**Capítulo 100**

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TK

Já estávamos na estrada a algumas horas, em direção a São Paulo. E na minha cabeça só vinha como o Grego vai ficar puto assim que souber que matei o GL, um dos chefes do comando.

Tô ligado que ele vai querer vir atrás, pra fazer vingança, então a minha melhor opção, pra proteger a minha família, é me juntar com o inimigo.

Não tem outra saída. Ou eu fecho com os caras, ou eu e minha família morre.

Não podia deixar que um vacilo meu, acabasse de vez com os bagulhos, não.

Alice estava mexendo no celular, quieta do meu lado. Tava ligado que pra ela tava sendo confuso pra caralho essas paradas, pô.

Se nem eu tava conseguindo pensar direito, imagina ela!.

TK: Tu tá bem? - olhei de relance pra ela, logo voltando a minha atenção para a estrada.

Alice: Não né, Tiago!. Aquele povo lá do comando pode estar atrás da gente agora, prontos pra nos matar, e você ainda pergunta se estou bem?

TK: Iih, pô, relaxa...

Alice: Não vou relaxar nada. Olha na merda que tu meteu a gente. - suspirou, balançando a cabeça. - Agora a gente vai ter que ficar o resto da vida fugindo?

TK: Não, caralho!. - falei seco, bufando. - Eu vou dar um jeito nessa porra toda.

Alice: Eu vou dar um jeito...- me imitou com uma voz estranha, que eu nem consegui segurar a risada. - Nem sei por que tá rindo, idiota!.

TK: Eu já não disse pá tu que eu tenho um parceiro lá em Sampa que vai ajudar nós?

Alice: Ele é bandido também?

Só balancei a cabeça confirmando, e ela bufou.

Alice: Essa poderia ser uma chance pra você sair de vez do tráfico, pra gente poder viver em paz...- murmurou.

TK: Mesmo se eu sair, a gente não vai viver em paz, Alice. Os caras vão ficar atrás, até conseguirem o que querem. - suspirei, apertando o volante. - A gente ficando na favela desse meu parceiro ai, nós pelo menos fica seguro.

Ela nem disse mais nada, só encostou a cabeça no vidro, e ficou ali, quieta na dela.

******

Quando chegamos em São Paulo, mais de seis horas na estrada, eu fui direto pra capital, em direção a Paraisópolis.

Tô ligado que pros caras, eu sou inimigo, mas com o meu parceiro ai, eles vão acabar me aceitando.

Assim que parei o carro, na frente da favela. Pedi pra Alice ficar aqui com as crias, e que qualquer coisa, era pra ela meter o pé, sem eu mermo.

Quando eu desci do carro, os menor das lajes já apontaram as armas pra mim. Levantei minhas mãos, caminhando devagar mais para perto.

TK: Eu vim na paz, pô. Tô limpo...- falei alto, e eles se entreolharam. - Convoca o DR ai.

Eles ficaram enrolando pra caralho, mas acabaram convocando o DR, e logo atrás vinha os três chefes do PCC, o KL, o Tigrão e o Cascavel.

Já estavam com a arma apontada pra mim, e eu bem na moralzinha.

Cascavel: Tá fazendo o que aqui, filho da puta? Tá querendo morrer mermo, né?! - destravou a arma.

DR: Calma ai, Cascavel, pô. O cara veio na paz. - entrou na frente do Cascavel, ainda com o olhar preso em mim. - Ele matou o GL, e agora tá jurado de morte no CV.

Cascavel e os outros chefes na hora, arregalaram os olhos, e se entreolharam. DR só balançou a cabeça pra mim, e eu fiz o mesmo.

Conheço esse menor dar antigas. Vinha pra São Paulo direto fazer missão, e acabei conhecendo esse cara.

Por mas que a gente fosse de facções rivas, nós mantia o respeito sempre.

DR: Pô, ele precisa ficar aqui, se não os caras mata ele...

Tigrão: Idai? Esse menor ai continua sendo inimigo, pode levar pro galpão já.

Dei um passo pra trás, ouvindo todas armas destravarem.

TK: Iih, pô, qualé? Vim na paz mermo, sem caô. Se vocês me derem uns minuto só, provo pra vocês que a partir de agora, posso estar do lado de vocês, do PCC.

Tigrão já negou, enquanto o KL e o Cascavel ficaram calados.

Tava ligado que se eles não aceitassem os bagulhos, matavam eu, o DR, e a minha família.

******

Então gente, no livro da Analice, esses caras tudo ai vão aparecer, vão ser praticamente os principais também.

Mente de um FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora