NOSSOS DESAFIOS

Capítulo 108

Eu não vinha me sentindo bem a alguns dias, estava me sentindo muito cansada, minha respiração estava pesada ultimamente, acho que era meu corpo dizendo que eu precisava desacelerar. Era dia 25 de fevereiro eu estava na empresa quando o Ruan entrou na minha sala mais branco que o normal. – O que foi? – assustei.

Ruan: Tem atiradores no prédio.

Eu: Como assim tem atiradores no prédio? – me levantei assustada.

Ruan: São oito homens encapuzados. Estão no banco que funciona no primeiro andar. – o prédio da Meta exclusivo está em fase de finalização de obras e não é longe dali. Era um prédio bem moderno de 20 andares e onde funcionava os principais setores da Meta hoje, nos primeiros 5 andares tinham bancos, grandes cofres de joias e ouro. Peguei o telefone e liguei na segurança da Meta e ninguém atendeu. Entrei no sistema de monitoramento pelo meu computador.

Eu: Ah meu Deus... Estão na empresa, o segurança foi baleado. Liga para o 911 agora. – ele pegou o celular dele e eu peguei o telefone da empresa e liguei para a central de monitoramento acionei o código de segurança então logo teria até helicóptero na área. A Vicky entrou na minha sala mais branca que o normal.

Vicky: Estão no prédio, acionou o código de segurança?

Eu: Sim, chegam em dois minutos. – fui saindo da minha sala para travar a porta do elevador, assim ninguém poderia entrar naquele andar. Quando sai dei de cara um dos caras saindo do elevador e ele não pensou duas vezes antes de atirar. Eu levei um tiro... Eu levei um tiro no peito... Não sei quanto tempo levou para que eu caísse no chão, mas me lembro exatamente da dor que me queimava por dentro. Da dor sufocante e de repente eu não sentia dor mais.

XX: Eu não quero machucar ninguém... Quero a senha do cofre...

Ruan: Não temos cofres na empresa, aqui não circula dinheiro, é só o sistema empresarial e contratual. O sistema financeiro é em Los Angeles.

XX: Se você estiver mentindo pra mim eu meto uma bala na cabeça dela.

Ruan: Eu não estou mentindo. Aqui funciona todo o esquema das redes sociais, mas não circula dinheiro. Até nossos salários quem faz é Los Angeles.

XX: Até que andar tem cofres nesse prédio? – falava com uma arma apontada pra cabeça do Ruan e outro para a cabeça da Vicky.

Ruan: Até o quinto andar. Do sexto até o último é todo o Grupo Meta. – ele o soltou e entrou no elevador, desceu e quando o elevador chegou no térreo o outro cara que estava com a Vicky a fez apertar o botão para subir de novo. Ela apertou e ficou ali até que subisse. Ele a jogou no chão a fazendo bater a testa na quina de um aparador, entrou no elevador apontando a arma e atirou, mas errou o tiro. A porta fechou e Ruan digitou a senha travando a porta, eles não poderiam voltar ali. Vicky veio até mim.

Vicky: Priscilla, olha pra mim – eu tentava ficar acordada. – Olha pra mim... Não apaga... Escutou? Não apaga... Ruan pega papel toalha o máximo que encontrar, preciso estancar esse sangue até a ambulância chegar. – ela pegou o celular dela discou um numero colocou no viva voz e colocou o telefone no chão. O Ruan veio com os papeis.

XX: 911 qual sua emergência?

Vicky: Avenida 7 com a 48 Street edifício Boulervard 21º andar onde funciona o grupo Meta. Foi invadido por bandidos armados. A CEO da empresa Priscilla Pugliese levou um tiro no peito, está sangrando muito. Ela ainda está consciente, mas não fala nada.

XX: Ok senhora qual seu nome?

Vicky: Vicky Valentim...

XX: Vicky a bala entrou e saiu? A vire de lado para ver. – ela me virou e doeu demais eu não conseguia falar.

Vicky: Não saiu. Está na altura do seio direito dela.

XX: Arrume papel toalha ou um pano limpo e aplique pressão no ferimento. Não solte e tente mantê-la acordada, a ambulância já está a caminho. Vamos dar um jeito de chegar até vocês.

Vicky: Não demora, por favor... – respirou fundo – Ela é mãe... ela tem três filhos e uma esposa incrível... Ela passou por muita coisa e não pode morrer agora... Por favor... – começou a chorar – Não morre Pri... Por favor, não morre... – eu apaguei.