CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...

Capítulo 53

Assinei alguns papéis e fui para tribunal, tinha um longo julgamento... Passei parte da manhã e a tarde inteira julgando um caso. Sai de lá por volta de 17:30 fui a escritório novamente e fui pra casa. Cheguei em casa e não tinha ninguém. Tomei um banho me troquei logo ouvi a Mila chegando com as meninas e com comida japonesa. Comemos juntas e a Alice logo subiu. Melissa me olhou como se quisesse dizer algo e eu sai da mesa e fui atrás da Alice. Ela estava no banheiro enfiando a escova de dentes na garganta. Eu senti um arrepio uma coisa ruim que eu não sabia explicar.

Achei melhor não abordá-la agora. Desci de novo continuei comendo, logo terminamos e a Mel subiu.

Mila: O que foi hein? Tá com a carinha triste, preocupada.

Eu: A Melissa falou uma coisa hoje, sobre a Alice e eu confirmei. – suspirei.

Mila: O que?

Eu: A Alice está induzindo vômito. Por isso ela está mais magra, comendo pouco.

Mila: Sério isso Lauren? - arregalou os olhos. Modo super proteção dela estava prestes a ser ativado. 

Eu: Sim... Eu to preocupada amor...

Mila: Vamos falar com ela, levar ao médico. Meu Deus... Porque ela tá fazendo isso? Ela tem um corpo lindo, sempre teve.

Eu: Eu não sei amor. Eu vou falar com ela... – a beijei – Vamos dormir, eu to muito cansada.

Mila: Vamos – me beijou – Te amo.

Eu: Te amo... – me abraçou de conchinha e dormimos. A semana passou bem rápido, eu trabalhei muito, a Mila também. Era sexta feira, a Alice teria aula a tarde e a Mila pegaria Melissa e a levaria para o vôlei. Quando deu 3 da tarde meu celular tocou número privado. – Alô?

XX: Doutora Lauren Jauregui?
Eu: Sim quem fala?

XX: Aqui é Regis Calton da secretaria da Columbia, estou ligando para informar que a sua filha Alice Cabello Jauregui não se sentiu bem e a encaminhamos para o hospital Universitário.

Eu: O que a minha filha tem? – assustei.

XX: Ela desmaiou no meio da sala de aula após a apresentação de um trabalho e os paramédicos a levaram ao hospital.

Eu: Ok, eu estou indo pra lá obrigada – desliguei. Peguei minha bolsa avisei a secretária que não voltaria mais e corri para lá tentando ligar pra Camila no caminho e o telefone só chamava e caia na caixa postal. Deixei um recado – Amor, a Alice está no hospital universitário, não se sentiu bem e a levaram pra lá. Estou indo pra lá agora tá. Me liga. – desliguei. Cheguei ao hospital rapidamente – Boa tarde, minha filha deu entrada aqui, Alice Cabello Jauregui.

XX: Só um segundo... – ela olhou no computador – Ela está sendo atendida na emergência, segue o final do corredor e vira a esquerda, na recepção de lá, faz a ficha dela e aguarda o médico falar com a senhora tá.

Eu: Ok obrigada – fui até lá – Oi boa tarde minha filha deu entrada aqui, Alice Cabello Jauregui.

XX: Sim senhora, ela está sendo atendida pode preencher os dados dela por favor?

Eu: Sim – preenchi tudo, fui me sentar e vi a Lily.

Lily: Tia Lauren – levantou e me abraçou.

Eu: Lily o que aconteceu?

Lily: Soube que ela apresentou um trabalho e estava suando demais, mas apresentou e quando foi sentar ela desmaiou. A enfermeira da faculdade a atendeu e disse que a pressão dela estava muito baixa e ela não acordava então me chamaram e acharam melhor trazê-la pra cá.

Eu: Ok, a quanto tempo ela tá aqui?

Lily: Há uns 30 minutos.

Eu: Lily, me conta o que está acontecendo com a Alice? – a encarei e ela ficou sem jeito.

Lily: Não sei tia... Estou tão surpresa quanto a senhora. – falou sem graça.

Eu: Lily, a Melissa ouviu você e a Nicole discutindo com a Alice por ela estar vomitando, agora fala a verdade. – falei séria.

Lily: Ok tia – suspirou – A Alice está induzindo o vômito faz uns 4 meses. Antes ela fazia e parava e agora ela não controla mais. Eu briguei com ela pra ela procurar ajuda, mas não adiantou. – o médico chegou.

XX: Responsável por Alice Cabello Jauregui?

Eu: Eu sou a mãe dela, Lauren Jauregui como ela está?

XX: Vem comigo – chamei a Lily e fomos pra sala dele.

Eu: O que ela tem?

XX: A Alice estava desacordada quando deu entrada aqui, hipoglicêmica, com estômago completamente vazio e 10 quilos abaixo do peso ideal. Ela deveria pesar em torno de 60 quilos e ela está pesando 50 quilos. A mocinha aqui amiga dela disse que ela vem induzindo vômito há alguns meses a senhora tinha conhecimento disso?

Eu: Eu soube disso no começo da semana, porque minha filha mais nova a viu vomitando. No mesmo dia a vi vomitando depois do jantar. Ia falar com ela essa semana, mas trabalhei muito e não achei o momento certo. Meu Deus – passei as mãos nos cabelos. – Como ela está?

XX: Ela está na UTI agora. Ela teve uma parada respiratória.

Eu: Ah meu Deus – cai no choro.

XX: Ela vai ficar bem. Está bem cuidada, está sedada e recebendo nutrição por um tubo nasogástrico. Ela está anêmica também. Pode vê-la um pouco e depois vai pra casa. Amanhã ela estará melhor e ela está em boas mãos. Provavelmente, passará só essa noite na UTI para estabilizar. Quando ela acordar, passará por uma conversa com um psiquiatra e com um psicólogo também, uma nutricionista e um endócrino.

Eu: Ok, muito obrigada. Minha esposa logo deve chegar...

XX: Eu a encaminho pra lá... – fui ve-la.

Eu: Oi Sunshine é a mamãe... Precisa ficar bem logo tá. A mamãe te ama muito e a mama também. A gente vai ajudar você meu amor. – a beijei chorando – Fica bem logo minha bebê. – a beijei de novo. A Camila chegou assustada e vermelha.

Mila: Oi... Oi filha a mama tá aqui – a beijou – Vai ficar tudo bem. O médico me explicou tudo... – ficamos um pouco ali, saímos falamos com o médico mais uma vez.

Eu: A Lily cadê?

Mila:Foi embora quando eu cheguei. Ela foi pra faculdade pegar as coisas dela e daAlice, e o carro da Alice. Ela tava de carona. – fomos para o estacionamento e fomos embora. A Meltava na casa da Ally mandamos mensagem pra ela, quando chegamos e ela subiu.Tomei um banho me troquei e desci. Mila cuidava do jantar, minha cabeça tava naminha filha naquele hospital. Eu não dormi a noite toda pensando nela. No diaseguinte fomos ao hospital bem cedo. Ela já estava acordada e no quarto, masnão queria conversar com ninguém nem ver ninguém.