Capítulo 37

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Trabalhei muito durante a semana, Natalie vinha se sentindo bem cansada. Alguns dias ela estava bem, outros ela estava exausta e enjoada. As manhãs eram bem corridas pra mim, e essa principalmente. Era sábado, minha sogra estava indo embora, para honra e gloria de Deus, e era um sábado letivo, as crianças teriam aula por causa de uma apresentação no colégio de trabalhos. Eu tinha que deixar as crianças na escola e levar minha sogra no aeroporto. Eu já tinha feito o café da manhã, colocado a mesa, acordado todo mundo. – Ethan tem 5 minutos pra terminar esse cereal, vamos atrasar para o colégio e atrasar a vovó. – a Nina jogou a mamadeira do outro lado da cozinha. – Não... Você não fez isso Nina...

Nat: Eu limpo amor, pode deixar. – levantou ficando tonta.

Eu: Natalie tudo bem?

Deborah: Tem certeza que não quer que eu fique mais uns dias?

Nat: Tenho mãe, é uma tontura eu levantei muito rápido. – eu peguei papel toalha e limpei a bagunça que a Nina fez, Natalie se despediu da mãe e fomos para o carro. Deixei as crianças na escolas, eles se despediram a avó e fui deixar a Deborah no aeroporto.

Deborah: Qualquer coisa, por favor me avisa.

Eu: Eu vou avisar fica tranquila.

Deborah: Ok. Cuida bem dela.

Eu: Pode deixar. Boa viagem.

Deborah: Obrigada – sorriu de leve e foi para o portão de embarque. Eu fui para o carro dando glória a Deus dela ter ido embora. Me sentia muito desconfortável com ela na minha casa. Fui na empresa e fui pra casa. Quando cheguei fui até a portaria do prédio para pegar as correspondências era muita coisa e subi para casa deixei tudo na sala só pegando os envelopes da Natalie e fui até o meu quarto.

Eu: Amor, chegaram umas cartas para você e o hospital não perde tempo em mandar a... – ela estava desmaiada na porta do banheiro. Larguei tudo no chão e corri até ela. – Natalie, fala comigo... Natalie... – ela não acordava, estava gelada. – Naancyyy... – gritei a babá da Nina.
Nancy: Sim dona Priscilla... Ai meu Deus...

Eu: Chama uma ambulância, rápido... – eu tentava acordá-la e ela não respondia, o pulso dela estava devagar, ela estava gelada.

Nancy: Chegam em 8 minutos dona Priscilla.

Eu: Liga na portaria avisa o Jason é ele que está lá hoje, para dar o acesso do elevador para os paramédicos. – ela saiu eu peguei Natalie no colo e a coloquei na cama. Ela estava muito pálida, provavelmente tinha vomitado. Oito minutos se passaram e os paramédicos estavam subindo. Eram 3 homens.

XX: Senhora?

Eu: Eu cheguei agora pouco e a encontrei desmaiada na porta do banheiro, acho que ela vomitou.

XX: Ela já tinha dado sinais que estava passando mal? – abria uma bolsa.

Eu: Ela ficou tonta hoje de manhã estava indisposta. Ela fez a primeira sessão de quimioterapia na semana passada, ela tem câncer de mama, ela tem um port-a-cath. – ele abriu o roupão dela, checou a pressão dela, a temperatura.

XX: A pressão dela está muito baixa e ela está febril também. – tirava os curativos do acesso dela. – Está limpo.

Eu: Poderia ser do acesso?

XX: Sim, em algumas pessoas com cicatrização difícil pode causar sepse e um dos sintomas é a febre e a pressão baixa. Mas como ela fez quimio na semana passada e foi a primeira sessão, ela ainda está se adaptando a medicação, ao tratamento que é muito forte para o corpo. A pessoa pode passar mal no começo e depois melhorar e ficar bem uns dias e ter uma queda de novo.

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