**Capítulo 20**

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Encarei ela serinho. Eu não podia deixar ela na rua com um filho meu na barriga, mas também não podia assumir essa criança. Se a Bruna souber que engravidei uma mina ela me mata, e ainda termina tudo entre a gente.

E porra, quero isso não!

TK: Eu vou te ajudar, mas o bagulho é o seguinte...não vou assumir essa criança!

Alice: O que? - falou altão. - Por acaso eu fiz essa criança sozinha? Com o cabo de vassoura?

TK: Eu sei que joguei dentro, vou te ajudar nos bagulho tudo, só que eu não vou assumir essa criança! - murmurei, sentindo um bagulho estranhão no peito.

Alice: Olha, quer saber? Foda se! Não precisa assumir ninguém, só quero que você me ajuda, não tenho aonde ficar, e muito menos dinheiro pra me sustentar, só quero que você me ajude nisso!

TK: Relaxa que eu vou te ajudar nesses bagulhos.

Me encostei na cadeira e fiquei olhando para ela, que olhava para o chão. Ela tava cheia de marca de mão pelo braço, e no rosto também, aposto que foi os pais dela, então nem vou perguntar.

TK: Bora que eu vou te levar pra casa. - me levantei fazendo ela me olhar.

Alice: Pra sua casa?

TK: Quase isso. - suspirei.

Saímos da boca, e fomos subindo o morro. Os dois calados estavam, e os dois calados ficaram. Eu não sabia o que dizer não, tá ligado? Deve ta sendo maior barra pra ela, ficou grávida, foi expulsa de casa pelos pais, tá sem ninguém.

Já mandei o papo que vou ajudar ela nos bagulhos todos, mas não vou assumir criança nenhuma. Sempre quis ter filhos, mais com a minha fiel, e não com uma mina que nem conheço.

Chegamos na casa que aconteceu esses bagulhos, nem queria mais me mudar pra cá depois do que aconteceu, então deixaria ela ficar aqui mermo.

Assim que entramos na casa, ela parou de andar e ficou olhando tudo ao redor. Ela me olhou e logo começou a chorar.

Fiquei sem saber o que fazer tá ligado? Não sei o que eu faço quando uma mina chora perto de mim. Então eu apenas fiquei parado olhando ela que chorava.

Alice: Por que logo aqui? - perguntou baixo.

TK: Melhor casa que tenho. - dei de ombros. - Tem nada aqui pá tu comer, mais vou mandar os menor fazer uma compra fodona pra cá. - fui até a porta, mais antes de sair, olhei pra ela. - Amanhã eu colo aqui pá resolver o resto dos bagulhos.

Mente de um FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora