Capítulo 96

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LAUREN NARRANDO...

Minha filha levou 3 pontos, tem um galo na testa e tem hipoglicemia. Estou me recuperando de um procedimento, minha mãe vai passar a semana com a gente. A noite eu ri demais do mico da Alice, mas amei o sanduíche que a Camila a fez pagar para todo mundo como pedido de desculpas por tê-la feito ir até lá atoa. Ally ligou de manhã falando que a Nick não estava bem e a levaria ao hospital. Nick está entrando no sexto mês de gestação, terminou com o namorado que só prova a cada dia que é um babaca e a Ally estava sofrendo pela filha. Quando abri a porta e ela começou a chorar eu fiquei muito assustada. Camila tocou a campainha na Dinah que imediatamente veio junto com Normani. Entramos e nos sentamos. Minha mãe deu agua pra ela.

Eu: Calma – passava a mão nas costas dela.

Dinah: O que aconteceu Ally? É alguma coisa com a Nick?

Ally: Vão induzir o parto e tirar o bebê – soluçou.

Eu: Mas, ele é muito pequeno ainda, não tem nem seis meses. O que houve?

Ally: Ela não tava se sentindo bem hoje de manhã, a barriga dela tava parecendo uma pedra. A médica dela disse que eram contrações prematuras, mas ia fazer um exame pra saber direito o que era... E a Nick disse que ainda não tinha sentido ele chutar. A médica fez uma ultra e comparou com a ultima que ela fez há 2 semanas.

Eu: E o que tem na ultra?

Ally: Ele estava na mesma posição. Não se mexeu nem um pouco... Médica mexeu bastante na barriga dela e fez de novo e ele permanecia do mesmo jeito então ela viu que... ele tem osteogênese imperfeita...

Eu: Oh meu Deus...

Mila: O que é isso?

Eu: O que chamamos de ossos de vidro...

Ally: Ele não se mexe porque ele deve ter se quebrado dentro dela. – soluçou. – E normalmente bebês com osteogênese não se mexem. Ela fez o exame hoje pra saber qual tipo era e é o tipo 2. O pior tipo.

Eu: Ai Ally... E quando vai ser a indução?

Ally: Ainda não sei. Ela ainda está em negação. Chorou muito, tá lá agarrada na Alice e na Lily. É um menino. – eu a abracei de novo. Lagrimas silenciosas caiam dos nossos olhos. Nada que falássemos amenizaria o que estava acontecendo. – Eu não sei o que dizer pra consolar minha filha. Eu estou me sentindo uma péssima mãe.

Dinah: Ally de todas nós, você é a melhor mãe aqui sem dúvidas. Você cuida dos seus filhos tão bem, e das nossas filhas também, coisa que a gente não faz com tanta segurança quanto você.

Mani: É verdade Ally. É difícil esse momento. Como mães e como suas amigas, não sabemos o que te dizer agora, imagina você para a sua filha? Não é uma falha.

Clara: Só esteja lá. Abrace, beije, faça carinho, a deixe chorar.

Mila: E o Troy?

Ally: Calado e nervoso. Ele internaliza muito os sentimentos e em algum momento vai explodir.

Eu: Olha só, vamos subir, você deita, descansa um pouco, vamos ficar aqui com você. Não vamos deixar você sozinha tudo bem?

Dinah: E quando tudo acontecer, vamos estar com você tudo bem? – ela acenou com a cabeça. Eu subi com ela, a coloquei no quarto de hospedes. Minha mãe deu um remédio pra ela descansar.

Eu: Ela vai dormir um pouco vou ligar pra Alice – liguei pra Alice, ela disse que a Nick foi sedada, e pediu que o procedimento fosse no dia seguinte pela manhã. Jaiden estava com Mel e Nina, Troy dormia em casa sozinho. As meninas foram pra casa. De manhã bem cedo elas já estava lá e Troy tinha chegado. – Amor vou tomar banho e a gente toma café e vai tá?

Mila: Amor, melhor você ficar. Sabe que precisa de repouso, sem emoções fortes.

Eu: Eu estou bem Mila. Eu vou andar o mínimo possível. Chegando lá, eu sento numa cadeira de rodas, mas eu não vou ficar em casa enquanto a Ally e a Nicole passam por isso. Eu vi a Nick nascer, a Ally não saiu do meu lado em nenhum momento quando precisei. Não vou abandoná-las agora. – falei nervosa.

Mila: Ok tudo bem não precisa ficar nervosa. – fomos pra lá. Na entrada eu me sentei numa cadeira de rodas, encontrei minha médica que perguntou assustada se eu estava bem e expliquei o motivo de estar lá. Ela achou melhor me dar um calmante bem fraquinho para evitar qualquer contratempo e fomos até lá. Quando entrei no quarto ela desabou ainda mais.

Nick: Tia Lern... Meu garotinho – soluçava. Eu levantei e a abracei.

Eu: Eu sei que doi meu amor. Eu sei... Mas como mãe que você já é, você não quer ver seu menino sofrendo não é mesmo?

Nick: Não. Jamais.

Eu: Então vamos fazer o seguinte, ele vai nascer, você vai pegá-lo no colo, vai batizá-lo, vai decorar cada pedacinho dele, vai conversar com ele, dizer o quanto o ama, e vai o beijar muito. Você vai fazer isso enquanto ele estiver vivo tudo bem?

Nick: Tá... – soluçava.- Seja a madrinha dele tia?

Eu: Claro meu amor.

Médica: Vou pedir a enfermeira para avisar o capelão do hospital tá, ele virá batizá-lo.

Nick:Tá... –tivemos que sair, só a Ally e a Alice ficaram lá com ela. Depois de uns minutoso capelão do hospital entrou e eu entrei também, meu coração doeu demais, eleera tão pequeno e tão lindo. A respiração dele era difícil, foi aplicadomorfina nele pra não sentir dor. Ficamos ali, em total silencio enquanto elaconhecia o filho, fazia carinho e 1 hora e 37 minutos depois ele se foi. Elachorou muito. Troy desabou, Ally estava em estado de choque mas se mostravaforte para apoiá-la. Em dois dias será o enterro, para que ela possa participar. Eu não fui, mas minha mãe e a Mila com as meninas foram. Logo elas chegaram foram tomar banho e a Alice veio falar comigo.

Alice: Mamãe?

Eu: Oi amor? O que foi? – ela tava chorando.

Alice: Eu não quero que isso aconteça com meus irmãozinhos. – deitou no meu colo.

Eu: Oh filha – fiz carinho nela – A gente não sabe dos planos de Deus pra nossa vida. A gente só pode confiar em Deus e esperar. Vamos pensar positivo. O que tiver de ser vai ser... 

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora