"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior.
No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...
GL: Que porra tá acontecendo aqui? - chegou na boca, olhando para os caras batendo no Juni. - Tão batendo no menor por que, porra?
TK: Vacilou pô. - suspirei, cruzando os braços. - Tentou estuprar uma mina ai.
GL: E cadê a mina? - dei de ombros. - Parem de bater nele ai, porra.
Olhei pra ele de cara fechada, e a vontade de falar merda veio, mas segurei pô, se não dava porra no final.
GL: Quem era a mina, Juni?
Juni: A....a Robertinha da rua 13. - falou, cuspindo sangue.
GL: Ah, aquela vagabunda! - negou com a cabeça. - Uma puta do caralho que não ia fazer diferença ser estuprada, aquela ali gosta de uma piroca. Deixa o menor ir.
Apertei meus punhos com força, tentando ao máximo não esculachar essa filho da puta.
TK: Não importa se a mina é puta ou não, o cuzão não tem o direito de forçar ela a nada, porra. Ele tem que ser cobrado sim, e se eles não cobrarem, eu mando o papo pro Grego e eu mesmo cobro essa porra.
GL: Tu virou o chefe dessa porra aqui desde quando? - se aproximou, cruzando os braços. - Tu não manda em porra nenhuma aqui não, Tiago! Tu é apenas o sub dessa porra, mas esse caralho ai não tem poder algum na porra desse morro. Sou eu que mando aqui, e se eu mandei eles deixarem o menor ir, eles vão fazer essa porra sem mais...
Fechei os olhos me controlando, e sai daquela porra com a vontade de voltar lá e descer o cacete no Juni e no cuzão do Gael.
Mas a minha maior vontade era matar o cara que se diz meu pai, e já erá. Mas o Lima já me mandou o papo que se eu fizesse isso, os caras do comando não iam ter dó na hora de me cobrar.
Isso que é foda pô.
Quando ele matou minha mãe a porra não foi cobrada. Ele matou ela sem motivo algum, e saiu ileso do caralho todo.
Um bagulho que eu deveria ter feito mermo ela ter atirado nele quando ele mandou eu atirar na minha mãe. A arma tava na mão e eu vacilei. Mas naquela época eu não teria coragem de atirar nele, eu era fraco demais.
Mas hoje o que eu mais quero é fuzilar o vacilão. Torturar até morrer também, fazer ele implorar pela vida assim como minha mãe fez.
Eu tinha que me segurar pra não fazer merda, se não eu estava fudido na mão dos crias.
Tava só palmeando a hora que o vagabundo vacilar pra mim mandar o papo pro Grego e finalmente eu poder matar ele, ou só descontar um pouco do meu ódio dando uns belos socos na cara do cuzão.
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