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• TK •
Sai daquela casa pilhadão, já com os bagulhos batendo na mente maneiro. Fui diretão pra boca, e já mandei chamarem o Korina, que brotou na boca, com uma cara de sono do caralho.
Korina: Qual foi, pô? - murmurou, se sentando na minha frente.
TK: Tá ligado nos coroa que a gente matou hoje? - ele ficou me encarando por um tempo, e logo balançou a cabeça concordando. - Porra, acho que eram os pais da Alice.
Na mesma hora que eu disse, ele arregalou os olhos, se indireitando na cadeira.
Korina: Como é que é o bagulho? Tu só pode tá de tiração, TK. Como tu sabe dessa parada, pô? - cruzou os braços. - É caô purinho, né não?
TK: Não caralho, tô te mandando o papo limpo aqui, porra! Ela chegou em casa malzona falando que tinham matado os coroa dela, e pá, e disse aonde que eles tinham levado tiro, e foi bem nos lugar que atirei. Eu lemnro, carai!.
Korina: Na mulher foi um na barriga e outro na testa, e no homem foi três na testa, né? - me olhou, e eu balancei a cabeça concordando.
TK: Ela levou o irmão dela pra lá pra casa. - suspirei, passando a mão no rosto.
Korina: Eu vi o moleque, pô. Lá na casa dos coroa. Vamo brotar na tua casa, para eu ver a cria lá.
TK: Iiih, tá maluco? E se ele te reconhecer, pô? Alice nem é trouxa, pega no ar rapidinho,
Korina: Eu tava de máscara, carai. E o menor nem me viu.
Suspirei alto, e sai da boca com o Korina. Fui o caminho todo até em casa pilhadão mermo.
Queria que essas paradas todas, fossem bagulho da minha cabeça, e que eu não tenha matado logo os pais da Alice. Por que for eles que matei, eu tô fudido, meu parça!
Assim que entramos em casa, fui direto pro quatro aonde o menor estava, com o Korina atrás.
Fiquei ali na porta, enquanto o Korina entrou no quarto e fez um toque com o moleque. Eles falaram alguma coisa, fazendo a cria dar uma risada fraca.
Korina voltou até mim, e pelo olhar dele eu já tinha entendido tudo.
Korina: É ele mermo. Vi a mulher lá mandando ele ficar dentro de um guarda roupa, e logo ligando pra alguém ai.
TK: Acho que era pra Alice. - suspirei.
Troquei mais uma ideia com o Korina, e ele logo vazou dali. Fui pro quarto, e vi a Alice deitada na cama, chorando abraçada com o travesseiro.
Consciência pesou legal, mas eu nem podia me arrepender, não, tá ligado?! O bagulho já foi, pô. Eu nem sabia que era os pais dela.
Matei por que fazia quase 1 ano que ele estavam devendo uma grana alta, e não pagavam, sempre ficavam enrolando.
Alice quando souber que foi eu quem matou seus pais, vai surtar maneiro, pô.
Deitei ao lado dela ali, que nem se quer me olhou, e já virou as costas. Fiquei sem entender maneiro.
TK: Coe, maluca?
Alice: Nada. - murmurou, toda grossa.
Sem dizer mais nada, ela se levantou da cama e saiu do quarto.
Fiquei ali sem nem entender nada, na moral!
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Mente de um Favelado
Ficção Adolescente"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...