**Capítulo 22**

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TK

Porra mermão, eu tava sem saber o que fazer, de verdade. A mina tá grávida de mim caralho, grávida!

Eu tô fudido se a Bruna descobrir essa porra, tô fudido mermo menor. Ela arranca minhas bolas e depois me joga na rua. Eu gosto daquela mandada demais porra, posso perder ela não!

Mandei meu papo limpo pá mina lá dizendo que eu vou ajudar ela nos bagulhos tudo, vou mesmo, não sou tão filho da puta assim...perdoe minha mãe!

Mas na moral, vou ajudar em tudo, casa, comida, roupa pá ela e pra criança, em tudo mermo, mas não vou assumir. Isso não dá. Vou dar tudo pra criança, mas assumir eu não vou!

Minha mãe deve tá chateadona comigo por essa fita, mas ela também deve entender por que tô fazendo isso.

É foda os bagulhos. Tudo na minha vida se baseia em problemas atrás de problemas.

Peguei o taco de sinuca, e me inclinei pra bater na bola. Assim que bati na bola, Korina me empurrou.

TK: Ae seu filho da puta, tá querendo que eu enfiei esse taco no teu cú, arrombado? - encarei ele serinho, e o vagabundo deu risada.

Korina: Tá bravo a cria, pô. - mandou rindo, e eu fiquei só vendo essa porra.

Quando ele foi dar a tacada dele, eu dei um empurrão tão forte que fez ele cair no chão com tudo.

Korina: Qual é, TK? - me encarou todo serinho. - Tu é mó cuzão do caralho, menor. - bufou.

Dei risada ajudando ele a levantar. Esse menor é brabo, o único que considero aqui nessa quebrada, e o único que sabe o que aconteceu anos atrás naquela casa com a minha mãe. Meu de fé, pô.

TK: Ai, cuzão, preciso desenrolar um papo contigo. - falei, coçando a nuca.

Korina: Bora colar no pico, deve tá suavão lá agora. - me olhou, deixando o taco de sinuca pendurado no bagulho lá.

Já era nove da noite já, colamo no pico e lá tava suave. Sentei no chão mermo, e já bolei aquele verde maneirão pá nós.

Nem sabia como desenrolar a fita com ele, mas tinha a certeza que ele iria dar uns conselhos fodas. Era sempre assim, eu fazia merda e esse menor me ajudava pra caralho. O único que fazia isso, pô. Considero pá porra, o único que boto minha mão no fogo pra defender de algum caô ai, por que o resto eu tô pouco me fudendo.

Mente de um FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora