Planos frustrados.

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'Cheryl Blossom Pov'

Faltava só um dia para Antoinette Topaz completar 17 anos, ela estava aproveitando seu último dia antes de viajar comigo. No momento a Toni estava fazendo compras com sua irmã, tia, mãe e até avó, elas estavam se resolvendo aos poucos e sairem juntas e terem uma convivência normal novamente. Enquanto isso eu estava em casa procurando por aquele remédio, fluoxetina é o nome, eu acho, eu comprei um idêntico para comparar e bingo! O que eu escondi era em comprimidos e o comprado era em pílulas. Isso não é normal e eu tenho que falar com alguém sobre isso, mas com quem? Talvez falar com amigo mais próximo dela seja melhor, então eu fui falar com a Betty primeiro, as duas são bem amigas.

—Ok, o que é isso, Cheryl?–Minha prima pergunta assim que eu coloco dois pacotes pequenos transparentes na mesa do Pop's. Estávamos na choloja do Pop's, mas ficamos em uma mesa mais afastada das outras e bem no canto, nossa comida já havia chegado, então ninguém ia nos interromper.

—Tecnicamente, drogas.–Eu respondo ela e a mesma me olha um pouco assustada e até recua um pouco com seu corpo.–Eu não vou te vender essas merdas, eu não sou traficante.–Eu guardo os pacotes na minha bolsa, acho que eu parecia uma traficante, mas eu sou muito bonita para ser assim.–Elas são diferentes, certo? Então, são também o mesmo medicamento pelo que dizia no frasco, mas eu tenho certeza que não são.

—Sim, é bem diferente. E o que você quer dizer com isso?–Ela me questiona.

—Lembra daquela noite na casa do lago, quando Toni desmaiou do nada e nós levamos ela para o quarto e vimos aquele remédio? Então, o comprimido é daquele frasco, eu li o nome do suposto remédio e comprei um igual, que é a pílula.

—Certo, eles não mudam o tipo assim do nada.

—Sim, eu sei. E eu tenho uma teoria base sobre isso. Toni começou a tomar esse remédio quando morava com o Jordan, acho que ele trocou e não foi por aqueles comprimidos de farinha não.

—Sim, o comportamento dela mudou bastante. Uma hora ela é gentil e extremamente aberta para qualquer coisa e na outra ela já fica mais tensa e fechada. Dá para ver o quanto ela mudou, mas você acha que o Jordan é culpado?

—Posso falar muitas coisas que ele é culpado, mas eu tenho certeza que ele ajudou muito nisso, Toni parecia ter menos problemas antes dele aparecer, tudo piorou depois dele chegar e se meter na vida dela.–Elizabeth ouvia atentamente enquanto tomava um milkshake de morango, um clássico de Betty Cooper.–Eu entendo que ele é o pai que perdeu os filhos por uma burrada e quer se redimir e blá-blá-blá, parece até um filme meio idiota e clichê sobre relacionamento de pai e filhos, mas acho que ele também é meio doido como aquela mãe da Rapunzel, do filme Enrolados, e que quer manter Toni perto dele o tempo todo.

—Isso é muita coisa e faz um pouco de sentido. Mas por que ele tentaria deixar Toni louca?

—Eu não faço a menor ideia, eu estou pensando nisso há um tempo, mas nunca pensei no motivo concreto e é por isso que eu preciso da sua ajuda. Eu quero saber mais sobre esse tal de Jordan. E isso não afeta só mim e a Toni, também afeta a Sarah, sua ficante, né?

—Ela não é minha ficante, é minha namorada, mas sim, eu vou ajudar.

—Perfeito!–Eu sorrio com a resposta dela e tomo um pouco do meu milkshake.–Só para adiantar um pouco o nosso trabalho, eu já olhei muitas páginas de fofoca sobre o famoso Jordan Landi. Ele tem um histórico bom com paparazzis, se formou no instituto de teatro Lee Strasberg, o papel de mais destaque foi o do médico gay e de acordo com os elencos que ele participou, ele é um cara gentil e que trabalha muito bem. E isso não diz grande coisa, além de que ele é profissional.

A garota intercambista-Choni.Onde histórias criam vida. Descubra agora