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Dias depois...
• Alice •
Sai de casa amarrando meus cabelos, pois estava um calor do caralho hoje. Como sempre!
Queria tanto ir pra praia, mas a preguiça estava falando mais alto, então decide ir outro dia.
Desci na pracinha, e quando vi aquela sorveteria, só faltei babar. Fui diretão pra lá, e pedi um sorvete com cinco bolas, duas de chocolate, uma de morango e duas de flocos.
Ela jogou várias coisas em cima, cobertura, amendoim, granulado e mais algumas coisas. Eu só babava vendo ela fazer.
Paguei o sorvete, e sai daquela sorveteria já devorando o sorvete que estava uma delícia.
Puta que pariu!
Me sentei em um banquinho na praça, e fiquei devorando o sorvete ali sozinha.
Minha barriga estava de fora, pois eu estava usando um top branco, e um shorts molinho cinza.
Estava um calor do cão que meu sorvete logo derreteu. Tive que tomar aquela porra, nem pude aproveitar direito.
Alguém sentou ao meu lado, mas eu nem olhei, só continuei tomando meu sorvete na boinha.
- Oi.
Olhei pro lado vendo uma menina branca dos cabelos negros. Ela me olhava sorrindo de lado, e eu sorri pra ela também.
Alice: Oi.
- Qual teu nome?
Alice: Alice, e o teu? - cruzei minhas pernas.
- Renata, prazer.
Ela me abraçou de lado, e eu fiquei meia sem jeito, mas abracei ela também.
Renata: Nunca te vi por aqui, é nova?
Alice: Sim, me mudei faz poucos meses, mas só agora estou saindo. - suspirei, colocando o potinho do meu sorvete nas minhas pernas.
Renata: Eu moro aqui desde que nasci, sabe?! Sou mulher do gerente da boca 2, Korina o vulgo dele, conhece?
Alice: Não. - sorri de lado. - Não conheço nada por aqui ainda.
Renata: Então vou te levar pra conhecer esse favelão. - se levantou. - Só vou ali pegar minha gordinha e já volto.
Ela saiu andando rápido, e eu fiquei ali mexendo em minhas unhas, que estavam horríveis, precisava urgentemente dar um jeito nessas merda.
Renata logo voltou com uma menininha nos braços, a mesma estava tomando sorvete, se sujando toda.
Renata: Essa é minha filha, Isabela.
Alice: O nome é lindo, e ela mais ainda. - sorri me levantando. - Quantos anos ela tem?
Renata: Dois e meio. - sorriu apertando a menina, que resmungou. - Isso passa tão rápido, daqui a pouco ela vai estar uma mulher já, gostosa que nem a mãe.
Deu uma risada fraca, e sai andando com ela. Ficamos a tarde toda andando por aquele morro. Ela me disse que nesse complexo tinha mais outros morros, mas que esse aqui era o principal, e mais interessante.
Tinha várias crianças brincando na rua, mulheres bebendo e se divertindo. Mesmo com pouco, essas pessoas são felizes, muito mais do que as que moravam no condomínio que eu morava na zona sul.
O povo de lá era chato, podia nem querer fazer uma festa que já chamavam o síndico.
Uma merdinha né?!
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Mente de um Favelado
Teen Fiction"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...