A garota intercambista-Choni.

Viva o caos e a confusão!

'Toni Topaz Pov'

Eu passei a tarde toda com a minha irmã, não fizemos nada além passear com o Yoshi e falar sobre a vida alheia, falando assim até parece que eu detesto fazer algo assim, mas não, eu até gosto bastante de saber sobre o que ocorre além do meu círculo social. Eu não fico "julgando" as ações das pessoas, não como muitos fazem. Eu só fico tipo:"Cara, ele pisou feio bola", "Ainda bem que não estou na pele dessa pessoa" ou "Uh, isso deve ser uma droga". Eu descobri que na quinta feira Sarah vai para Los Angeles e voltar só na outra semana, ela até me disse que eu poderia ir junto e também que convidou Elizabeth para ir com ela, como se conseguir ir para lá fosse fácil? Dinhero nasce em árvore agora? E a família da Cooper? É claro que a Senhora Cooper não vai deixar, e nem o Senhor Cooper. Além do mais tem o irmão dela, Betty não iria para o outro lado dos Estados Unidos com uma garota que ela conheceu á pouco tempo. Agora eu estava no White Wyrm com Fangs e Sweet pea, até que Elizabeth, Jughead e o FP entram, o pequeno Jones estava segurando a cabeça de bronze da estátua.

—Parem com essa droga de votação.–O mais velho diz indo até Tall boy. Em seguida pegamos o mais alto e amarramos ele em uma cadeira.

Betty e Jughead tinham achado a cabeça no ferro velho e disseram que o dono do tal tinha visto um cara bem alto passar por lá e deixar a cabeça dentro de uma geladeira velha. Tall boy admitiu que fez para desbancar os Jones do "trono dos Serpentes" e ele se uniu ao Hiram e aquela maldita Penny, só gente de boa e de alta classe. Mas isso não me supreende, o Tall boy é desse tipo mesmo, um grande filho da puta, não que a mãe dele seja isso, mas ele é um desgraçado. Ele traiu os Serpentes, então foi exilado, e agora que ele não é mais Serpente, o FP vai dar uma lição nele. Depois da votação eu saio do bar com Betty e vejo Cheryl encostada no carro da Cooper, talvez ela tenha vindo de carona, mas é estranho isso. Acho que eu nunca vi ela perto do bar, não que eu me lembre.

—Finalmente! Achei que eu teria que ir a pé para a Thistlehouse.–A Blossom se desencosta do carro e vem até nós duas.

—Cheryl, você tem sorte de eu ter te dado uma carona.–Betty responde.

—Obrigada, Betts. Agora eu cuido da Cheryl.

—O quê? De jeito nenhum eu vou na sua moto com esse vestido maravilhoso. Ainda mais depois da chuva que deu, tenho certeza que vamos passar por alguma poça .

—Eu não vim com a minha moto, mas se não quiser ir, tudo bem.–Quando eu cheguei no bar já estava chovendo, então eu peguei o carro do meu pai.

—Então vamos logo, Tee. E tchauzinho Betty!–Ela segura a minha mão e eu levo ela até aonde o automóvel estaria.

Cheryl estava usando um vestido vermelho, nada fora do normal, mas ela fica tão linda vestindo algo parecido. Esses vestidos chamativos dela às vezes me tiram do foco principal, eu não gosto muito disso, eu sou uma pessoa que gosta de ter seu foco total no que está fazendo e sem nada me interrompendo. Eu e a minha ruiva ficamos um tempo na minha casa, ela não poderia dormir na minha casa denovo por causa da vó dela ou para não levantar suspeitas que ela está saindo com alguém para a mãe dela. Não vou mentir, isso me incomoda um pouco, eu briguei com a minha avó por causa do nosso relacionamento, não que eu esteja reclamando, mas isso me deixa um pouco mal. Eu nem devia estar reclamando, cada um tem o seu tempo, eu me pergunto se todos os meus relacionamentos vão ser as escondidas. Primeiro a Diane que não queria me assumir por causa do meu pai e a diferença de idade. Depois Thomas que tem um pai escroto para caralho, mas a sorte dele é a mãe, a senhora Jefferson é uma das pessoas mais simpáticas e gentis que eu já tive o prazer de conhecer. Até hoje não entendo como ela se casou com um cara daqueles. Claro que já namorei outras pessoas além deles, mas não foi algo tão demais ao ponto de apresentar para a família.

—Então, filha, você não vai mesmo para Los Angeles para comemorar o aniversário da Sarah?–Meu pai estávamos jantando na sala de estar, ele havia pedido uma pizza dos nossos sabores favoritos. Jordan é estranho, ele come pizza com talheres, eu acho isso coisa de loucos ou psicopatas, no caso do meu pai ele só é estranho mesmo.

—Não sei se estou com cabeça para isso.–Meu pai não riu e continuou a comer. Será que foi cedo demais ou ele não entendeu?–E outra, se somos gêmeas como você disse, por que "meu aniversário" será daqui há dois meses?

—Eu ainda não te expliquei isso?–Se eu estou perguntando, então é porquê você nem mencionou.–Bom, antes de vocês nascerem houve algumas complicações e sua mãe não poderia ir com a gravidez das duas até os nove meses. Então os médicos resolveram fazer o parto de Sarah primeiro porquê ela era a mais saudável, mas eles conseguiram te deixar ir até o fim para se desenvolver completamente. É um pouco complexo, mas foi isso que eu entendi da situação.

—Entendi. E por falar nisso, eu gostaria de saber um pouco sobre a minha mãe. Como ela era?

—Pelo visto o Jackson não te falou nada.

—Ele até falou, mas são poucas coisas. Por exemplo: Você se parece muito com ela. E geralmente ele mudava de assunto, então foi por isso que eu não te perguntei antes, achei que você ficaria desconfortável.

—Não, está tudo bem. Mas ele está certo, vocês duas se parecem muito com ela. Eu soube que vocês duas também são pequenas justiceiras, isso é bem fofo e nobre. Acho que a Katherine e o Jackson criaram vocês bem.

—Obrigada, eu acho.

Não ficamos conversando por muito tempo até porquê eu detesto falar ou ouvir alguém falando de boca cheia. Depois meu pai me colocou para dormir, tipo contar uma história e me dar um beijinho na testa. Ele me trata como uma criança, será que ele tem noção que eu tenho 16 anos? O meu outro pai, o Jackson, parou com isso assim que eu fiz 13 anos. Eu até entendo que ele queira retomar o tempo perdido, mas isso já é outro nível. Ele leu para mim a Pequena Sereia, eu não gosto muito dela, ela queria ir para o mundo além do mar para ver como era, até aí ótimo, ela foi para lá e se apaixonou por um príncipe, e foi aí que é merda começou. Ela arriscou ficar muda e abandonou tudo só para ficar em um local totalmente desconhecido e com um cara que ela se apaixonou só de vista. Olhando por um lado, eu me tornei o que eu não gosto, mas não totalmente, não é como se eu abandonei tudo mesmo e outra, eu não me apaixonei logo de início, talvez um pouco. Alguns dias se passaram e tudo estava normal, normal e tranquilo até demais. O que me faz repensar em ir para Los Angeles por uns dias, eu nem vou ficar tanto tempo e eu também consigo recuperar o conteúdo depois, mas também tem a Cheryl e a mãe horrível dela, não posso deixar ela aqui e voltar semana que vem. Segunda-feira: Nada demais. Terça: Nada também. Porém na quarta-feira aconteceu uma coisa não muito boa. Na hora do acontecimento eu estava no refeitório conversando com Archie, Kevin, Veronica, Cheryl, Jughead e Josie, só faltava a Betty, ela ia chegar logo, apenas faltava ela pegar o lanche que a senhora Cooper trouxe para ela. Então Sarah vem até nós, ela estava muito brava, por mais que para os outros não pareça, mas eu conheço a minha irmã.

—Veronica Lodge, minha querida.–Nome e sobrenome nome, check. Chamar de minha querida, check. Falar um pouco mais devagar, check. Sarah Brooks Topaz quer matar a Veronica.–Você sabia que invadir a privacidade sem mandato de alguém é crime?

—Claro que sei, por que a pergunta?–A garota para de comer e responde a minha irmã. Já dava para perceber que isso não ia terminar em boa coisa, mas mesmo assim eu vou deixar passar, quero ver o que a Brookzinha vai fazer.

—Cometer crimes é coisa de família?–E eu achando que Sarah não ia falar grande coisa, mas se o que ela disse sobre invadir a privacidade, então eu dou total razão para a Brooks. Foi só ela falar isso que acendeu o pavio da Lodge.