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Deu meu horário de almoço e eu desci pra comer. Almocei rapidinho e voltei pro escritório, meus pais e a estagiária voltaram. O resto do dia foi tranquilo, fiz o que tinha pra fazer e quando deu 18h30 a Victória me mandou mensagem com o endereço do hospital que ela trabalha.

Lucca: Vou indo, não vou jantar em casa. — disse pegando meu celular e carteira.

Gabriela: Vai sair com a Vic? — disse arrumando a gola da minha camisa, ri.

Lucca: Sim, dona Gabriela!

Gian: Cachorro! — demos risada.

Lucca: Qualquer coisa aviso. — dei um beijo nos dois e sai. Fui pro estacionamento e fui dirigindo até trabalho da Victória. Deu mais ou menos uma hora do meu escritório até aqui o hospital. Estacionei o carro e mandei mensagem pra ela.

| whats on |

Lucca: Cheguei, to no estacionamento.

Vic: Tô saindo já.

| whats of |

Visualizei, sai do whats e fui pro Instagram, dei uma olhada e vi uma foto da Bianca minha ex namorada. Namorado mais ou menos dois anos, eu era apaixonado por ela, mas a Bianca não valia um real, ela fazia o que queria comigo, me traia com todo o estado de São Paulo. Bateram no meu vidro, bloqueei o celular e vi que era a Vic. Abri a porta e sai.

Lucca: E ai, princesa! — puxei ela pela cintura, e dei um cheiro no pescoço dela, o perfume dela é maravilhoso!

Victória: Demorei?

Lucca: Não muito! Tudo bem? — ela me deu um selinho.

Victória: Sim e você?

Lucca: Melhor agora. Você fica um espetáculo de salto. — me afastei dela e olhei ela por inteira. Victória estava com uma calça branca justa no corpo, uma blusinha preta e de scarpin.

Victória: Vamos? To com fome! — dei um beijo rápido nela e entramos no carro. Liguei o som e estava tocando pagode. Fomos conversando até moema. Estacionei o carro e descemos. Peguei na mão dela e entramos no restaurante, uma moça nos levou até uma mesa, puxei a cadeira pra ela e depois me sentei.

Lucca: Quer beber o que?

Victória: Uma caipirinha de morango. — pedi duas caipirinhas. — Trabalhou muito?

Lucca: Mais ou menos e você?

Victória: Nossa, muito! — disse revirando os olhos. — Muito paciente deu entrada e muitos saíram.

Lucca: Trabalha quanto tempo lá?

Victória: Uns três anos, to tentando entrar no Itaú, mas é foda!

Lucca: Imagino...

Victória: Você é advogado querido, nada é foda pra você conseguir.

Lucca: Vai nessa. — ri. Nossas caipirinhas chegaram.

Victória: Filho de bacana e tals... — ela disse irônica.

Lucca: Se liga, Victória! — dei um empurrão de leve nela.

Victória: É a verdade. — disse bebendo a caipirinha.

Lucca: Vacilona. Quer comer o que?

Victória: American Experience — disse olhando o cardápio — E você, preto? — tá doido, meu coração até acelerou. Ela riu. — Em?

Lucca: Vou pegar uma costelinha e coca.

Victória: Também quero coca. — disse fechando o cardápio. Chamei o garçom e fiz os pedidos.

Lucca: E qual é seus planos para seu próximo relacionamento?

Victória: Nossa, que direto! — ela riu. — Não sei, depois de terminar meu noivado nunca fiquei por muito tempo com alguém. E você terminou por quê?

Lucca: Ah, eu era demais e ela me traiu. — ri.

Victória: Sério? — concordei

Lucca: Sério, ela me traiu com São Paulo inteiro.

Victória: Não sei pra que se relacionar se vai trair....

Lucca: Também não sei.

Tão iguais e tão diferentes.Onde histórias criam vida. Descubra agora