Entre os serpentes.

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'Toni Topaz POV'

Quando estavamos tomando café da manhã, Betty havia me perguntado se eu me lembrava de tudo que tinha acontecido ontem. Não vou mentir, eu me lembro em partes, me lembro dela conversando comigo, lembro do que Diane sussurrou no meu ouvido e lembro de ter me confessado para Cheryl, estou com tanta vergonha por isso, álcool foi literalmente a minha coragem líquida, mas estou feliz que depois conversamos e eu a pedi em namoro, finalmente fiz o pedido. Eu estou namorando Cheryl Blossom, dá pra acreditar? Bom, acho que em condições normais seria impossível, mas só de ter ela comigo eu fico feliz. Não, ainda não superei meu ex, não falo no sentido de amar, mas é que não consigo esquecer aquele verme, mas quando estou com ela, eu me esqueço de tudo, tudo mesmo, meu foco é apenas ela. Eu estou com um pouco de dor de cabeça ainda, não devia ter bebido tanto, obviamente, mas eu dou meu jeito, é só tomar aspirina que eu melhoro. Pelo menos tenho até o domingo para não me preocupar tanto com essa coisa dos serpentes e eu me infiltrar entre eles para a investigação e mesmo que a Cooper não falou se eu podia ou não contar para a Cheryl, eu decidi que não vou contar, não quero que ela se envolva com isso. Elizabeth está obcecada com isso, toda vez que ela fica sozinha comigo, ela fala sobre a morte do Jason Blossom, estou começando a achar que ela tem tesão em mortes misteriosas, vou recomendar Pretty Little Liars para ela, vai ser literalmente um pornô para ela. Enfim, eu também estou interessada em saber o que aconteceu, não é todo dia que um garoto rico morre misteriosamente, não é? Bom, não culpo ela de querer me botar para investigar aquela gangue, parece que eles dominam um lado todo da cidade, apenas eles estão no outro lado. Sei que estou me arriscando muito e parece que sou pau mandado da Cooper, mas eu faço isso pelo meu próprio interesse e desejos, sempre quis saber como era uma gangue, eu sou filha de um policial, é normal eu me interessar por crimes e organizações. Inclusive, eu sabia toda a hierarquia da Yakuza, acredito que as gangues não devem funcionar assim, deve ser de um modo mais chulo, estilo estadunidense, sem querer ofender os estadunidenses. Eu, Cheryl e Betty passamos um tempo na casa da Veronica até que Diane me liga para avisar que ela estava se arrumando para ir no Pop's e ela tinha pedido minha opinião para o que usar para impressionar minha namorada e as minhas amigas. E sim, eu contei para ela por mensagem que eu pedi Cheryl em namoro e ela aceitou, Diane ficou extremamente feliz por mim e disse que eu merecia algo muito melhor depois do meu último traste. Quando chegamos lá, Diane já estava lá sentada nos esperando, um ponto positivo, a Cheryl odeia atrasos, eu também não gosto, mas acho que é isso é por causa do meu pai, sempre que ele estava em casa, eu me sentia em um quartel.

— Boa tarde, meninas.– A Collins sorri para nós e nos cumprimenta, fizemos o mesmo com ela. Eu me sento na frente da minha amiga, a minha namorada fica ao meu lado, já Veronica ao lado de Diane e Betty pega uma cadeira e se senta na mesma, ficando assim na ponta da mesa.

— Temos muito sobre o que falar, Diane.- A Lodge junta suas mãos, logo cruzando seus dedos enquanto olhava para a a garota para quem ia disparar suas perguntas.– Tipo a sua mãe e o pai da Toni trabalhavam juntos? Eles namoravam?

— Sim, eles trabalhavam juntos. O pai da Toni é policial e a minha mãe também. E não, eles não namoravam.– Minha ex-babá responde tudo de uma vez e assim que ela cita que meu pai é policial, Betty me olha com uma cara de "isso explica muita coisa".– Mas agora é a minha vez de perguntar, qual de vocês três moram com a Topaz? Aposto que é você, Betty.

— Errou feio, errou rude.– Veronica sorri brincando com a Collins.

— Ela mora comigo.– Cheryl fala sorrindo e me puxa para perto como se estivesse me abraçando.

A garota intercambista-Choni.Onde histórias criam vida. Descubra agora