Capítulo 74

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Oi pessoal como vocês estão??? Espero que estejam bem... Vou postar um pouco... Bjs.

NINA NARRANDO...

Eu não suportava mais. Doía, e doía muito tudo aquilo. Eu estava saturada. Aquele beijo no último dia de parque doeu e eu só queria esquecer tudo aquilo e não sentir mais nada. Cheguei em casa tomei banho e fui pro meu quarto fazer mala. Minha irma foi tomar banho no quarto das minhas mães. A Mel veio falar comigo. Eu estava com os nervos a flor da pele e começamos a discutir. Acabei dizendo tudo que eu sentia, ou melhor, gritando tudo que eu sentia e a casa inteira escutou. Eu sai debaixo de chuva, eu precisava esfriar a cabeça, eu tava explodindo, aquilo tudo tava me matando.

Eu: Eu te amo sua imbecil – falava comigo mesma aos soluços. – Eu não queria sentir nada disso.

Mãe: Nina... Nina... – pegou meu braço.

Eu: Me solta... Me deixa sozinha mãe... – me debatia nervosa. Ela me abraçou e eu fui caindo no chão e ela se abaixou junto comigo. – Eu quero ficar sozinha – soluçava agarrada a minha mãe.

Mãe: Eu não vou deixar você sozinha. Não desse jeito. – me abraçou forte. – Xiiii... Calma... Eu to aqui... – me deu um beijo.

Eu: Eu não queria sentir nada disso mãe... Eu juro que eu não queria.

Mãe: Eu sei amor eu sei disso.

Eu: Dói demais mãe... Faz parar de doer, por favor.

Mãe: Eu queria muito tirar tudo isso de você filha, mas eu não posso. Só posso dizer que estarei com você sempre e que isso tudo vai passar. Não vai doer pra sempre meu amor... A chuva tá ficando forte, vamos pra casa, tirar essa roupa molhada tomar um banho quente filha... – nos levantamos e fomos pra casa. Não tinha ninguém no andar de baixo. Entrei no meu quarto com a minha mãe, e a minha irmã tava lá. – Toma um banho eu vou tomar um banho também e vou fazer um chá pra você, pra não ficar doente tá. – eu só balancei a cabeça e entrei no banheiro. Abri o chuveiro tirei a roupa e entrei. Lavei o cabelo sai do chuveiro sequei o cabelo e fiz um coque. Coloquei um pijama e voltei a fazer minha mala. A briga ficava rondando minha cabeça e as lágrimas eram inevitáveis. Minha mãe trouxe um chá pra, e a mammy entrou no quarto em seguida fechando a porta e sentando no chão de frente pra mim junto com a minha mãe.

Mammy: Quer conversar filha? Falar sobre isso?

Mãe: Desde quando sabe que é lésbica ou bi?

Eu: Eu fico com meninas tem pouco mais de um ano mãe. Só nunca contei pra ninguém, nem mesmo a Mel sabe disso. Não acho que sou lésbica, não por enquanto, não tenho certeza. Que droga... Não sei o que sinto com relação a isso.

Mammy: Não tem esteriótipos?

Eu: É essa a palavra mammy. E desde que a Mel começou a ficar com o Jaiden começou a doer e de forma que nunca senti. Achei que eu tava gostando dele, mas não era. – contei tudo pra elas. – Desculpa, eu não deveria ter explodido dessa forma na frente de todo mundo.

Mammy: Filha ficamos assustadas, eu cheguei em casa e você gritando coisa que você nunca faz Nih.

Eu: Eu estou sufocando tudo isso faz tempo mammy e dessa vez eu não aguentei. Sinto muito – abaixei a cabeça.

Mãe: Ela tá mal. Muito mal...

Eu: Não vou me sentir culpada por isso mãe. Eu estou mal a muito tempo e estou sufocando. Eu estou protegendo a Mel a vida inteira, e quem me protege.

Mãe: A ama mesmo filha?

Eu: Muito mãe. Eu sei que eu tenho 14 anos, mas eu sei o que eu estou sentindo. – a tia Ally bateu na porta.

Ally: Oi... Licença... O jantar tá na mesa.

Mammy: Vamos comer?

Eu: To sem fome mãe. Vou terminar minha mala, depois eu como.

Mammy: Ok amor... – me deu um beijo e saiu, e a mamãe fez o mesmo. Terminei minha mala coloquei num canto do quarto e deitei. Tava morrendo de dor de cabeça de tanto que tinha chorado. Minha irmã entrou foi escovar os dentes e sentou na minha cama. Eu fingi que estava dormindo não queria mais falar sobre isso. Ela me deu um beijo no rosto e sussurrou.

Lily: Vai ficar tudo bem tá? Eu te amo, e eu estou aqui... – levantou e saiu do quarto. Eu voltei a chorar. Chorei até pegar no sono. Acordei de madrugada com fome, fui até a cozinha fiz um sanduíche comi, lavei o prato e voltei para o quarto escovei os dentes e dormi de novo. 

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora