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Meses depois...
• TK •
Na moral, nem tava sabendo direito o que eu tava sentindo naquele momento. Era um bagulho mó estranhão, tá ligado?!
Tava cabreiro olhando para aquele munitor e na real, tava enxergando nada, pô. A mulher lá olhava, olhava e ficava resmugando algumas coisas que eu não entendia.
TK: Qualé, pô, vai demorar muito ai? Quero saber o sexo da minha cria logo, carai. - falei, já ficando puto com aquela mulher.
Alice apertou a minha mão, me repreendendo com o olhar, mas nem dei ideia, só fiquei encarando aquela velha, esperando ela mandar o papo serinho logo de uma vez.
Bufei passando a mão livre no rosto, encostando a cabeça no ombro da Alice.
TK: Qualé que é, porra? Tu só vai dizer o caralho do sexo quando a cria já tiver saindo da buceta dela?! Que porra mermão! - falei putão já.
Alice:Tiago, para! - me olhou com a cara fechadona.
TK: Para meu cacete, pô. Essa muié ai tá me tirando, só pode mermo. - neguei com a cabeça, tirando minha cabeça de seu ombro.
Ela negou bufando, e soltou a mão da minha. A mulher continuou lá, passando o bagulho na barriga da Alice, enquanto apertava os olhos, perto da tela.
Na boa, essa mulher só podia tá cega mermo, pô. Tá a meia hora olhando pra porra desse monitor e nada de falar logo o sexo da minha cria.
Já tava boladão, querendo partir pra parte da ignorância já. Saco cheio, pô!
- Pelo o que vejo...
TK: Hm...- murmurei, impaciente.
- Eu acho que é um menino!
TK: Tu acha? Como assim tu acha? Tá conseguindo ver essa porra ai não?
A mulher me olhou fazendo uma careta, e voltou a olhar pro munitor.
Alice: Tiago, é um menini...
- Eita, me desculpem...é um menina! Agora eu tenho certeza mesmo!
Revirei os olhos pra essa monga, mas logo dei um sorrisão ao processar os caralhos tudo.
Porra, vou ser pai de uma princesona, pô!
Na moral, tava nem acreditando, pô. Bagulho bateu na mente maneiro, e eu nem conseguia pensar nas outras paradas.
Tava nem entendendo o que eu tava sentindo, na moral. Era uma felicidade do caralho, e mais um monte de bagulho.
Alice já tava quase chorando, enquanto me olhava. Sorri pra ela, e dei um selinho nela rápido, encostando minha cabeça no ombro dela novamente.
- Você semana que vem já faz 27 semanas né? Quase seis meses e meio.
Alice balançou a cabeça concordando, e apenas ficava ouvindo o que a mulher falava pra ela sempre fazer, enquanto eu só olhava para um ponto fixo, e ficava imaginando como minha vida iria mudar assim que essa criança nascesse.
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Mente de um Favelado
Ficção Adolescente"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...