Maratona 03/03
Foi 18h da tarde, que fui brotando na casa do cuzão do GL. O cara nem tava mais aparecendo nas bocas, por medo de levar chumbo.
Cuzão do caralho, pô.
Arranja treta e não quer bater de frente. Deixa para os outros resolver essa porra. Foda, carai.
Tava ligado já que as merdas todas iriam cair nas minhas costas mais pra frente, só por que sou filho desse vacilão, infelizmente!
Assim que entrei na casa do velho, já veio o cheiro forte de maconha, e como sempre ele tava ali bebendo, usando drogas, e com uma mina em cima dele.
TK: Manda ela vazar, pô. Quero trocar uma ideia contigo.
A garota me olhou e depois olhou para o GL. Ele fez sinal pra ela sair e ela saiu da casa rebolando.
TK: Pegando mina de 13 anos, pô? - cruzei os braços.
GL: De 14. - me olhou.
TK: Que diferença. - ironizei, e neguei com a cabeça, olhando aquela sala toda imunda. - Mas, nem vim aqui pra isso. Quero saber quando que tu vai tentar resolver essa treta toda com o PCC.
GL: Tem como resolver essa porra não, carai. Vamo ter que bater de frente, e foda se.
TK: Nós que vai ter que bater né?! - falei, me referindo a mim e aos moleques daqui do complexo. - Por que tu não bota a cara nem pra invasão de polícia. Cuzão do caralho!
GL: Eu pago vocês pra bater de frente mermo, eu boto a cara só quando da vontade, tu nem tem direito de falar nada, não é porra nenhuma aqui no morro.
Fechei os olhos, respirando fundo, apertando os punhos. Esse cara só de abrir a boca me irritava, dava mais não, pô.
TK: Eu sou o herdeiro desse caralho todo aqui. Na hora que tu morrer, eu viro dono de tudo...
GL: Mas enquanto eu tô vivo, tu tem direito de ficar calado, e só obedecer ordem minha, moleque!
Nem esperei ele dizer mais nada, só sai daquela casa antes que eu fizesse alguma merda, que só me fuderia com o comando.
Fui diretão pra casa da Alice, vendo ela deitada no sofá, comendo bolo. Chutei a porra da mesinha que tinha no canto e gritei um palavrão.
Ela me olhou estranho, e se levantou, vindo até mim.
Alice: Que foi, Tiago? Tá perturbado assim por que? - tentou tocar em mim, mas eu me afastei.
TK:Não é nada, pô. Só não dá ideia pra mim, tô bem não. - murmurei.
Ela fez careta, e saiu indo para a cozinha. Subi pro quarto, me deitando na cama.
Sempre depois de falar com o GL eu ficava desse jeito, todo putão. Só de olhar pra cara daquele vacilão eu já ficava puto, querendo quebrar tudo, pô.
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Para eu soltar o próximo, todos os capitulos dessa maratona devem bater a meta de 100 votos e 90 comentários.
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Mente de um Favelado
Ficção Adolescente"Faço o certo, passar dessa pra melhor, é necessário andar de peça caso aconteça o pior. No silêncio da madrugada aguardo meus inimigos pra fazer chover bala. Ai, filha da puta vai ter que aturar, faturando, mano, faturando, fraturando o crânio, ela...