NOSSOS DESAFIOS

BÔNUS 4

Oi pessoal tudo bem? Vamos aos últimos capítulos??? 

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Mas teve outro dia em especial que eu achei que fosse morrer do coração também, foi quando a Beatrice chegou com a grande novidade em casa. Bia conheceu um playboyzinho metido a besta na faculdade. Nicholas, um garoto que eu detestava com todas as minhas forças desde o primeiro dia em que meus olhos caíram nele. Nunca fui com a cara desse garoto. Ele fazia faculdade na Columbia também, estudava medicina, estava um ano adiantado. Natalie dizia que eu implicava com ele atoa que ele era uma boa pessoa, mas no fundo ela também não ia com a cara dele, porque diversas vezes ela o criticava, rolava os olhos quando a Bia falava dele ou quando ele falava algo sempre sendo machista ou babaca. Como minha querida esposa sempre parecia ser good vibes, ela sempre dizia que ele era uma boa pessoa... Pois bem... A boa pessoa abandonou a nossa filha no momento em que ela mais precisava dele, foi para outra cidade transferindo o curso dele fugindo como um bandido e nem teve a decência de dar um adeus a nossa filha. Eu nunca odiei tanto uma pessoa como aquele desgraçado. Aliás, odiei sim, a família Duval Flint... Se lembram deles? Macalister continua preso pagando pelos seus crimes em regime fechado e a vadia da mãe dele pegou 40 anos de prisão por duplo homicídio e por prática de terrorismo... Isso mesmo... Ela foi condenada como terrorista e só não pegou pena de morte porque conseguiram um laudo médico dizendo que ela não estava em plena faculdade mental quando fez tudo aquilo e devido a dezenas de medicamentos que ela já tomava. E o babacão do marido dela se separou dela e já até casou com outra mulher e sequer se lembra que tem um filho bandido e uma ex esposa assassina e psicopata.

FLASH DA BEATRICE...

Eu estava trabalhando de casa, a Bia chegou cedo, ela nunca chegava cedo no meio da semana. A Natalie estava no SPA, mas já estava indo pra casa. Quando ela chegou a Bia nos chamou para conversar no quarto dela. Ela não nos olhava nos olhos e aquilo já acendeu meu alerta de que algo estava errado...

Eu: Sabe do que se trata? – perguntei a Natalie enquanto subíamos as escadas.

Nat: Não faço ideia... Ela nunca chega a essa hora. – chegamos no quarto dela, ela estava sentada na cama dela falando no celular.

Bia: Hailey, eu vou conversar com as minhas mães agora depois a gente conversa... Ok... Até mais... – desligou.

Eu: Está tudo bem filha? Não chega cedo no meio da semana.

Bia: Sentem-se por favor... – nos sentamos no sofá do quarto dela e ela sentou no puff... – Eu não tenho uma maneira melhor de dizer isso.

Nat: Vai desistir da faculdade?

Bia: Não, claro que não... – respondeu rapidamente. – Eu amo meu curso, minha faculdade. Talvez eu precise ficar algumas semanas em casa, mas não vou largar.

Eu: Do que está falando Bia?

Bia: Ok... – respirou fundo – Eu estou grávida de 8 semanas... – eu prendi o ar e arregalei os olhos. Natalie abria e fechava a boca, e não conseguia dizer nada. – Mamãe? Tudo bem?

Eu: NÃO... NÃO ESTÁ TUDO BEM – gritei. – COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA BEATRICE? VOCÊ TEM 20 ANOS ESTÁ NA FACULDADE DE MEDICINA, COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA? – berrava.

Nat: Amor, cuidado com o coração.

Eu: QUE SE FODA MEU CORAÇÃO NATALIE... NÃO ME PEDE CALMA PELO AMOR DE DEUS, PORQUE NÃO TEM COMO FICAR CALMA NESSA SITUAÇÃO. – eu tremia sem parar.

Nat: Bia, e o Nicholas o que ele está pensando disso tudo?

Bia: Ele foi embora mãe. Ele transferiu o curso dele e foi embora eu não sei pra onde, e o pai dele não quer me dizer. Ele disse que o filho dele não tem idade e tempo para ser pai, inclusive me deu 10 mil dólares para fazer um aborto. – tirou o cheque do bolso.

Eu: Filho da puta. – meu corpo todo pegava fogo.

Nat: E o que você vai fazer?

Bia: Eu sei que vai ser difícil – deixou cair uma lágrima. – Mas eu não vou tirar esse bebê mãe. Eu sei que sou uma decepção para vocês nesse momento, mas eu não vou fazer um aborto. Eu fui na doutora Sandie, ela disse que meu remédio parou de fazer efeito, por isso eu engravidei.

Eu: Meu Deus do céu. Beatrice... Você sabe o tamanho da responsabilidade de cuidar de um bebê fazendo faculdade? E de medicina? São oito anos de curso Beatrice, internato, residência, o que você estava pensando? Pelo amor de Deus. – eu estava a beira de um ataque.

Bia: Eu não consigo imaginar mãe, mas eu posso tentar. Mesmo que eu faça isso sozinha – soluçou – Está doendo o que ele falou, o que ele fez de ir embora e me deixar nisso sozinha, mas essa criança não tem culpa de nada. Esse cheque eu vou depositar na minha conta, já vai servir para comprar o que precisar para ela ou ele. Se quiserem eu peço auxilio na faculdade, explico minha situação, arrumo um emprego a noite, enfim... eu não sei.

Nat: Filha... – já falou com pena. A Natalie é óbvio que já estava derretida e não enxergava o grande problema que era tudo aquilo.

Eu: A faculdade já te dá um mega auxilio mesmo sabendo que a gente pode perfeitamente pagar pelos seus estudos. Você sabe o que vão fazer quando você procura-los e pedir renovação desse auxílio? Vão retirar o que você já tem, porque eles não abateram parte do seu curso pra você engravidar não Beatrice, acorda... – eu estava tremendo. Meu coração batia tão forte que eu podia ouvir as batidas dele. – Você só pode estar querendo me matar.

Nat: Priscilla, até parece que somos pobres... Para com isso, já aconteceu não tem o que fazer. Vamos fazer o quê? Botar nossa filha pra fora, tirá-la da faculdade, tomar o carro dela e deixa-la na rua? Ela é nossa filha e não vamos dar as costas pra ela. Se ela não pode contar com o pai dessa criança porque ele é um babaca como você sempre disse, ela pode contar com as mães dela, então não seja você uma babaca também... – eu a encarei abismada.

Eu: Está se ouvindo?

Bia: Eu não quero que fiquem brigando por minha causa...

Nat: Não estamos brigando por causa, e sim pelo exagero da sua mãe, por transformar tudo num campo de batalhas onde a gente sempre sai perdendo como se o outro lado viesse com canhões e a gente fosse atacar a chineladas. – eu continuei olhando pra ela. – Já aconteceu... Nossa filha ESTÁ grávida. Não há o que fazer e ela não vai ser menos nossa filha por isso. Essa criança é parte da nossa família, é parte minha, é parte sua. Graças a Deus e ao nosso trabalho temos condições de ajuda-la a criar. Ela vai continuar os estudos dela, vai ser mãe sim, porque ela não vai se isentar de ser mãe. Vamos dar essa força a ela. Pelo menos eu vou dar essa força a ela...

Eu: Eu preciso ficar sozinha um pouco – sai do quarto.

Nat: Priscilla... Priscilla...

Eu:Me deixa Natalie...