Capítulo 38

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Ela tava encolhida no sofá chorando vários remédios em cima da mesa, eu conhecia aqueles remédios. – Dinah... – falei calma.

Dinah: Me deixa sozinha Lern por favor – soluçou.

Eu: Não... De jeito nenhum... – me sentei ao lado dela. – Esses remédios. São pós aborto. – eu tava tremendo e assustada.

Dinah: 11 semanas. Eu vinha sentindo uma cólica há uns 4 dias, meu médico receitou um remédio pra dor e se não passasse era pra ir até la. E ontem de manhã ficou forte, tomei o remédio esperei um pouco e não passou. Então eu chamei um taxi e fui pouco antes do almoço até o hospital. Quando ele examinou já não tinha batimentos mais. Ele fez curetagem e eu passei a noite lá e vim embora hoje pela manhã. É horrível a sensação – soluçou e eu a abracei.

Eu: Chee, porque não me chamou? Ou não chamou a Ally? Porque não nos contou que estava grávida? Somos suas amigas. Porque não disse nada? – perguntei aflita.

Dinah: Eu não tinha certeza se queria o bebê no inicio. Sabe que eu e o Jaiden vivemos em guerra. Sabe que o amor da minha vida é a Normani. Mas eu comecei a me afeiçoar ao bebê e aconteceu isso – chorou mais – Dói muito – me abraçou pela cintura deitando no meu colo.

Eu: Eu sei que dói Chee, eu sei o quanto dói... É algo que a gente não esquece, ameniza, mas não esquecemos. Você deveria ter me ligado Dinah. A gente conta uma com a outra, a gente não faz nada sozinha quando precisamos de ajuda. Você comeu alguma coisa hoje?

Dinah: Tomei um chá e um chocolate quente.

Eu: Eu vou fazer uma sopinha pra você, não pode ficar sem comer.

Dinah: Não precisa.

Eu: Precisa sim, não pode ficar sem comer. Vou colocar tudo na panela e vamos pro banho. – coloquei tudo na panela elétrica e fui ajuda-la a tomar um banho. Enquanto ela se lavava olhei a panela e mandei uma mensagem pra Ally.

Ally, estou com ela. Ela sofreu um aborto, está muito mal. Consegui coloca-la no banho agora e estou fazendo uma sopa pra ela.

Ela saiu do banho colocou pijama e deitou na cama dela. Fiz um suco de laranja, a sopa ficou uma delicia. Coloquei tudo numa bandeja e levei pra ela.

Eu: O cheiro ta bom e o sabor também, caprichei.

Dinah: Não precisava Lern.

Eu: Esses remédios são fortes Dinah não pode tomá-los sem comer. – ela comeu em silêncio enquanto isso fui em casa rápido ver a Alice e falar com a Camila. Logo voltei pra lá. Dei os remédios a ela e ela dormiu. Eu fui em casa amamentar pra depois voltar pra casa dela.

Mila: Como ela tá? – saia do banho.

Eu: Mal. Ela comeu e dormiu depois dos remédios. Eu não to acreditando que ela tá passando por isso. – suspirei triste.

Mila: Por que ela não nos procurou? Não entendo – se sentou ao meu lado.

Eu: Ela tava paralisada. Eu sei o que ela está sentindo. O medo paralisa. Ela agiu no automático pensando só no bebê. Ai quando você escuta que não tem mais bebê, o vazio toma conta e parece que a gente passa a viver no standby. – conversamos um pouco. – Eu vou pra lá, qualquer coisa me liga ta – a beijei.

Mila: Tá bom, qualquer coisa me chama. Te amo.

Eu: Te amo. - Não consegui dormir fiquei velando o sono dela. Dinah é sempre tão alegre e está sempre tão feliz por todos e agora ela estava ali tão frágil sofrendo sentindo uma dor que eu sabia bem como era. Ela acordou de madrugada chorando muito e com cólica. Ela parecia estar tendo um pesadelo. – Dinah, acorda Dinah – ela abriu os olhos e me abraçou – Tá tudo bem você tá segura tá em casa. Calma... – tentei acalmá-la. – Tá sentindo dor?

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora