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Vendo esta cena, Qin Mo sentiu sua garganta apertar, uma dor aguda perfurando seu coração. Ele se lembrou de uma memória de antes, quando ele estendeu a mão para o vazio.

Uma dor dilacerante encheu seu cérebro enquanto uma voz o chamava.

A pessoa mais importante de sua vida não estava mais por perto.

No fundo de sua memória, uma pequena figura se inclinou sobre ele, suas pequenas mãos medindo a temperatura em sua testa. Ela perguntou pacientemente: “Momo, você quer um pouco de água? Eu não sei cozinhar mas posso te servir um pouco de água, me diga o quanto você precisa para você reconhecer que é meu? Eu sou muito rica, posso te dar tudo.”

“Boba, cale a boca.” Ele podia ignorar o mundo inteiro, mas não a pequena figura que estava sempre tocando o teclado na frente dele. Um rubor subiu por seus ouvidos, ele estava com medo de infectá-la, mas ainda assim, ele não pôde resistir ao abraço confortável que ela estava lhe dando.

Ele estendeu a mão e a segurou. Era o suficiente para ela estar ao lado dele, esta pequena elfa travessa. Sem que ele soubesse, ela de repente saiu e nunca mais voltou.

Qin Mo mordeu os dentes. Tudo parecia um sonho. Ele balançou a cabeça, a clareza voltando para seus olhos escuros. A dor provavelmente era muito intensa, pois ele só conseguia desviar sua atenção com esses meios.

Ele focou seu olhar e então caminhou em direção a Bo Jiu. Ele se abaixou, colocando um joelho no chão. Estendendo a mão, ele a carregou em seus braços.

Essa foi a cena que o Mago e os outros viram quando embarcaram no barco. Eles eram o grupo que conhecia melhor Qin Mo. O chefe que eles conheciam nunca tinha sido tão terno antes. Não, não era apenas ternura. Era o medo de infligir qualquer tipo de dano à pessoa em seus braços.

Qin Mo inclinou a cabeça com muito cuidado, dando um beijo suave em sua testa. Ele nunca se ajoelhou antes, todo o seu ser orgulhoso e reto. Neste momento, ele estava indefeso.

A multidão assistiu seu beijo. Ninguém disse nada enquanto um milhão de emoções se derramavam em seus corações.

Qin Mo abraçou Bo Jiu e se virou para eles, suas costas levemente abaixadas. "Obrigado."

Obrigada.

O que ele estava agradecendo era claro. Obrigado por puxá-la para cima. Obrigado por fazer RCP. Obrigado por ajudá-la a usar sua máscara.

A garota ao lado cobriu a boca, murmurando baixinho: "Nós deveríamos estar agradecendo a ela."

Uma frase suave que a jovem não conseguiu ouvir. Mas seus dedos se contraíram levemente, agarrando a borda das roupas de Qin Mo.

Qin Mo olhou para baixo, olhando para a mão esquerda ensanguentada. Sua voz estava rouca e tensa. "Desculpe o atraso, boa menina, vou levá-la para casa."

Suas palavras cortaram seus corações.

Eles sabiam que o Jovem Mestre quase arruinou seu braço enquanto corria. Felizmente, a jovem ainda estava…

A chama continuou a queimar.

A ajuda continuou e todos os vinte chegaram à margem.

O garotinho assistiu. Quando Qin Mo estava prestes a sair, ele correu e o parou. “Grande Irmão, isso é para o irmãozinho. Quando ele acordar e estiver sofrendo, você pode dar isso a ele!”

Qin Mo voltou-se para o pirulito em suas pequenas mãos.

O garotinho estava com tanto medo que não conseguia ver quando levantou o pirulito acima da cabeça. Ele olhou para Qin Mo com um olhar resoluto e determinado.

Príncipe da Escola Nacional é Uma Menina [Parte 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora