Capítulo 80

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NATALIE NARRANDO...

Eu estava feliz, mas estava passando muito mal ao mesmo tempo. Eu sentia tanta dor no estomago, tanta fraqueza que eu não conseguia me levantar, não conseguia ficar de olhos abertos. Eu pensava o tempo todo que estragaria a festa do meu filho que estava tão animado, a viagem da minha filha que não parava um minuto de falar dela. Quando acordei de manhã, Priscilla não estava do meu lado e eu estava no soro. Olhei no meu celular que estava em cima da cama e eram 7 da manhã. Quanto tempo eu dormi? Me perguntei. A vida acontecia muito cedo em Manhattan e o Upper East Side já estava movimentado. Estava chovendo pude ver quando olhei para janela. Uma mulher se aproximou.

XX: Dona Natalie, como se sente?

Eu: Fraca. Desculpa, quem é você?

XX: Meu nome é Ester... Sou enfermeira do homecare.

Eu: Quando chegou aqui?

XX: De madrugada. Sua esposa pediu atendimento.

Eu: Preciso ir ao banheiro.

XX: Eu te ajudo – ela me ajudou a ir ao banheiro. Fiquei tonta no percurso da minha cama até o meu banheiro, fiz xixi que não acabava mais. Eu com certeza estava sendo hidratada a horas. Lavei meu rosto, eu estava péssima, acabada. Escovei os dentes e voltei para cama. A Pri veio, de pijama ainda e aparentava exaustão.

Pri: Bom dia pequena. – sorriu de leve. – Como se sente?

Eu: Bom dia amor. Parece que eu apanhei e não vi – ri de leve.

Pri: Eu imagino. Você zerou suas energias ontem. Vou descer fazer um super café da manhã pra você ok? Quer alguma coisa especial?

Eu: Quero panquecas com calda e morango.

Pri: Vou fazer.

Eu: Estou com fome.

Pri: Logo eu volto. – me deu um selinho e desceu. Ela voltou meia hora depois com uma bandeja cheia com café, suco, água, panquecas, misto quente, salada de frutas e iogurte. – Vou buscar meu café pra tomar com você, quer ir pra mesa?

Eu: Quero. – a enfermeira me ajudou a ir pra mesa. A Pri falou para ela descer, a mesa do café estava posta e ela poderia descer e tomar café a vontade. Pri subiu com uma bandeja com algumas coisas e se sentou comigo. – Nossa amor eu dormi demais.

Pri: Você ficou mal ontem eu tive que chamar homecare fiquei preocupada com você, só botando tudo pra fora, mal abria os olhos e não tinha força pra nada.

Eu: As crianças viram?

Pri: A Bia acordou com a movimentação de madrugada, mas ela está bem. Ontem a tarde ela me ajudou a ligar para os pais dos amiguinhos do Ethan para falar da festa. – eu arregalei os olhos.

Eu: Você cancelou? Amor eu vou melhorar... – ela me cortou.

Pri: Não vai ser na sexta, vai ser no domingo. Avisei minha mãe também, ela e meu irmão chegam na sexta de qualquer jeito. Deu tudo certo, ele super entendeu e a festa vai ser no domingo assim você vai estar mais forte.

Eu: Não precisava amor.

Pri: Precisava sim. Do jeito que você ficou ontem, achei melhor atrasar dois dias a festa por segurança, você não ia aguentar um bando de crianças, e passando mal assim.

Eu: Vamos dar o presente dele na sexta que é o dia do aniversário dele, e no domingo a gente dá outro presente, quero ver meu filho feliz.

Pri: Eu vou buscar hoje a tarde o presente. – compramos um PS5 pra ele. Ele vai ficar maluco. Tivemos que encomendar 2 semanas antes porque estava difícil encontrar por ser lançamento.

Nina: Mamaim... Mamaim... – a Nina gritava pelo corredor e nós rimos.

Pri: AQUI NO QUARTO DA MAMÃE FILHA... VEM AQUI... – ela chegou.

Nina: Ei... – sorriu. – Ei mamaim...

Pri: Oi minha princesa bom dia... Vem aqui – a pegou.

Nina: Ei mamá...

Eu: Oi minha vidinha, bom dia filha.

Nina: Queca... (panqueca)

Eu: Quer panqueca? – raspei a calda doce de cima o máximo possível e dei um pedaço pra ela. – Tá gostoso?

Nina:Tá... – tomamos café conversando, eu me sentia melhor,um pouco tonta e bem cansada, mas me sentia melhor. No fim da manhã o homecarenão era mais necessário e a enfermeira foi embora eu fui examinada. O médicoque foi me ver disse que eu poderia me sentir mal novamente, mas que talvezfosse numa intensidade um pouco menor. 

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