Deixei a Júlia curtir um pouco com o Thiago e eu fui curtir sozinha. Decidi descer pra ir no banheiro sozinha mesmo. Tinha duas meninas na minha frente. Logo entrei, usei, me limpei, dei descarga, lavei as mãos e arrumei minha maquiagem secando um pouco a oleosidade com papel toalha e sai do banheiro.
Alguns meninos me puxavam, mas eu sempre falava que namorava e fechava a cara. Deus me livre! Voltei pra onde a Júlia estava, fiz mais um copo com mais energético do que vodca e fiquei dançando com ela.
Julia: To bêbada! — ela disse me abraçando.
Victória: To vendo. Vamos? — olhei no celular e já são 3h45.
Júlia: Vamos, amanhã trabalho ainda... — ela disse revirando os olhos.
Victória: Vai pra casa ou pra casa do Thiago?
Thiago: Vou levar vocês embora. Tão bêbada e quer ir dirigindo. — ele disse enquanto digitava no celular.
Júlia: Com quem você tanto fala? — ela tentou ler a conversa, ele bloqueou o celular e colocou no bolso.
Thiago: Vamos! — ele ignorou ela, pegou na mão dela e saiu andando. Terminei de beber minha bebida e fui atrás deles.
Victória: Ta de carro?
Thiago: To não, vi de uber. — descemos as escadas e saímos da balada.
Victória: Toma! —joguei a chave do meu carro pra ele.
Thiago: Qual é?
Victória: CRV branca.
Thiago: Eita!
Victória: Trabalhei né. — fomos pro estacionamento. Achamos meu carro, fui atrás e eles na frente. Liguei meu celular e tinha várias mensagens, só li pela barra de notificação. Thiago ia dirigindo que nem um louco e eu já estava louca pra vomitar. — Eh caralho, dirigi direito.
Júlia: Dirigi pensando que tá na formula um.
Thiago: Vocês só reclamam, puta que pariu! — não demorou muito e chegamos no nosso bairro.
Victória: Me deixa em casa e depois pego o carro na Júlia. — ele parou o carro em frente minha casa. — Não quero andar de carro nunca mais com você!
Thiago: Não é pra tanto cunhada.
Victória: Tchau inferno! — dei um beijo na Júlia e entrei. Abri a porta da sala sem fazer barulho, deixei o salto na sala mesmo e fui subindo com cuidado pra não cair. Quando abri a porta do meu quarto vi o Lucca sentado na cama me encarando. — Ai que susto! — coloquei a mão no peito.
Lucca: Então você acha legal suas atitudes? — ele se levantou da cama.
Victória: Não fiz nada demais, só sai com minha amiga. — disse tirando meus acessórios.
Lucca: Legal Victória, a gente briga e você sai pra balada.
Victória: Lucca, não somos casados não em... — disse sem dar a mínima pra ele.
Lucca: Só saiu pra me pirraçar, pra me provocar. — ele disse mais grosso e perto de mim.
Victória: Lucca, para! — disse empurrando ele.
Lucca: Em Victória?
Victória: Eu já falei! E se quer saber seu amigo tava lá, já já ele te fala tudo... — fui saindo do quarto e ele me puxou pelo braço. — Me solta! — disse séria.
Lucca: To falando com você, não dá as costas pra mim. — ele apertou mais forte meu braço.
Victória: Tá me machucando, Lucca. Eu não fiz nada demais naquele caralho!
Lucca: VOCÊ TA BRINCANDO COM MINHA CARA! — ele me puxou pra dentro do quarto e fechou a porta com a chave.
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Tão iguais e tão diferentes.
Teen FictionAs nossas vidas se encontram na rua do amor, esquina com a felicidade, coincidência fora da realidade e quando eu paro pra pensar parece até coisa de filme. Se você quer ir pro norte, eu prefiro ir pro sul. Você gosta do amarelo e eu prefiro o azul...