**Capítulo 16**

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2 meses depois...

Tava putão, tentando me controlar ao máximo pra não surtar ali naquela porra, só por causa do Juni, mas tava foda pô. Tava querendo enfiar essa bola no cú dele já. Zé fominha da porra!.

TK: Passa a bola filho da puta. - gritei e o Juni finalmente tocou a bola pra mim. Dibrei alguns caras e chutei pro gol, mas a porra da bola bateu na travessão. - Tomar no cú, porra. - bufei passando a mão pelos cabelos.

Juni: Por isso ninguém toca a bola pá tu, tu é mó ruim. - negou, e encarei ele serinho.

TK: Cuzão do caralho. Se acha o Pelé, mas não sabe nem tocar a bola pros outros. - passei por ele esbarrando em seu ombro.

Juni: Qual foi, filho da puta? Tá bravinho a bixona? - deu risada.

Fui pra cima dele metendo o socão em seu queixo. Tava boladão já.

TK: Xinga minha mãe, não, vacilão. - empurrei ele, que caiu no chão. Dei duas bicudas nele, e depois vazei dali com os com os caras tudo me olhando, mas sem dizerem nada.

Minha cabeça tava explodindo. Já tinha discutido com a Bruna hoje de manhã, sai pra tentar esfriar a cabeça, mas só fiquei mais puto. Fui direto pra boca, bolei um verde, e fiquei marolando ali no beco.

Korina: Porra, nós tá fudido, Tiago. - entrou no beco todo serinho.

TK: Qual foi, Pablo? - encarei ele, enquanto soltava a fumaça.

Korina: Não tem aqueles caras que a gente jogou no forno a dois meses atrás? - assenti. - Eles eram da maré, um deles era o gerente da boca 2 de lá, e agora o dono de lá tá querendo cobrar vacilo nosso. - passou a mão no rosto.

TK: Tem vacilo nenhum pra ser cobrado não. - neguei. - Eles estavam no erro.

Korina: Mesmo assim porra! Grego convocou nós dois, o Luli e o Jeff no Qg segunda feira.

TK: Nós vai pô, tem caô nenhum não. - joguei o resto do cigarro no chão, e pisei em cima. - De que horas é pra colar lá no Qg?

Korina: De seis da tarde. - suspirou. - Se ele for cobrar vacilo nosso, nós tá fudido, irmão.

TK: Relaxa, Pablo. Não tem vacilo algum pra ele vir querer cobrar a gente. A gente tava fazendo certo pelo certo, mermão. - bati no ombro. - Falou ai, vou brotar em casa, vê se a muié tá mais calma.

Ele deu uma risada fraca, e eu sai dali. Fui correndo até em casa, entrei e vi a Bruna comendo salgadinho no sofá. Ela me olhou com aquela carona dela, e eu sorri me jogando em cima dela.

Mente de um FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora