Capítulo 102

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Logo ela chegou com a Ally.

Ally: Oi... como você ta?

Eu: Nervosa, ansiosa. Não sei...

Ally: Vai dar tudo certo – piscou pra mim e passou a mao na minha barriga.

Mani: Mexi no seu closet peguei alguns pares de meias, porque vai sentir muito frio nos pés.

Eu: Você é um anjo Mani, pensei nisso agora, já estou sentindo – a abracei. – Obrigada – Mani teve cesárea também. Logo a Mila chegou vermelha e ofegante.

Dinah: Que isso, onde é o incêndio? – assustou.

Eu: Tá tudo bem amor?

Camz: Como você tá? Eu vim correndo – me deu um beijo.

Eu: Eu to bem. Calma, senta... – ela respirou, a Jhena veio explicou tudo pra ela e as meninas ouviam atentamente. Já iam me levar. Eu comecei a chorar – Ally?

Ally: Oi Lolo? Calma vai dar tudo certo – me abraçou.

Eu: Será que você pode? – ela já tinha entendido.

Ally: Claro – colocou as duas mãos na minha barriga e fez uma oração linda que emocionou a todos. A Dinah filmava aquele momento. Mila foi se trocar, ela poderia assistir. Logo me levaram. No caminho até o centro cirúrgico eu passava as mãos na barriga e falava com elas o quanto eu as amava e elas eram esperadas e amadas por todos. Fiz minha oração no caminho e logo estava deitada lá, esperando tudo isso acontecer e tudo acabar bem. Camila entrou e sentou na altura da minha cabeça. Era tudo muito estranho. As movimentações ali eram estranhas, quando minhas filhas nasceram, era outro clima. Tinha musica, a sala era diferente, o cheiro de remédios ali era forte, a luz era muito clara.

XX: Doutora Jhena, a pressão dela está subindo.

Jhena: Lauren, fica tranquila, respira fundo... – eu fiz isso deixando as lágrimas caírem.

Mila: Eu to aqui – sussurrou e beijou minha testa mesmo de mascara.

Jhena: Vamos começar tá? – eu sentia mexer em mim, mas não sentia dor. Ela falava o que estava fazendo. Olhei para um lado tinham dois pediatras e 4 enfermeiras da Neonatal com eles, para receber minhas filhas. Tinha também um cardiologista a minha disposição e um neurologista para mim e para as meninas. Eu tava assustada.

Eu: Camz?

Camz: Hum?

Eu: A gente não decidiu quem é quem... Elas precisam sair da minha barriga já com um nome.

Camz: Vai ser um nome que eu escolho e um você?

Eu: Sim. Eu escolhi da Alice, e você escolheu da Mel. Agora eu escolho uma e você escolhe a outra – tentei sorrir.

Camz: Vamos decidir juntas as duas. Eu prefiro assim.

Eu: Tudo bem... – sussurrei. – A bebê um, eu pensei naquele nome que falamos aquele dia...

Camz: Cloe?

Eu: É...

Camz: E a bebê dois, o que acha de Serena?

Eu: Perfeito. – sorri.

Jhena: Escolheram os nomes?

Eu: Sim. A bebê um é a Cloe e a bebê dois é a Serena.

Jhena: Que lindos... Minha filha mais velha se chama Cloe.

Eu: Nunca falou delas...

Jhena: A Cloe e a Candence tem 6 anos, e o Joshua, a Leo e a Julie tem 2.

Eu: São bem pequenos.

Jhena: Mas pegam fogo. Principalmente os 3 novinhos. A Cloe e a Candence são bem calminhas, inteligentes, independentes, ajudam demais a mim e a minha esposa com os irmãozinhos. Mas os 3 pequenos, tem dia que nos arrasaram – rimos. – Vem a primeira – meu coração disparou um pouco e logo ouvi um choro. – Oi... Oi princesa... Oi Cloe, bem vinda... – a levantou pela barreira de pano que separava o campo cirúrgico e meu peito.

Eu: Oi amor – solucei – Oi filha, bem vinda...

Camz: Oi Cloe, bem vinda princesa da mamãe – chorou e me deu um beijo na testa. O pediatra a pegou para fazer os procedimentos.

Eu: Ela tá roxinha o que foi?

Jhena: Ela tava com o cordão em volta do pescoço e do bracinho dela junto ao pescoço. Logo que ela receber um pouquinho de oxigênio ela volta a cor dela. – Cassie que até então ainda não tinha falado muito, era bem séria a ajudava no parto e finalmente falou.

Cassie: Jhena, puxa ela... – eu senti uma pressão na minha barriga.

Jhena: Hei pequena... Hei...

Eu: Ela tá respirando?

Camz: Ela tá respirando? – se levantou. Ouvi um som um pouco engasgado de choro, mas foi bem rapidinho.

Cassie: Ela tá respirando sozinha? – falava com o pediatra.

Pediatra: Calma... Tá... Ela tá respirando... – eu o vi a movimentando rapidamente a colocando na balança e ela levantou os dois bracinhos e as duas perninhas ao tocar a balança. Eu pude ver o rostinho dela e ela fez uma carinha de que ia chorar. Ela tentou chorar de novo e o som foi mais alto. O pediatra a pegou e me mostrou rapidamente. – Olha mamãe...

Eu: Oi meu amorzinho vai ficar tudo bem tá? A mamãe te ama filha, bem vinda... – ele a aproximou de mim e eu dei um beijo nela e ela abriu os olhinhos. – Te amo. Você é forte e a mamãe tá rezando por você tá amor? – falei rapidamente e a beijei novamente.

Pediatra: Vamos leva-la para exames, o pulmãozinho parece tá obstruído, fica tranquila que vamos cuidar dela.

Pediatra da Cloe: A Cloe tá bem aparentemente, mas farei uma avaliação. Ela mede 43 centímetros e pesa 2,670.

Pediatra da Serena: A Serena vai passar por exames agora e logo vou informar vocês de tudo. Ela mede 40 centímetros e pesa 1,990. – ela era muito pequena.

Eu: Tá... Amor vai com elas...

Camz: Eu vou amor... Eu te amo... – senti meu coração acelerar e tudo escurecer... Senti algo gelado no minha mão.

Eu: Tem sangue... – falei.

Camz: Lauren? O que foi?

Anestesista: A pressão dela disparou. Tem sangue no acesso venoso da mão dela. – os aparelhos dispararam e eu apaguei.

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora