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• Alice •
Eu não fazia ideia do que eu tinha sentido quando peguei minha filha no colo pela primeira vez.
Foi algo tão...intenso!.
Ela é a razão de tudo agora, meu bem mais precioso.
Só queria ficar juntinho dela pra sempre, não desgrudar nunca mais daquela garota.
Tiago ainda estava deitado com a cabeça em meus peitos, enquanto eu mexia em seus cabelos, só pensando na minha filha.
Antony estava com a Renata, que tinha saído daqui a quase meia hora já. Surtou quando viu a Kamilly, e ficou com ela nos braços por maior cota, só falando e falando o quanto aquela criança era linda.
A enfermeira depois de quase uma hora trouxe a Kamilly de volta. Me ensinou a dar de mama, e paradas todas se caso ela engasgasse.
Enquanto a Kamilly sugava o bico do meu peito, Tiago tinha o olhar preso nela, e um sorriso bobo nos lábios.
Nem parece que a alguns meses atrás tava pouco se fudendo pra nossa filha, falando que não iria assumir e nem a ajudar a criar.
Pra você ver que tudo muda de uma hora pra outra, né?!.
Quando eu abri a boca pra falar com ele, a porta foi aberta com tudo, e um homem alto e muito parecido com o Tiago entrou no quarto, trazendo o olhar direto na Kamilly.
Tinha alguns homens atrás dele, e percebi o volume da arma na cintura, me fazendo na hora se tremer toda.
TK: O que tu tá fazendo aqui? - perguntou, e eu senti o ódio na tua voz.
- Vim ver minha neta. - respondeu, ainda com o olhar na Kamilly, que estava de olhos fechados mamando meu peito esquerdo. - Me mandaram que ela tinha nascido, e eu resolvi vir ver ela, pô.
TK: Mano...vai embora daqui. - murmurou.
- Qualé pô, vai deixar nem pegar minha neta no colo? - desviou o olhar da minha filha, para o Tiago.
Eles começaram a discutir ali, e na minha cabeça só rondava que esse era o pai do Tiago, aquele que matou sua mãe a alguns anos atrás.
Um frio percorreu em meu corpo assim que imaginei minha filha nos braços desse homem.
TK: Tu não vai relar um dedo nela. - apontou na cara do homem, que deu um tapa em seu dedo. - É melhor tu ir embora, na boa mermo.
- Não saio daqui sem antes pegar essa criança no colo.
Ele caminhou até mim, e me olhou por um momento, mas seu olhar logo baixou na Kamilly novamente.
Alice: Na minha filha você não toca, não. - na mesma hora que eu disse, ele parou de andar, me encarando com um cara péssima, mas eu nem liguei.
TK: Vai embora, GL. Vai, pô. Ninguém te quer aqui, não. Já disse que tu não chega nem perto da minha filha. - entrou na minha frente, empurrando o cara pra trás.
GL: Tá suave, pô. - se rendeu, se afastando. - Vou partir agora, mas outro dia ai eu colo pra poder ver minha neta, na moralzinha.
Antes que a gente podesse falar algo, ele saiu do quarto batendo a porta.
Tiago me olhou, respirando fundo, e passou a mão pela cabecinha da Kamilly, dando um beijinho por ali.
Alice: Não fui com a cara desse homem. - falei baixo.
TK: Odeio esse velho. - admitiu, se sentando na cadeira novamente. - Qualquer dia ainda mato ele.
Eu nem disse mais nada, só fiquei na minha esperando a Kamilly cansar de mamar.
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A partir de agora vou começar a apressar mais as coisas, pois já está chegando na reta final, já.
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Mente de um Favelado
Teen Fiction"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...