Capítulo 25

709 63 7
                                    

Priscilla foi cuidar da Nina e eu subi para tomar banho, depois fui até o quarto da Bia.

Eu: Oi.

Bia: Oi mãe...

Eu: E ai, vamos conversar?

Bia: Sobre?

Eu: Aideen...

Bia: Ai mãe...

Eu: Beatrice, eu nem falei nada ainda, a gente nem teve tempo de conversar sobre ele porque sua mãe chegou ontem. Quem são os pais dele, onde ele mora, o que está acontecendo entre vocês?

Bia: Ele mora aqui em Manhattan no East Village. Ele é filho de mãe brasileira e pai americano. O pai dele se chama Patrick Freeman é CEO da United. A mãe dele é médica no Mount Sinai o hospital que a senhora ficou internada, ela é cardiologista, ela se chama Nathália Freeman. Tem outro nome no meio, mas não lembro. Eu gosto dele mãe, e ele gosta de mim. Ele me respeita muito se é isso que quer saber. Ele tem carro, dirige sozinho já, ele já pegou a carteira definitiva dela mês passado quando fez 17 anos. Ele é super responsável, não bebe, não fala besteira, é mega inteligente, é romântico. Vai aplicar no meio do ano para a Columbia, para a Fordham, para a Cornell, NYU. Ele é uma ótima pessoa, vai gostar de conhece-lo.

Eu: E o que vocês tem?

Bia: A gente está ficando mãe, mas com um forte potencial de namoro.

Eu: Vai ter que conversar com a sua mãe, contar pra ela você sabe não é?

Bia: Ela nem fala comigo mãe. – suspirou – Ela quase não falou comigo de manhã. E eu tentei falar sobre isso, mas ela está chateada e com ciúmes.

Eu: Tenta entender sua mãe, você é nossa primeira filha isso é difícil pra ela.

Bia: Eu sei mãe, mas eu não sou mais um bebê e ela precisa aceitar isso sem ficar com raiva de mim e sem ficar sem falar comigo. Tudo que acontecer eu vou contar a vocês duas, eu não tenho segredo para vocês e nem motivo para esconder nada.

Eu: Ok filha, mas quero conhece-lo tá?

Bia: E vai mãe. Essa semana ele vem aqui.

Eu: Tudo bem. – dei um beijo nela – Te amo.

Bia: Te amo.

Eu: Faz sua lição de casa ok?

Bia: Hoje não tem. Vou gravar um vídeo. Ah mãe, queria mudar algumas coisas no meu quarto, de decoração e talvez a cor da parede.

Eu: Beatrice, seu quarto foi redecorado não tem nem 2 anos filha. Pode mudar o que quiser, mas pintura não pelo amor de Deus, isso fica uma bagunça sem fim.

Bia: Posso colocar papel de parede então?

Eu: Sim, pode, mas pintura não, fica a casa toda suja e não tem necessidade ainda e do jeito que você é maluca ainda vai pintar de preto.

Bia: Eita... – riu.

Eu: Faz orçamento do que quer e me passa.

Bia: Tá. – fui falar com a Pri, ela já trocava a Nina que dava risada das brincadeiras que a Pri fazia com ela.

Eu: Amor... – a abracei por trás.

Pri: Oi amor... Temos uma bebê cheirosinha por aqui.

Eu: Deixa ver se tá cheirosa mesmo. – a cheirei e enchi de beijos e ela deu risada. – Ai que gostosa da mamãe meu Deus. Falei com a Bia sobre o Aideen. – ela rolou os olhos. – Amor não podemos evitar, mas podemos controlar. Ela confia em nós, e se proibirmos, ela vai acabar fazendo escondido e pode dar muito errado.

Pri: A gente nem conhece ele Natalie. – falou irritada.

Eu: Ela me falou sobre ele... – contei a ela – Ela disse que ele vem aqui essa semana. Vamos conhecer o garoto, não vamos julgar assim.

Pri: Tudo bem Natalie, tudo bem – desceu a Nina e a colocou no chão. – Debaixo dos nossos olhos. Não quero ela saindo durante a semana e no final de semana tem hora para voltar e quero saber onde vão e com quem vão e quero conhecer os pais dele.

Eu: Vamos fazer tudo isso fica tranquila – a beijei e ela logo se soltou do beijo assustada.

Pri: Olha, olha, olha...

Eu: Meu Deus... – coloquei a mão na boca.

Pri: Filha, vem na mamãe... – se sentou no chão. Ela estava em pé sozinha sem se segurar. Ela ficava assim, mas caia segundos depois e ela não caiu desde que a Priscilla a colocou no chão. Ela sorriu bateu palminha e foi caminhando em direção da Priscilla. Ela deu cerca de 8 passos. – Você andou meu amor... Você andou – a encheu de beijos.

Eu:Minha bebê não é mais uma bebê –falei com os olhos cheios de lágrima. Depois desses passos, ela não parou mais.Três dias se passaram, era dia 12 de fevereiro, meu pai estava insistindo praminha mãe para irem embora e ela não queria ir. Minha mãe e a Priscilla não sefalavam desde o episodio do hospital e isso me incomodava muito. 

NOSSOS DESAFIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora