. Já tinha a rodinha ali, e os menor mandando a rima. Deixei a moto ali no canto e fui pra lá, vendo que quem tava batalhando era o Korina, e o Linguiça.
Eles mandava umas rimas pesadonas o que fazia todo mundo que estava ali em volta gritarem, e eu só rindo, vendo o quão idiotas esses caras são.
Foi de nove e meia que os menor foi colar tudo no baile. Fui a milhão com a minha moto. Deixei ela ao lado da quadra. Arrumei meu fuzil e já fui entrando no baile, que tava lotadão.
Várias minas jogando, mas eu nem pá, gostava de pegar essas mina da quebrada não, tudo rodada já, pô, e outra, já tenho a minha de fé em casa, na moralzinha, sem caô nenhum.
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Mente de um Favelado
Roman pour Adolescents"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...