Tão iguais e tão diferentes.

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Lucca.

Tentei chamar a Vic, pra sair mas ela disse que já tinha marcado de sair com a irmã dela. Desde a última vez que saímos ela ficou toda estranha do nada e a maldita não fala nem fodendo o que é.

Sai do escritório e fui direto pra casa. Letícia vive me mandando mensagem, mas sinceramente to correndo dela. Cheguei em casa, tomei banho, jantei com meus pais, escovei os dentes e me joguei pra cama.

Acordei 5h com meu celular tocando pra caralho, olhei e era a Victória. Levei um susto pra porra, a menina nunca me liga. Atendi.

| início de ligação |

Lucca: E ai, Victória. Tá tudo bem?

Vic: Eu não sei onde eu to. — levantei e acendi a luz.

Lucca: Como não? Você não saiu com sua irmã?

Vic: Sai, mas ela saiu agora pouco com o Gui e eu me perdi deles.

Lucca: Onde você tá, caralho? — disse preocupado, peguei a chave do meu carro e desci de samba-canção mesmo indo pra garagem. Entrei no carro, abri o portão e sai de casa. — Victória?

Vic: Eu to com medo... Meu celular ta desligando — ela disse começando a chorar.

Lucca: Caralho Victória! Fala onde você ta porra! — disse irritando, não sei nem onde ela tá e ainda por cima sozinha.

Vic: To na Paraisópolis, perto de um campo de futebol. — a ligação ficou muda.

Lucca: Vic? Victória? — não disse mais nada

| fim de ligação |

Dei um soco no volante bravo, coloquei no waze sentido a Paraisópolis e fui dirigindo que nem um louco e em meia hora cheguei lá. Consegui entrar na favela e perguntei onde era o tal campo, um moleque me explicou e eu fui dirigindo até lá.

Avistei a Vic sentada em um banco, mexendo nas mãos nervosa. Sorri aliviado e desci do carro.

Lucca: Victória! — chamei ela, a mesma veio correndo e me abraçou com tudo. — Porra menina, que susto.

Victória: Fiquei com medo...

Lucca: Vem! — puxei ela pro carro, abri a porta, ela entrou e eu fechei, dei a volta e entrei também. — Tá tudo bem?

Victória: Uhum! — ela estava bem mais bêbada que o final de semana passada.

Lucca: Você é louca, sai andando onde nem conhece.

Victória: Me leva pra sua casa, de novo... — disse passando a unha pela minha barriga, suspirei. — Em?

Lucca: Para! — liguei o carro.

Victória: Vamos! — disse beijando meu pescoço.

Lucca: Gostosa do caralho, você tá fodida! — apertei o rosto dela e dei um selinho. Sai dali dirigindo, foi foda pra caralho dirigir até em casa, Victória toda hora me provocava.

Entrei com o carro na garagem, peguei ela no colo e subi pro meu quarto, fechei a porta com o pé e joguei ela na cama.