NOSSOS DESAFIOS

Capítulo 42

PRISCILLA NARRANDO...

Eu tinha que ir a uma reunião importante na empresa, Natalie ia levar a Nina ao pediatra. Depois da reunião me pediram para fazer uma visita técnica no Facebook para checar algumas coisas sobre uma pane que tinha dado no sistema. Eu esqueci meu celular no carro e fiquei cerca de 3 horas por lá. Quando voltei para o carro a Vicky pegou carona comigo para voltar, ela também tinha ido, mas tinha ido com outra pessoa. Quando fui pegar meu celular para ligar para Natalie tinham inúmeras mensagens. Todas elas eram do Mount Sinai. Alguma coisa estava errada. Quando eu ia retornar o telefone tocou de novo e eu atendi.

Eu: Alô?

XX: Senhora Pugliese?

Eu: Sim, quem fala?
XX: Aqui é Dora Stuart da recepção do Hospital Mount Sinai. Sua esposa Natalie Kate Smith Pugliese e sua filha Nina Smith Pugliese deram entrada aqui a algumas horas, pode vir para cá?

Eu: O que aconteceu? – ligava o carro rapidamente.

XX: Elas sofreram um acidente de carro senhora.

Eu: Elas... Elas... Elas estão vivas?

XX: Sim, estão, e conscientes.

Eu: Ok, eu estou indo... – desliguei.
Vicky: O que foi?

Eu: A Natalie sofreu um acidente com a Nina.

Vicky: Ai meu Deus... – fomos para o hospital. Eu vou receber algumas multas com certeza porque nesse caminho eu ultrapassei o limite de velocidade várias vezes. Desci do carro no estacionamento do hospital e entrei deixando a chave com a Vicky.

Eu: Por favor, minha esposa e minha filha deram entrada aqui hoje, elas sofreram um acidente.

XX: Quais os nomes?

Eu: Natalie Kate Smith Pugliese e Nina Smith Pugliese. – ela digitou algumas coisas.

XX: A criança acabou de entrar para a cirurgia e a mãe está no apartamento 402 pode assinar aqui por favor. – me deu um prancheta. Eu assinei e ela imprimiu uma etiqueta e me deu. Eu coloquei na minha roupa.

Eu: Minha amiga está vindo ai, Vicky Valentim.

XX: Ok, eu a encaminho.

Eu: Obrigada – entrei no elevador e logo cheguei no quarto andar. Abri a porta do quarto estava exausta de tão rápido que andei, a Sam estava lá com ela. – Amor... – fui até ela e a abracei. Ela estava com um curativo na testa, e um na lateral da cabeça, com uma tipoia, com soro na mão. – Oi Sam, obrigada por vir. – a abracei.

Sam: Calma, ela está bem, senta vou pegar uma água pra você – ela saiu do quarto.

Eu: O que aconteceu?

Nat: Eu perdi a consciência... – me contou tudo.

Eu: Amor, você arriscou muito, pelo amor de Deus. Vamos contratar um motorista.

Nat: Não, claro que não. Quando eu precisar sair eu peço um taxi, não tem necessidade de contratar motorista.

Eu: E a Nina, me falaram que ela está em cirurgia. – a Sam trouxe água e um café pra mim. – Obrigada Sam. – sorri.

Nat: Ela teve uma pequena hemorragia interna. É minimamente invasiva ela vai se recuperar rápido. Ela escapou da cadeirinha. – suspirou.

Eu: Como? A cadeirinha tem dois cliques Natalie não tem como...

Nat: Eu dei um clique só, ela estava dormindo não queria que ficasse desconfortável, ela tomou vacina na perninha hoje e mais outras. Então com o impacto ela se soltou. – falava triste. - Ela só está nessa cirurgia por minha culpa.

Eu: Amor não faz assim. – dei um selinho nela. – Foi uma fatalidade.

Nat: Que eu poderia ter evitado.

Sam: Eu vou pra casa, qualquer coisa me liga ok?

Nat: Sam, muito obrigada por vir. Vamos fazer um jantar lá em casa pra você e sua família em breve tá? – a abraçou.

Sam: Vamos fazer para vocês também, estava conversando com meu marido ontem. Ele falou que vai marcar de ir lá no SPA porque ele quer ser tratado como o princeso que ele é – demos risada.

Nat: Fala pra ele ir sim, não vai querer sair de lá nunca mais. Obrigada Sam.

Sam: Por nada – piscou pra mim.

Eu: Obrigada Sam, por tudo. – a abracei.

Sam: Qualquer coisa me liga. – ela foi embora. A Vicky logo veio.

Vicky: Hei, como você está?

Eu: Dolorida, mas estou bem. – ficamos esperando por mais duas horas até que veio a pediatra.

Ketlyn: Deu tudo certo tá? Ela está no pos operatório, vai passar essa noite na UTI, amanhã vai para o apartamento pediátrico e mais 48 horas ela vai pra casa. Mais tarde poderão vê-la. – explicou tudo da cirurgia nos mostrou as imagens. Vicky foi buscar as crianças na escola para nós, ela ia dormir lá em casa para cuidar deles para gente e a Eu ia dormir com a Nat. Ia em casa buscar algumas coisas para nós e para Nina também. Tomei um banho expliquei tudo para as crianças, a Vicky ia resolver o seguro do carro da Natalie pra mim. Eu jantei tomei banho me troquei fiz uma mala pra mim e uma pra Natalie e uma pra Nina. Peguei os brinquedinhos que ela gosta e voltei para o hospital. Natalie já tinha tomado banho e jantado. Fomos ver a Nina, fizemos carinho nela a beijamos e voltamos para o quarto.

Eu: Precisamos de uma rede de apoio, não podemos fazer isso sozinhas.

Nat: A mamãe vai ser um caos.

Eu: Estou pensando em pedir ajuda da minha mãe. Ela pode nos ajudar por algum tempo depois do Spring Break.

Nat: Acho boa ideia. Assim não te sobrecarrega, e nem me sobrecarrega. – Conversamos sobre isso. Natalie recebeu alta depois de 24 horas. Eu ficava com a Nina no hospital nos 3 dias que ela precisou ficar lá, e revezava durante o dia com a Nancy pra eu poder descansar. O tempo passou e chegou o dia 13 de março a segunda quimio da Natalie. Ficamos 3 horas na sessão e fomos pra casa. Os 4 primeiros dias ela ficou destruída, quase não comia. No dia 23 de março era o inicio do Spring Break das crianças. Já não nevava mais, fazia um pouco de frio, mas não nevava. NY ganhava cores novamente. Liguei pra minha mãe avisando que íamos passar 12 dias lá. Eram os 15 dias de férias das crianças, que começava dia 23 de março até o dia 06 de abril. Nosso embarque é dia 24 as 10 da manhã. Eram 3h20 de voo. Fizemos mala a noite, a Bia fazia a dela, eu fiz a minha e da Ethan e a Natalie fez a dela e da Nina. Demos férias para Nancy e a Leila. Saímos de casa as 8:40 da manhã fizemos check in um tempo depois embarcamos e voamos. Eu não aluguei carro, minha mãe tem três então usaria um dela. Ela não sabia a hora do nosso voo e nem o dia, só dissemos que iriamos. Pegamos um taxi e fomos para o condomínio da minha mãe. Ela morava num condomínio que dava fundos com uma praia, era um lugar lindo. Chegamos lá eram 13:20 e chegamos na minha mãe as 14 horas. Paramos em frente a garagem dela.