Capítulo 77

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DINAH JANE NARRANDO...

Desde a internação da Alice eu não paro de me preocupar em dobro com ela. Já se passaram alguns meses desde que ela começou o tratamento com antidepressivos com nutricionista, com psicóloga e aparentemente ela leva uma vida bem normal. Mas eu sei que é bem aparência. Conheço minha afilhada as vezes mais que as mães dela. Fizemos uma viagem para Orlando e foi bem divertida até nossas filhas mais novas brigarem por se amarem. Aquilo deu um baque gigantesco porque não esperávamos por nada daquilo. Voltamos pra casa no dia seguinte e alguns dias depois Normani viajou com as meninas, foram visitar os pais dela no Texas, eu tinha que trabalhar, tinha alguns processos para analisar, tinha caso para julgar. Num determinado dia eu resolvi trabalhar de casa e pouco mais de uma da tarde a Lauren me ligou.

Eu: Oi branquela.

Lau: A Alice tá ai? – parecia nervosa. – To na sua porta. – eu abri a porta e desliguei o telefone.

Eu: O que foi?

Lau: A Alice sumiu a Camila está atrás dela desde cedo, essa policia inútil não quer atender o meu pedido o pedido de uma juíza de dar uma busca pela placa do carro dela e não a encontramos em lugar nenhum. – tremia e chorava.

Eu: Calma Lern, primeiro, porque ela sumiu?

Lau: Tem alguns dias que ela não tá bem, tá vomitando muito e chorando muito. Ontem ela teve uma crise de choro horrorosa, tive que ligar para o psiquiatra e dar remédio dobrado pra ela. Eu a Camz passamos a madrugada toda indo vê-la e pegamos no sono num determinado horário. Acordei de manhã e ela não tava em casa, a porta destrancada. Eu liguei na Ally pra saber se ela tava lá e ela não tava, e o Troy a viu saiu de roupão e ainda quase bateu no carro dele. Sabe Deus onde ela onde está, se minha filha tá vida ou morta em algum lugar. – ela tava desesperada.

Eu: Calma a gente precisa pensar. Ligou para as amigas dela?

Lau: Sim, nenhuma sabe.

Eu: A Lily?

Lau: Não.

Eu: Vou ligar pra ela... – liguei pra ela – Oi filha tudo bem?

Lily: Oi mama tudo bem e você?

Eu: To bem. Amor falou com a Alice hoje?

Lily: Não mama, porque?

Eu: Ela saiu de casa nervosa chorando... – contei a ela – Sabe onde ela pode estar?

Lily: Ai mãe... Talvez naquele parque afastado da cidade. Lembra que ela fugia pra lá de taxi quando queria ficar sozinha?

Eu: Sim... Ótimo filha...

Lily: Mas mãe, não deixa a tia Mila e a tia Lauren encontra-la. Vai você. Ela não precisa das mães agora, ela precisa de você. As duas estão saturadas, elas não sabem mais o que dizer a ela. Ela precisa de alguém de fora. Se eu estivesse ai eu iria atras dela. A melhor pessoa agora é você mama.

Eu: Ok filha... Eu vou atrás dela. Obrigada meu amor te amo.

Lily: Te amo. Dá notícias tá.

Eu: Ta... – desliguei.

Lau: E ai?

Eu: Ela pode estar naquela parque que ela sempre fugia quando era mais nova lembra?

Lau: Sei... Fica a uns 30 minutos daqui. Eu vou até lá.

Eu: Lauren, não. – a segurei – Olha pra mim – coloquei as mãos em seu rosto – Dá um tempo. Eu vou pedir um táxi e eu vou atrás dela. Você vai arrumar uma roupa quentinha pra ela, um pijama deixar pronto que eu pego na sua casa quando voltar com ela.

Lau: Dinah ela é minha filha – falava nervosa e chorando.

Eu: Eu sei... Mas ela precisa de mim agora. Você e a Camila estão batendo cabeça uma com a outra sem saber o que fazer. O desespero que vocês duas está deixando a Alice desesperada, porque ela não quer ver vocês sofrendo por ela, e nesse momento vocês estão sofrendo. Eu sempre ajudei com ela, agora não vai ser diferente. Deixa que eu cuido dela hoje. Confia em mim.

Lau: Ok. Vou ligar pra Camila.

Eu: Ok... – ela saiu, eu pedi um táxi, me troquei e logo desci. Em meia hora cheguei no parque. Era fim de tarde e já estava bem frio, e lá estava ela, sentada encolhida num banco com o olhar perdido no lago. Eu me aproximei devagar e me sentei ao lado dela.

Alice: Como me encontrou aqui? – perguntou calma e ela mesma respondeu – Óbvio. Lily.

Eu: Suas mães estão preocupadas com você. Está frio aqui meu amor.

Alice: Me deixa sozinha dinda... - seu rosto estava completamente inchado de tanto chorar. Seu olhar estava vazio, sem vida, perdido e como doía ver minha menina assim. 

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Parece que as coisas não estão indo bem para Mel e Nina né? E agora a Alice não parece estar se saindo bem em sua luta contra a anorexia. Será que Dinah vai ser a luz que a Alice precisa? Será que Mel e Nina vão se entender?

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora