Capítulo 65

1.2K 68 1
                                    

XX: Familiares de Alice Cabello Jauregui...

Eu: Eu sou a mãe dela, Lauren Jauregui. E essa é a mãe dela também minha esposa, Camila Cabello, como nossa filha está?

XX: Eu sou doutor Endrick Courtein, eu atendi a filha de vocês. Eu li na ficha dos paramédicos o que houve com ela, que ela desmaiou quando chegou em casa, mas não disse nada antes, e vocês não notaram nada pela manhã, e vi também pela aparência e pelas anotações que ela tem problemas com anorexia e está em fase de tratamento né?

Eu: Sim. Descobrimos a pouco tempo, mas ela ainda vomita as vezes. Ainda estamos buscando profissionais que ela consiga se adaptar.

XX: Entendo. Ela está bem magra mesmo. O que ela teve foi um choque hipoglicêmico. Ela está com o açúcar praticamente zerado no sangue. Como ela deve estar se alimentando pouco e o pouco que se alimenta ela vomita, ela quase não tem açúcar no sangue. Fizeram bem em trazê-la aqui, porque ela poderia ter um choque hipovolêmico de repente e seria fatal. A Anemia dela está muito forte, o exame de sangue dela está péssimo. Ela está recebendo glicose, soro banana, e fazendo uma transfusão de sangue nesse momento, porque a anemia dela está tão grave que mais um pouco vira leucemia – eu arrepiei.

Camz: Mas soro banana não é para ressaca? – perguntou confusa.

XX: Sim, só que ele repõe eletrólitos mais rápido e ela nesse momento está praticamente zerada. Preciso dizer, que ela precisa de cuidados intensivos. Vigiem, andem atrás dela se for preciso, se ela continuar assim, ela vai morrer.

Eu: Vamos fazer tudo que pudermos... Ela já parou com a academia já é um ponto positivo.

XX: Sim, isso é ótimo, mas ainda não é o suficiente. Ela vai passar essa noite aqui. Ela acordou, mas estava confusa então a sedei. Podem ficar com ela se quiserem, ela está no apartamento 408.

Eu: Ok obrigada... – falamos com a Mani, a DJ e a Lily. Elas cuidariam da Mel e do cachorro pra gente. Fomos para o quarto que ela estava e era horrível vê-la daquele jeito, cheia agulhas, com soro, medicação e ainda recebendo sangue. – Oi filha... A mamãe tá aqui com você tá? – a beijei – Vai ficar tudo bem...

Camz: Vai ficar tudo bem filha. Isso tudo vai passar... – beijou a mão dela. As horas foram passando, a Camz foi comprar um sanduíche pra gente, a enfermeira veio.

XXX: Oi... A senhora é a mãe dela?

Eu: Sim... Lauren...

XXX: Meu nome é Candence, vou trocar o soro dela e colocar outra bolsa de sangue.

Eu: Quanto tempo ela vai fazer transfusão?

XXX: Só mais essa bolsa, e assim que acabar, vamos esperar uma hora colher sangue e fazer um novo exame para saber se melhorou a contagem de ferro no sangue dela, se tiver melhor, ela ficará só na hidratação no soro mesmo.

Eu: Ok – ela trocou e saiu. Logo a Mila voltou. Fui lavar a mão e me sentei com ela.

Mila: Como ela tá?

Eu:Do mesmo jeito. A enfermeira veio trocar o soro e colocar outra bolsa desangue. –deitamos num sofá cama que tinha lá depois de comermos, a Mila dormiu, mas eunão conseguia. Eu estava muito preocupada, pensando no que fazer para ajudarminha filha, eu não sabia o que fazer para ajuda-la. Me sentia de mãos atadas.Olhei a hora e era 4 da manhã. Levantei e fui pegar um café na lanchonete dohospital que ficava aberta 24 horas. 

Peguei meu celular e liguei pra minha mãe.

Mãe: Alô? – atendeu sonolenta.

Eu: Oi mãe...

Mãe: Lauren? Aconteceu alguma coisa filha? São 4 da manhã.

Eu: Desculpa te acordar... A Alice está no hospital de novo, eu perdi o sono – comecei a chorar – Eu não sei o que fazer mãe. Eu to com medo – solucei.

Mãe: Ai filha, o que aconteceu?

Eu: Ela chegou em casa e desmaiou nos braços da Mel... – expliquei tudo a ela. – Eu as vezes tenho a impressão que estou perdendo minha filha mãe. Eu tenho tanto medo, eu não sei o que fazer como reagir, eu não sei o que pensar. Eu não sei como ajuda-la.

Mãe: Calma Lauren. Eu sei que está tudo muito difícil agora, e entrar em pânico não vai ajudar em nada, pelo contrário. Eu sei que está com medo, todo mundo está, mas imagina ela o que está sentindo. Vamos com calma, vamos pesquisar mais sobre o assunto, procurar grupos de apoio, tirá-la da faculdade por um tempo se for preciso, mas não vamos desesperar filha. Alguma coisa vai ter que funcionar. Fica tranquila filha, vai ficar tudo bem...

Eu: Eu to com muito medo mãe.

Mãe:Eu sei... Mas vai passar amor... Vai passar... – conversamos mais um pouco e desligamos. Volteipara o quarto e me sentei ao lado da Alice, fiquei me lembrando de quando elaera criança, como ela era inocente, criativa, adorável. Me lembrei também dequando ela disse que queria fazer faculdade de Direito, e em como ela ficou felizem entrar para a Columbia. Eu comecei a rir do quanto eu fiquei orgulhosa delae a Camila acordou as 3 da manhã e me acordou também dizendo que agora nafaculdade vários garotos ficariam em cima da garotinha dela. Ela não dormiumais e também não me deixou dormir. Surtos de uma mãe super protetora.

CAMREN: QUANDO VOCÊ FOI EMBORA...Onde histórias criam vida. Descubra agora